REVISTA - MULHER SOGESP

MULHER | 31 Segunda maior causa de morte evitável no mundo, a obesidade já atinge proporções epidêmicas. No Brasil, afeta 19,8% da população, segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Ou seja, 1 em cada cinco de nós sofre dessa doença. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a obesidade entre as mulheres mais que dobrou, de 2003 a 2019, passando de 14,5% para 30,2%. Ou 3 em 10, para ficar bem claro. Fatores genéticos, de estilo de vida e emocionais são motivadores. Da mesma forma, colaboram para doenças cardiovasculares, além de provocar ou aumentar o risco para outras 229 doenças, como hipertensão, apneia do sono e transtornos psicossociais, só para citar exemplos. “Nas mulheres a obesidade é facilitador para cânceres, de mama e de endométrio. Também é gatilho para a incontinência urinária e está associada à Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), podendo diminuir a fertilidade, assim como aumentar complicações na gravidez”, adverte Luciano Melo Pompei, secretário-geral da SOGESP e professor de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC. A gravidez da mulher obesa requer maior atenção, devido a distúrbios clínicos e obstétricos. “A paciente tem mais chance de diabetes gestacional, pressão alta, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, trombose, de parto prematuro, entre outras complicações”, informa Cristiano Barcellos, doutor em Ciências na área de Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e membro do Departamento de Pré-diabetes e Síndrome Metabólica da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

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