ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 3

XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
162
GINECOLOGIA
53 anos, IMC 19, submetida à histeroscopia por pólipo
endometrial achado de ultrassom em setembro de 2013,
cujo anatomopatológico mostrou atipias celulares. Foi
submetida à histerectomia laparoscópica com salpingoo-
forectomia bilateral em outro serviço. O anatomopato-
lógico revelou adenocarcinoma endometrioide G1 me-
dindo 1,1 cm, sem invasão miometrial e adenocarcinoma
endometrioide de ovário esquerdo medindo 0,32 cm
G1 sem invasão da capsula, sendo considerado os dois
como tumores primários. Realizou revisão de laminas em
outro serviço de anatomia patológica e foi confirmado o
diagnóstico. Devido ao fato da paciente não ter realizado
linfadenectomia para estadiamento foi encaminhada ao
nosso serviço para avaliação e conduta. Devido ao fato
dos dois tumores serem estádios iniciais e ao fato da pa-
ciente recusar tratamento cirúrgico, optamos por acom-
panhamento do caso sem uso de adjuvancia com radio
ou quimioterapia. Foi submetida a ressonância magnéti-
ca de abdômen total e pelve sem evidencia de lesões. Ul-
tima consulta em março deste ano assintomática. O im-
portante neste caso é que apesar da baixa incidência de
tumores sincrônicos do trato genital feminino, devemos
sempre no intra operatório ficar atento a possibilidade
desta ocorrência e sempre tratarmos a paciente pelo tu-
mor de maior estadiamento, para que a chance de cura
seja a maior possível.
Instituição:
Central Clinic – SP
ADENOCARCINOMA DE TUBA UTERINA:
RELATO DE CASO
Autores:
Rodrigues, B.D.; Lima, T.P.L.; Bassega, V.M.B.;
Bayão, M.I.O.N.B.; Giaccio, C.M.R.S.G.
Sigla:
G004
Introdução: O câncer da tuba uterina é o câncer gine-
cológico mais raro. Sua frequência está entre 0,3 a 1,0%
dos cânceres ginecológicos. A maioria dos casos envolve
a idade média de 55 anos. Inflamação crônica coexiste
com carcinoma da tuba uterina, assim como a salpingite
tuberculosa as quais têm sido sugerido como possível
fator predisponente. O adenocarcinoma é a histologia
predominante nos tumores de tuba. O diagnóstico do
tumor da tuba uterina é na maioria das vezes após a ci-
rurgia, isto porque, devido a sua raridade, a presença de
massa pélvica em mulheres na peri ou menopausadas
geralmente sugere uma neoplasia primária de ovário.
O mais importante fator prognóstico que correlaciona
com sobrevida é o estágio da doença. Sobrevida de 40
a 60% para estágios I e II e 0 a 16% para estágios III e IV.
OBJETIVO: Relatar um caso raro de adenocarcinoma de
tuba. RELATO DE CASO: GOL, 65 anos, nuligesta, sem co-
morbidades, casada. Procurou o ambulatório de gineco-
logia com queixa de dor em fossa ilíaca direita de longa
data, com piora no período menstrual. A ultrassonografia
transvaginal de 1998 evidenciou imagem complexa ane-
xial a direita, sugerindo cisto dermóide. Indicada então
laparotomia exploradora, com achado intra-operatório
de aumento e distorção arquitetural da tuba uterina di-
reita, com útero, tuba esquerda e ovários sem alterações.
Portanto a paciente foi submetida a histerectomia total
com salpingooforectomia bilateral. O anatomopatoló-
gico revelou adenocarcinoma de trompa uterina direita
moderadamente diferenciado com padrão endométrioi-
de invasivo até a camada muscular, restrito a tuba. Esta-
diamento FIGO IA. Não foram realizadas linfonodectomia
pélvica e para-aórtica por opção do cirurgião. A pacien-
te não recebeu quimioterapia adjuvante e encontra-se
bem e sem evidência de doença em atividade 15 anos
após a cirurgia. COMENTÁRIOS: Por ser uma patologia
extremamente rara e de difícil diagnóstico, é importante
que o câncer de tuba uterina seja sempre lembrado no
meio acadêmico, para melhor definir história natural da
doença, diagnóstico, tratamento, bem como seu envolvi-
mento com patologias mais frequentes e ofensivas como
o câncer de ovário.
Instituição:
Hospital e Maternidade Leonor Mendes de
Barros – SP
ADENOCRACINOMA MUCINOSO DO TIPO
INTESTINAL EM TERATOMA MADURO DE
OVÁRIO – RELATO DE CASO
Autores:
Candido, E.C.; Aires, G.N.; Rangel Neto, O.F.; Al-
meida, N.R.; Liliana Andrade, A.A.; Derchain, S.
Sigla:
G005
A malignização dos teratomas maduros benignos ocorre
em 1 a 2% dos casos, sobretudo na perimenopausa. A
malignização em idade mais avançada sugere correlação
com sua longa permanência. Ainda não se sabe se ocorre
uma transformação maligna, ou se o componente malig-
no coexiste desde a origem do tumor. Exames de ima-
gem com áreas sólidas são suspeitos para malignidade.
O componente maligno mais frequente é carcinoma de
células escamosas (75%), já a ocorrência de adenocarci-
noma é rara (7%) e o subtipo adenocarcinoma mucinoso
do tipo intestinal é extremamente incomum, com ape-
nas 7 casos documentados na literatura internacional. O
adenocarcinoma mucinoso do ovário somente pode ser
considerado primário de ovário sem avaliação por imu-
noistoquímica quando presentes na intimidade de um
teratoma, tumor de Brenner ou tumor de Sertoli-Leydig.
Nos demais casos, além do tamanho da lesão e a bilate-
ralidade, o adenocarcinoma mucinoso primário de ovário
se caracteriza pela expressão das CK20/MUC2 e ausência
de expressão de MUC5AC/MUC6. Podem ter elevação do
CEA. MMJ, 72 anos, com dor epigástrica, inapetência e
perda ponderal 8kg/6 meses, menopausa aos 50 anos
e sem história pessoal ou familiar de câncer ginecológi-
1,2 4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,...209