REVISTA - MULHER SOGESP

| MULHER 16 No dia a dia da Medicina, são mais recorrentes em pacientes com cirrose hepática em uma fase avançada, pessoas com insuficiência cardíaca grave, cânceres, quadros crônicos de doença de Alzheimer e Parkinson. Entre os doentes, a maioria não tem bom nível de informação a respeito. Há aqueles, poucos, que até possuem e respondem bem. Porém, o grosso tira a precipitada conclusão de que já está morrendo. “No Sistema Único de Saúde, onde mais trabalho, é assim. Então, requer todo um preparo, explicar bem o que é esse campo da Medicina, ganhar o paciente para a causa, o que aumenta a possibilidade de respostas positivas. Nos cânceres, durante o tratamento, a pessoa passa por várias fases. Uma é o denominado luto Elisabeth Kubler-Ross, que inclui negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Aliás, conforme a doença avança, aumenta a aceitação ao diagnóstico e tudo flui melhor”, pontua Mariana Siqueira, que completementa: “Se existe entendimento de que a doença não tem mais cura e os cuidados paliativos são o remédio para uma sobrevida melhor, por mais qualidade da vida, tudo fica mais leve para o paciente e familiares.” Os cânceres ainda instigam forte associação com morte, é mais arraigada do que em outras doenças que podem ameçar a continuidade da vida. São momentos em que as famílias ganham papel especial, pois a aceitação dos entes queridos meio ajuda a amenizar a carga emocional do paciente. Normalmente, os pacientes aderem bem à ideia, afinal os cuidados paliativos visam a controlar a dor, melhorar o apetite, a disposição, atuam para ofertar mais qualidade e bem-estar no dia a dia. DESINFORMAÇÃO E CONCLUSÕES PRECIPITADAS

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