REVISTA - MULHER SOGESP

MULHER | 11 META É REDUZIR NÚMERO DE CESARIANAS NO BRASIL O Brasil é campeão em número de cesarianas, um recorde nada honroso. A despeito da queda de 1,5% nesse tipo de interven- ção, entre 2010 e 2015, dos 3 milhões de partos no período, 55% foram cesáreas e 44,5%, partos normais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta sobre a importância de que as cesáreas só ocorram quando forem necessárias. Como em qualquer outra cirurgia, traz riscos de infecção, hemorragia, reação à anestesia, trombose, além de a recuperação ser mais demorada e de existir a possibilidade de com- plicações pós-parto, como aderência. ABRANGÊNCIA Para reverter este quadro e di- minuir o número de cesarianas no País, a Agência de Saúde Suplementar (ANS), o Ins- titute for Healthcare Impro- vement (IHI), com sede em Boston, EUA, e o Hospital Is- raelita Albert Einstein, em São Paulo (SP), desenvolveram, em parceria, o Projeto Parto Adequado. O programa tem também o apoio do Ministério da Saúde, da Federação Brasi- leira das Associações de Gine- cologias e Obstetrícia (Febras- go) e da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO), entre outras instituições. “Desde 2004, a ANS desen- volve medidas para redução do percentual de cesarianas na saúde suplementar. Em 2015, a Agência passou a focar suas ações para redução de cesa- rianas sem indicação clínica em um projeto de melhoria da qualidade voltado aos hos- pitais”, conta a obstetra Rita Sanchez, coordenadora médi- ca do Projeto Parto Adequado e médica do Hospital Israelita Albert Einstein. Ainda segundo Rita, a deci- são de desenvolver essa ini- ciativa teve vários motivos, entre eles, a ação movida pelo

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