REVISTA - MULHER SOGESP

MULHER | 37 Mulheres que já sofrem com a doença devem re- dobrar os cuidados com a saúde nesse período, in- formando ao médico a sua condição para que ele reco- mende um tratamento ade- quado. Já aquelas que nunca tiveram o problema, podem desenvolver hipertensão ar- terial durante a gravidez. O aumento da pressão compromete a saúde tanto da mãe quanto do feto e exige cuidados. “A hiper- tensão pode causar quadros de pré-eclâmpsia e eclâmp- sia, que são próprias da gravidez, e aparecem após o quinto mês de gestação. Na pré-eclâmpsia, a pressão arterial materna aumenta e a mulher elimina proteínas pela urina ou apresenta le- são no rim, fígado, sistema de coagulação, pulmão ou cérebro”, explica Ricar- do Cavalli, presidente da Comissão Nacional Espe- cializada em Hipertensão na Gestação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrí- cia (Febrasgo). A doença pode evoluir para eclâmpsia e comprometer a vida da mãe e do bebê, pois pode, ainda, causar con- vulsões e inchaço, além de antecipar o parto, fazendo com que o bebê nasça pre- maturamente. As causas da hipertensão na gravidez não são bem estabelecidas, mas existem vários fatores de risco, entre eles estão proble- mas nos vasos sanguíneos, obesidade, alteração do colesterol ou dos triglicé- rides e doença renal. Os sintomas da hiperten- são gestacional são dores de cabeça, inchaço, dificul- dade para respirar, visão embaçada ou sensação de luzes piscando. O tratamento é feito com medicamentos, mas é ne- cessário que a gestante faça o controle da pressão arterial e se alimente de forma correta. “As mulhe- res obesas, diabéticas, com doenças renais, hiperten- sas antes da gravidez, grá- vidas de gêmeos e as que já tiveram eclâmpsia na gravidez anterior possuem um risco maior de desen- É importante lembrar que a mulher deve ser avaliada por um médico , porque, do mesmo modo que a pressão pode voltar aos níveis normais, a hipertensão pode se tornar crônica. “

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