ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 10

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GINECOLOGIA
ANAIS
os problemas e hábitos de saúde, além das característi-
cas da neoplasia. A análise estatística foi realizada atra-
vés do teste t de Student, teste de Wilcoxon e regressão
linear múltipla. Resultados: A média etária das mulheres
foi de 48,4 (±14,7) anos. Vinte e cinco mulheres (45,5%)
estavam na pós-menopausa, 56,4% eram brancas e
60% com estádio clínico IIIB. Estar na pós-menopausa
(p<0,01) e não fumar (p=0,03) se associaram a um pior
índice de maturação celular vaginal antes da realização
da radioterapia. Após a radioterapia, ter trabalho remu-
nerado (P<0,01) e ter realizado cirurgia com preservação
dos ovários (p<0,01) se associaram a melhor índice de
maturação celular vaginal. Quando foi realizada a com-
paração entre o índice de maturação celular antes e após
a radioterapia, os fatores associados à manutenção do
trofismo genital foram estar na pós-menopausa (p<0,01)
e ter trabalho remunerado (p<0,01). Conclusões: mulhe-
res na pós-menopausa apresentam maior intensidade de
atrofia genital antes do início da radioterapia e como já
possuem índices baixos de maturação celular, estes va-
lores sofrem menor alteração após a radioterapia. Ter
trabalho remunerado e realizar cirurgia com preservação
dos ovários são fatores que se associam a melhor tro-
fismo genital. A atrofia genital traz sintomas desconfor-
táveis e piora a qualidade de vida. Conhecer os fatores
associados a maior intensidade de atrofia genital após
radioterapia é importante para identificarmos mulheres
com maior necessidade de atenção à saúde vaginal.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas – Cam-
pinas – SP
ATUALIZAÇÃO DOS MÉTODOS
PREVENTIVOS DE CÂNCER DE MAMA EM
MUTAÇÕES BRCA1 E BRCA2
Autores:
Hime, L.F.C.C.; Souza, L.B.L.N.; Prata, M.C.S.;
Campos, R.S.P.
Sigla:
G020
OBJETIVO: Avaliar a importância das técnicas de preven-
ção do câncer de mama em mulheres com mutações nos
genes BRCA1/2. MÉTODO: Revisão bibliográfica em base
de dados online: Scielo, PubMed e BIREME. Restringindo
a pesquisa no período de 2003 a 2013. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A prevenção do câncer (CA) de mama em
mutações BRCA1/2 pode ser realizada através de cirur-
gia profilática, quimioprofilaxia (QP) ou rastreamento. O
rastreamento para mulheres com elevado risco para de-
senvolver CA de mama é recomendado pelo Instituto Na-
cional do Câncer, a partir dos 35 anos de idade, realizar
exame clínico das mamas e mamografia anualmente. A
mastectomia profilática bilateral pode reduzir o risco de
câncer de mama em até 95% em portadores de mutações
BRCA1/2. A salpingooforectomia bilateral profilática para
portadoras de mutações BRCA1/2 reduz o risco de CA de
ovário e também reduz em torno de 50% o risco de CA
de mama. A QP pode ser realizada com tamoxifeno ou
raloxifeno, moduladores seletivos dos receptores de es-
trógeno que atuam como antagonistas nos receptores de
estrógeno (RE) do tecido mamário. Poucos estudos ava-
liaram o benefício do uso desses moduladores em mu-
tações BRCA1/2. Os tumores de mulheres com mutações
BRCA1/2 diferem em número de RE e outros recursos
biológicos, em que tumores BRCA1 apresentam menos
receptores de estrógeno e progesterona e maiores taxas
de proliferação do que tumores BRCA2 em geral. Estas
diferenças levantaram a possibilidade de que o tamoxi-
feno pode ser eficaz na redução do risco de CA de mama
entre mulheres BRCA2 positivas, mas não entre mulheres
com mutações BRCA1. Estudos mostram que o raloxife-
no tem menos efeitos adversos quando comparado ao
tamoxifeno. CONCLUSÃO: Há evidência crescente que o
CA de mama pode ser evitado em mulheres com muta-
ções BRCA1/2. Porém os métodos de prevenção não são
100% eficazes, pois é uma doença multifatorial. A mas-
tectomia mostrou maior risco-redução para CA de mama
hereditário com mutações BRCA1/2 quando comparado
aos outros métodos profiláticos. A QP é um método re-
cente e controverso, de menor eficácia e com maior efeito
colateral, sendo mais eficazes nos tumores RE positivos.
Instituição:
Universidade de Santo Amaro – SP
AVALIAÇÃO POSTURAL EM MULHERES
COM MIOMA UTERINO – AMBULATÓRIO DE
MIOMA UTERINO DA ESCOLA PAULISTA DE
MEDICINA-UNIFESP
Autores:
Bonduki, C.; Tamura, M.G.; Monteiro, E.S.; Vieira,
L.H.L.; Staboli, I.; Girão, M.J.B.C.
Sigla:
G021
Introdução: Algumas mulheres com dor em região pélvica
têm postura anormal, que pode vir de uma adaptação na
tentativa de aliviar a dor que é originada de outra fonte,
ou, pode ser um evento primário, resultante do estilo de
vida sedentário. Qualquer que seja a origem poderá levar
à tensão crônica muscular, articular e ligamentar, a qual se
transforma na fonte de dor em si. Objetivo: Verificar quais
são as principais alterações posturais em mulheres com
mioma uterino. Método: Estudo transversal, com abor-
dagem quantitativa, através do levantamento de pron-
tuários. As pacientes foram selecionadas no período de
3 meses e todas eram acompanhadas pelo ambulatório
de mioma da UNIFESP. Resultados: Foram encontradas 62
mulheres, na qual, 82% apresentaram alguma alteração
postural, evidenciando 40% com pelve em anteversão,
contra 3% com pelve em retroversão. A hiperlordose
lombar foi encontrada em 23% das mulheres, 24% apre-
sentou hipertensão de joelhos e apenas 8% protração
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