185
GINECOLOGIA
ANAIS
e realizadas semestralmente dosagens séricas de cálcio,
PTH, 25OH-Vit D, albumina, fosfatase alcalina e fósforo.
O estudo obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pes-
quisa da instituição. Resultados: A média de idade foi de
29,6 e 28,6 anos e do IMC foi 23,9 e 24,5 kg/m2 nos gru-
po de AMPD e DIU, respectivamente. Aos 12 meses hou-
ve diminuição estatisticamente significativa da DMO em
coluna, fêmur total e colo do fêmur e da média do valor
do PTH no grupo de AMPD em relação ao grupo do DIU.
Foi observado aumento significativo da gordura corpo-
ral total aos 12 meses em relação ao basal, no grupo de
AMPD. O único fator associado à maior perda óssea foi
o consumo diário moderado de café, não houve outros
fatores associados. Conclusões: A ingestão moderada de
café foi correlacionada à diminuição da DMO. A influen-
cia do AMPD sobre a produção/liberação do PTH pode
ser outro mecanismo com ação negativa sobre o meta-
bolismo ósseo das usuárias (além do hipoestrogenismo).
Palavras-chave: acetato de medroxiprogesterona de de-
pósito, densidade mineral óssea, paratormônio, cafeína.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas (UNI-
CAMP) – Campinas – SP
DETERMINAÇÃO DO ÁCIDO HIALURÔNICO
E DO VERSICAM NO ENDOMÉTRIO EM
MULHERES DE PORTADORAS DA SÍNDROME
DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS
Autores:
Simões, R.S.; Gomes, R.C.T.; Maganhin, C.C.; Si-
mões, M.J.; Soares Júnior, J.M.; Baracat, E.C.
Sigla:
G056
Objetivo: analisar a concentração do ácido hialurôni-
co e do proteoglicano do versicam no endométrio de
mulheres na fase proliferativa do ciclo menstrual (gru-
po controle, GC) e de mulheres portadoras da síndrome
dos ovários policísticos (GSOP). Métodos: foi avaliado o
endométrio de 20 mulheres, 10 portadoras da síndrome
dos ovários policísticos de acordo com a Androgen Ex-
cess Polycystic Ovary Syndrome Society (AE-PCOS, 2006)
e 10 mulheres com ciclos normais oriundas do ambu-
latório de Ginecologia do Hospital das Clínicas de São
Paulo (FMUSP – CAPPesq nº 0792/10). Todas as pacientes
concordaram em participar do estudo e após esclareci-
mento pormenorizado e consentimento assinado foi re-
alizado biópsias do endométrio. No grupo de mulheres
com ciclos menstruais normais foram realizadas biópsias
na fase proliferativa (12º dia) e nas pacientes com SOP
as biópsias foram realizadas a qualquer momento. Do
material retirado parte foi mergulhada em acetona para
dosagem bioquímica do ácido hialurônico e outra parte
mergulhada em formaldeído a 10% e processada para
inclusão em parafina para estudo imunoistoquímico do
versicam. A determinação do ácido hialurônico foi efe-
tuada por método de imunoensaio (tipo ELISA). Já dos
blocos de parafina foram obtidos cortes de 5 µm de es-
pessura que foram coletados em lâminas silanizadas e
submetidos a reação imunoistoquímica para detecção
do versicam (anticorpo policlonal, Seikagaku) e do ácido
hialurônico (Sonda do INFAR) Resultado(s): Os dados ob-
tidos mostraram maior concentração de ácido hialurôni-
co no endométrio de mulheres na fase proliferativa do
ciclo menstrual (0,38±0,05*>0,06±0,02; *p<0,01), do que
nas portadoras da síndrome dos ovários policísticos. O
mesmo foi observado em relação a imunoexpressão do
versicam (GC*>GSOP; *p<0,05). Conclusão (s): O endo-
métrio de mulheres na primeira fase do ciclo menstrual
apresenta maior concentração de ácido hialurônico e de
versicam quando comparado ao endométrio de mulhe-
res com SOP.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo (UNI-
FESP) – Universidade de São Paulo (FMUSP) – SP
DOENÇA DE PAGET EXTRAMAMÁRIA
Autores:
Moura, L.W.; Ghershel, F.R.; Cardial, C.S.; Alves,
F.L.; Moura, L.W.; Gerbasi, G.J.; Mello, M.M.G.
Sigla:
G057
IINTRODUÇÃO: Doença de Paget extramamária (DPEM)
é uma condição pré-maligna incomum na pele, com pre-
dileção por vulva, escroto, ânus e axilas. Morbus Paget
vulvar (MP) representa raro adenocarcinoma intraepite-
lial. Responsável por menos de 1% de todas as neoplasias
vulvares, geralmente acomete mulheres na pós-meno-
pausa. Histologicamente é semelhante à doença de Paget
da mama. O sintoma clínico mais comum é prurido. A le-
são aparece como placa avermelhada ou lesão eczemato-
sa, com ilhas de hiperceratose. A doença é diagnosticada
pela biópsia. Além disso, a importância da investigação
de neoplasia subjacente ou em sítio à distância torna-se
pertinente a sua apresentação. A MP é entidade rara, com
apenas algumas descrições citológicas tendo sido publi-
cadas. RELATO DO CASO: JCB, 71 anos, feminino, parda.
QD: Prurido vulvar há dois anos, HPMA: Lesão hipocrô-
mica acompanhado de prurido vulvar. Iniciou tratamento
em outro serviço com cremes tópicos sem melhora, rea-
lizado biópsia com anatomopatológico (AP) de neoplasia
epitelial maligna. Antecedentes de HAS e depressão, nega
antecedentes familiares e hábitos, 3G3PN. Quando enca-
minhada para este serviço a paciente apresentava placas
eritemato-esbranquiçadas, superfície com reentrâncias e
algumas áreas com formações vegetantes em grandes lá-
bios, maior à esquerda, optado por revisão de lamina cujo
AP foi DPEM. Optado por vulvectomia total, realizado
procedimento com incisão elíptica. RELEVÂNCIA: O caso
relatado faz-se relevante do ponto de vista epidemiológi-
co pela raridade, principalmente por apresentar-se bilate-
ralmente. COMÉNTARIOS: DPEM é uma doença rara, des-
