ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 2

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GINECOLOGIA
ANAIS
A PRESENÇA DE SINTOMAS URINÁRIOS
EM MULHERES COM MIOMA UTERINO –
AMBULATORIO DE MIOMA UTERINO DA
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA-UNIFESP
Autores:
Bonduki, C.; Monteiro, E.S.; Vieira, L.H.L.; Nanci,
J.; Girão, M.J.B.C.; Tamura, M.G.
Sigla:
G001
Introdução: O leiomioma do útero, neoplasia benigna
mais freqüente do aparelho reprodutor feminino na me-
nacme. Eles surgem no miométrio e contêm quantidade
variável de tecido conjuntivo fibroso. Cerca de 75% dos
casos são assintomáticos, encontrados ocasionalmente
durante exame abdominal, pélvico bimanual ou ultra-
-sonografia. Os sintomas são relacionados diretamente
ao tamanho, ao número e à localização dos miomas. No
ambulatório da UNIFESP encontramos muitas mulheres
com a presença de mioma e com queixas importantes
dos sintomas urinários. Objetivo: Verificar quais são as
principais queixas urinárias apresentadas por esse grupo
de mulheres com mioma uterino. Método: Estudo trans-
versal, com abordagem quantitativa, através do levanta-
mento de prontuários. As pacientes foram selecionadas
no período de 3 meses e todas eram acompanhadas pelo
ambulatório de mioma da UNIFESP. Resultados: Foram
encontradas 92 mulheres, a combinação de dor em re-
gião pélvica e a presença de perda urinária foi encontra-
da em 37,3% dessas mulheres. A sensação de esvazia-
mento incompleto foi observada em 32,9%, a sensação
de gotejamento pós miccional encontrada em 28,6% e
a disúria em 16,4%. Um terço das mulheres apresenta-
ram incontinência urinária aos esforços e a noctúria foi
encontradas em 60% desse grupo. Conclusão: Neste es-
tudo observamos que os sintomas urinários são frequen-
tes, apresentando tanto características obstrutivas, como
características de fraquezas muscular e urgência miccio-
nal, o que pode estar relacionado com a localização do
mioma. Desta forma, evidenciamos que há a necessidade
de mais estudos para essa população, já que a combina-
ção das queixas especificas do mioma somadas com as
queixas urinárias, certeza gera uma piora da qualidade
de vida.
Instituição:
Escola Paulista de Medicina-UNIFESP – SP
ABAULAMENTO GENITAL NEM SEMPRE É
PROLAPSO
Autores:
Meletti, N.F.T.; Faria, C.A.; Aidé, V.; Fialho, S.C.;
Rodrigues, F.R.
Sigla:
G002
Introdução: Tumores vaginais são incomuns; dentre eles,
os pólipos fibroepiteliais (PFE). Em geral pequenos e as-
sintomáticos, podem ser confundidos com o prolapso
genital se em maiores volumes. Relatamos o caso de pa-
ciente com queixa de abaulamento genital encaminhada
ao ambulatório de Uroginecologia do Hospital Universi-
tário Antônio Pedro com diagnóstico de prolapso genital,
porém apresentava volumoso pólipo fibroepitelial.Relato
de caso: MDG, 52 anos, encaminhada a Uroginecologia
com abaulamento vaginal indolor há três anos, de au-
mento progressivo, exteriorizando-se introito vaginal. A
vulva apresentava abaulamento de 5 cm de diâmetro,
sugestivo de prolapso. O exame especular revelou tumo-
ração arredondada e séssil, móvel, fibroelástica e indolor
à mobilização e de superfície regular, no terço distal da
parede vaginal posterior. Não havia compressão retal. A
lesão foi excisada enviada para análise histopatológica
e imuno-histoquímica. À microscopia: Revestimento de
epitélio escamoso estratificado e o estroma fibroelásti-
co típico-edematoso, hipocelular, com eixo fibrovascular
central. O diagnóstico foi de Pólipo fibroepitelial. Dis-
cussão: Os PFE podem ter origem em qualquer parede
vaginal ou na cúpula. Podem surgir a partir de reação
de tecido de granulação após alguma lesão da mucosa
vaginal. Na primeira consulta, a lesão era localizada no
terço inferior vaginal, permitindo a exteriorização, su-
gerindo prolapso uterino ou de retocele. Neste caso, foi
encontrada imunorreatividade para os marcadores habi-
tualmente presentes em pólipos fibroepiteliais, como a
vimentina, desmina e Receptor de estrogênio, Receptor
de progesterona. Estudos sugerem que esteróides femi-
ninos são relacionados ao desenvolvimento dos pólipos
fibroepiteliais, porém não existem dados suficientes na
literatura para afirmar essa relação, A excisão dos PFE
geralmente é curativa e a recorrência é rara. Conclusão:
A queixa de abaulamento genital relacionada na maioria
das vezes ao prolapso genital pode ter como causa os
tumores de parede vaginal como os PFEs. O diagnóstico
depende da suspeição e de exame físico meticuloso. O
diagnóstico final de PFE depende da exérese da lesão,
com estudo histopatológico e imuno-histoquímico.
Instituição:
Hospital Universitário Antonio Pedro – Ni-
terói – RJ
ADENOCARCINOMA SINCRONICO DE
ENDOMÉTRIO E OVÁRIO: RELATO DE CASO
Autores:
Cardial, C.S.; Mello, M.M.G.; Alves, F.L.N.; Squas-
soni, A.B.; Ferreira, F.O.; Cardial, D.T.
Sigla:
G003
Tumores ginecológicos sincrônicos são raros, entretan-
to a maior frequência ocorre entre adenocarcinoma de
endométrio e de ovário. Segundo Song em publicação
de março deste ano, correspondem a 50-70% de todos
os tumores sincrônicos do trato genital, ocorrendo em
5% dos casos de endométrio e 10% dos casos de cân-
cer de ovário. Relatamos a seguir caso de paciente de
1 3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,...209