REVISTA - MULHER SOGESP
MULHER | 15 A despeito de ser bem segu- ro, somente cerca de 2% das mulheres brasileiras em idade fértil fazem uso do Dispositi- vo Intrauterino (DIU), de acordo com o Ministério da Saúde. Mesmo tendo uma versão disponível gratuitamente no Sistema Único de Saú- de (SUS), ele não é muito utilizado no Brasil. São poucas as mulheres cons- cientes das vantagens ou de eventuais desvantagens de adotá-lo no pós-parto ou no pós-aborto. Há vários mitos e in- formações inadequadas sobre o DIU. Trata-se de um dispositivo de plástico pequeno em forma de T que costuma ser revestido de cobre. Há outra versão que contém hormônio (levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética), chamada de DIU hormonal. Seja qual for a escolha, ele será colo- cado dentro do útero, por via vaginal, pelo ginecologista durante uma con- sulta, como se fosse uma coleta de pa- panicolau. O procedimento é simples e rápido. Segundo um estudo da Uni- versidade de Princeton, nos Estados comenta Carolina. São altas as taxas de continuidade e satisfação, principalmente quando a paciente é informada corretamente sobre o que esperar do método”, Unidos, seu índice de falha varia de 0,2% (DIU hormonal) a 0,8% (DIU de cobre), contra 9% da pílula. Ou seja, a chance de falhar é dez vezes menor que a pílula. A título de comparação, a laqueadura tem 0,5% de falhas. A professora associada do Departa- mento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Pre- to-USP, Carolina Sales, destaca outros benefícios do DIU, como a longa dura- ção e a segurança.
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