REVISTA - MULHER SOGESP

| MULHER 22 COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO Em situação de normalidade, a bexiga está sempre relaxada e quando há precisão de urinar, é dado um comando de contração e esvaziamento. Na BH é como se este comando fosse acionado sem controle. Segundo Emerson Oliveira, professor assistente, doutor e responsável pelo Setor de Uroginecologia e Disfunções do Assoalho Pélvico da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), uma em cada quatro mulheres acima de 40 anos que passam em consulta com ginecologistas têm bexiga hiperativa. “A prevalência aumenta com o evoluir da idade e tem impacto negativo nas atividades diárias. A BH prejudica, sobremaneira, vários domínios da qualidade de vida, promovendo restrições na vida social e profissional, além de demandar maior uso e recursos do sistema de saúde”, destaca Emerson. A avaliação do histórico da paciente, além de exames físicos e de urina, são os primeiros passos para se chegar ao diagnóstico. Para descartar outras causas de sintomas urinários, como infecções, pedras na bexiga, tumor de bexiga e diabetes, podem ser solicitadas a ultrassonografia renal e de vias urinárias, avaliação urodinâmica, cistoscopia e outros exames. A bexiga hiperativa pode decorrer de sinais nervosos transmitidos do cérebro para a bexiga sem exatidão. Além do que, doenças que afetam o cérebro e/ou a medula espinhal, distúrbios neurológicos, espasmos musculares e alterações hormonais podem ser gatilho. São casos chamados de bexiga neurogênica, com comportamento diferente da idiopática. Ainda é possível a mulher desenvolver sintomas da BH, como a incontinência urinária, durante o período gestacional. É consequência da maior produção de urina, assim como da pressão que o útero exerce sobre

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