REVISTA - MULHER SOGESP

| MULHER 12 Ministério Público Federal de São Paulo, a partir da denún- cia de um grupo de mulheres ativistas pelo parto normal e da decisão judicial decorrente. O projeto iniciou em fevereiro de 2015, no setor de saúde su- plementar. Justifica-se pela ne- cessidade de redução da taxa de cesáreas desnecessárias, espe- cialmente as eletivas (procedi- mento que consiste em marcar a cirurgia sem razões médicas e antes que a mulher esteja em tra- balho de parto) que podem levar à prematuridade e ao aumento de complicações para a mãe. PARCEIROS Ao todo, 127 hospitais (destes, 25 são públicos) participam hoje do projeto. A missão é garantir a qualidade e segu- rança na atenção ao parto e ao nascimento, dar poder de decisão para as gestantes e fa- mílias, junto com o médico, sobre qual a via mais adequada. Nesses hospitais, as equipes externas e multiprofissionais devem participar de sessões de aprendizado sobre modelo de melhoria, ações de mudan- ça, discussão de modelos de atenção ao parto, puerpério, cuidados aos recém-nascidos, estímulo ao parto normal ba- seado em evidências científi- cas, além de se submeterem a treinamentos técnicos do Hospital Israelita Albert Eins- tein, do Conselho Regional de Enfermagem de São Pau- lo (Coren-SP) e da ABENFO. “A ideia é que essa metodologia seja levada a todas as maternida- des do País. As fases seguin- tes estão em planejamento.” Rita pontua que nos hospitais onde o Parto Adequado foi implanta- do houve melhorias na estrutura e na atenção. “O estímulo à participação da equipe multidisciplinar no parto, com contratação de enfermagem e planto- nistas médicos em número adequado ao movimento da maternidade, adequação dos espaços para acomo- dar as horas de trabalho de parto e a revisão dos processos dentro da assis- tência trazem resultados excelentes. O engajamento da equipe em transformar o cuidado para que seja centrado na paciente é im- portante até para a excelên- cia da prática obstétrica”. Cada hospital está implan- tando as mudanças confor- me suas possibilidades. En- tre elas está a adoção de uma política para agendamento de cesarianas eletivas, que visa a desencorajar o agen- damento de cesarianas sem indicação clínica. Os re- sultados do projeto estão disponíveis no site da ANS. h t t p : //www. an s. g o v. b r/ prestadores/parto-adequado

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