REVISTA - MULHER SOGESP

| MULHER 18 Por ter caráter assintomático em 80% das mulheres e 50% dos homens, é de difícil diagnóstico, fator que retarda e prejudica o tratamento. Quando apresenta sintomas, estes variam entre corrimentos, ardência ao urinar, dor durante a relação sexual e, nas mulheres, eventualmente podem ocorrer sensação de desconforto no baixo ventre e/ou discretos sangramentos espontâneos fora do período menstrual. A clamídia pode afetar os órgãos genitais, a uretra e a região anal. Na ausência de diagnóstico e tratamento adequados, a infecção localizada no colo traz sequelas como infertilidade, aumento da possibilidade de gravidez ectópica (quando o óvulo fertilizado é implantado fora do útero) e dor pélvica crônica. Estudos epidemiológicos têm sugerido associação da infecção por clamídia e câncer de colo uterino. “Ao desconhecer seu estado e, portanto, sem recorrer a assistência médica, o paciente portador da IST fica sujeito às consequências da infecção. Outra agravante é que continua a manter a cadeia de transmissão, infectando seus parceiros sexuais”, alerta Iara Moreno Linhares, livre-docente da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), chefe do Ambulatório de Imunologia, Genética e Infecções do Trato Reprodutivo da Divisão de Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP, membro da Comissão de Doenças Infec-

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