ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 18

177
GINECOLOGIA
ANAIS
Resultados: não foi evidenciada nenhuma relação esta-
tisticamente significativa (p<0,05), através da correla-
ção de Speraman, entre os níveis de atividade física e
a perinieometria e a eletromiografia.Porém,encontramos
relação entre o tempo em que o indivíduo passa sen-
tado com a frequência mediana dos músculos internos
do assoalho pélvico. Conclusão: não houve associação
direta da perineometria e eletromiografia com o nível de
atividade física, porém foi encontrado que o tempo em
que o indivíduo passa sentado possui uma relação inver-
sa com a frequência média do sinal eletromiográfico dos
músculos do assoalho pélvico.
Instituição:
IMIP; IPESQ – Campina Grande – PB
BEXIGA HIPERATIVA E FUNÇÃO SEXUAL
FEMININA
Autores:
Melotti, I.G.R.; Palma, P.C.R.; Juliato, C.R.T.; Ric-
cetto, C.L.Z.
Sigla:
G038
OBJETIVO: A bexiga hiperativa (BH) é um problema alta-
mente prevalente entre mulheres, presente em 15 a 25%
das mulheres em geral. Em situações específicas, como
na pós-menopausa, pode ter prevalência maior que 50%,
com implicações sociais, físicas e emocionais, além da di-
minuição na qualidade de vida destas mulheres. Os rela-
cionamentos sociais, familiares e conjugais, são afetados
em todas as condições e acabam por interferir na função
sexual feminina, o que piora ainda mais a qualidade de
vida. O objetivo deste estudo foi avaliar a função sexual
de mulheres com diagnóstico de BH com ou sem incon-
tinência urinária. MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliadas
135 mulheres com diagnóstico de BH no período janeiro
de 2010 a setembro de 2013, no ambulatório de gine-
cologia cirúrgica do Hospital da Mulher Professor José
Aristodemo Pinotti-CAISM. As mulheres com BH inclu-
ídas no estudo responderam um questionário validado
para sintomas de BH (ICIq – OAB) e sobre Função Se-
xual Feminina (FSFI). Para análise estatística foram utili-
zadas média, com desvio padrão e índice de correlação
de Spearman. RESULTADOS: As mulheres tinham idade
média foi 50, 8 (±11anos), paridade de 2,8 (±1,6) filhos
e 72% eram amasiadas ou casadas. O escore médio do
FSFI foi de 20 (±9,7) e o de desejo sexual foi de 3 (±1,3).
Houve uma correlação significativa negativa (-0,25) entre
os escores de idade e função sexual, especialmente nas
fases de excitação (-0,24), lubrificação (-0,36) e orgasmo
(-0,27). Não houve correlação significativa entre os esco-
res de ICIq –OAB e FSFI e idade. CONCLUSÃO: Mulheres
com BH têm escores de FSFI compatíveis com disfunção
sexual e diminuição do desejo, o que evidencia que a pa-
tologia afeta também a sexualidade destas mulheres. Po-
rém não há correlação entre os escores de gravidade da
patologia (ICIq-OAB) com os índices de disfunção sexual.
Há associação entre idade e disfunção sexual, dados que
corroboram com resultados de estudos que mostram
que, mulheres, com idade entre 50 e 74 anos tem dimi-
nuição da lubrificação vaginal no intercurso, diminuição
da excitação e dificuldade de ter orgasmo.
Instituição:
Iane Glauce Ribeiro Melotti – Campinas – SP
CÂNCER DE VULVA COM VULVECTOMIA
RADICAL E LINFADENECTOMIA BILATERAL:
RELATO DE CASO
Autores:
Passamani, A.; Rinaldo Machado, A.T.; Rossi, P.;
Macedo, R.; Logelo, R.
Sigla:
G039
O câncer de vulva representa 2 a 5% das neoplasias malig-
nas do sexo feminino, incidência mundial de 1,8/100.000
mulheres. O tipo histopatológico mais freqüente, represen-
tando cerca de 90% dos tumores vulvares, é o carcinoma
epidermóide que no Brasil tem uma das incidências mais
alta domundo. Esses tumores são prevalentes emmulheres
entre a sexta e setima década de vida. O sintoma mais fre-
qüente é o prurido vulvar ou sensação de irritação crônica
permanente, outros sintomas que ocorrem em menor fre-
quência são: presença de tumor, dor, ferida, sangramento,
disúria, ardor genital, dependendo do grau da evolução da
doença, sendo que mais de 50% dos casos assintomáticos.
DESCRIÇÃO DO CASO: MDD, 62 ANOS, deu entrada no PS
Hospital Mandaqui com queixa de lesão em vulva prurigi-
nosa há 2 anos. Ao exame físico: presença de tumoração
ulcerada e sangrante exofítica em região vulvar à esquerda
(pequenos e grandes lábios) invadindo parte do clítoris e
vulva à direita medindo aproximadamente 6x5cm. Presen-
ça de linfonodos inguinais endurecidos bilateral. Biópsia de
vulva (18/01/2014): carcinoma espinocelular invasivo. Re-
alizada vulvectomia radical com linfadenectomia inguinal
bilateral dia 17/04/2014, Resultado do anatomopatológico
(17/04/2014): carcinoma epidermoide moderadamente
diferenciado e invasivo da vulva, com margens cirúrgicas
livres e linfonodos inguinais acometidos. (estadiamento:
T1bN2a) Evoluiu com deiscência de FO de vulvectomia e
necrose e deiscência de incisão de FO inguinal sendo trata-
da com Papaína 6% e polímero na ultima para fechamento
por segunda intenção, sem necessidade de reabordagem
cirúrgica. Relevância/ Conclusão: Ressaltamos a importân-
cia do diagnóstico precoce, pois o tratamento em fases
iniciais tem melhores resultados, tanto estético-funcionais
quanto de sobrevida global, apresentando elevados ín-
dices de cura. Porém, na maioria dos casos, assim como
no relato acima, tanto por questões culturais da paciente
como por desconhecimento dos profissionais, passa a ser
uma neoplasia de diagnóstico tardio, prognóstico reserva-
do e tratamento multilante.
Instituição:
Hospital Mandaqui – SP
1...,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17 19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,...209