ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 22

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GINECOLOGIA
ANAIS
ral, aspiração de fluido abdominal para avaliação citológi-
ca e dissecção de linfonodos pélvicos bilaterais. Resultado
do anátomo patológico: adenocarcinoma endométrioide
de endométrio com estadiamento patológico pT2, pN0,
pmX. Citologia do lavado peritoneal: negativo para célu-
las neoplásicas. Paciente encaminhada ao ambulatório de
oncologia para seguimento e acompanhamento pós-cirúr-
gico, evoluindo sem evidências de doença em atividade.
Conclusão: Carcinossarcomas são tumores agressivos com
prognóstico desfavorável. O seguimento das pacientes é
de fundamental importância uma vez que apresentam al-
tas taxas de recidiva local e metástases a distância. A sobre-
vida global em 5 anos é em torno de 30% e para aqueles
com recorrência pós tratamento, cerca de 4%.
Instituição:
Universidade São Francisco – Bragança
Paulista – SP
CISTO MAMÁRIO VOLUMOSO – RELATO DE
CASO
Autores:
Sanvido, V.M.; Freitas, M.B.; Araújo Neto, J.T.;
Elias, S.; Facina, G.; Nazário, A.C.P.
Sigla:
G047
Introdução: O cisto mamário é uma das afecções mais
comum da mama, com pico de incidência entre 35 a 50
anos. Decorre do processo involutivo da mama e é fre-
quentemente benigno. A biópsia cirúrgica deve ser re-
comendada nos casos de recidivas locais, na presença
de aspirado sanguinolento ou se persistir massa palpá-
vel após a punção aspirativa. Relato do caso: Paciente
de 44 anos referia nódulo volumoso, doloroso e com
crescimento rápido na mama direita há 8 meses. Relata-
va inúmeros atendimentos prévios sendo diagnosticado
cisto simples após propedêutica de imagem e biópsia
aspirativa com agulha fina, orientado sobre a benignida-
de e seguimento ginecológico anual. No exame clínico
apresentava nódulo de 20 cm com consistência cística
na mama direita. Mamografia e ultrassonografia eviden-
ciaram cisto simples, BI-RADS 2. Realizado punção aspi-
rativa com agulha fina para alívio dos sintomas, com sa-
ída de 500 ml de líquido seroso e orientado reavaliação
em 7 dias. Paciente retorna com piora do quadro, apre-
sentando nódulo volumoso de 30 cm, com hiperemia
cutânea e dor intensa. Realizado biópsia cirúrgica para
elucidação diagnóstica com resultado anatomopatoló-
gico de carcinoma de mama invasivo do tipo não espe-
cial, grau histológico 3 (Nottingham), medindo 9,5 cm,
luminal B pela imunohistoquímica. Comentários: Os cis-
tos mamários são lesões não proliferativas e não apre-
sentam risco aumentado para câncer de mama. Porém,
na presença de cisto mamário volumoso e recidivante é
necessário prosseguir a investigação diagnóstica e ex-
cluir carcinomas mamários intracísticos ou adjacentes a
lesão. A biópsia cirúrgica está indicada, uma vez que os
exames de imagens e as biópsias percutâneas podem
subestimar o diagnóstico e atrasar o tratamento.
Instituição:
Escola Paulista de Medicina da Universidade
Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP) – SP
COLPOFIXAÇÃO AO LIGAMENTO
SACROESPINHOSO E USO DE TELA
ANTERIOR NA CORREÇÃO DE PROLAPSO
GENITAL
Autores:
Diniz, J.A.P.M.; Juliato, C.R.T.
Sigla:
G048
Objetivos: O prolapso de órgão pélvico é uma patologia
cuja incidência tem crescido com o aumento da expec-
tativa de vida e diagnóstico mais cuidadoso. A técnica
cirúrgica corretiva por via vaginal com colpofixação no li-
gamento sacroespinhal tem menor morbidade, mas apre-
senta aumento de prolapso de parede anterior, por isso
a colocação de tela em parede anterior associada. O ob-
jetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da técnica com a
referida modificação, identificando a taxa de cura objetiva
e subjetiva, complicações imediatas e tardias e a taxa de
recidiva do prolapso. Métodos: Feito estudo retrospectivo,
com avaliação de 41 prontuários de mulheres submeti-
das à técnica cirúrgica no Hospital CAISM, entre 2007 e
2012, com acompanhamento médio de 11 meses. O grau
de prolapso foi quantificado pelo “ Pévic Organ Prolapse
Quantification Systen –POP-Q”, que varia de 0 a 4, sendo
zero ausência de prolapso e 4 prolapso total. Resultados: A
média de idade foi de 63 anos, com paridade de 5 filhos
e IMC 27. A média inicial do estágio de POP-Q anterior,
apical e posterior de 3,0,2,6 e 2,4 e final de 0,7,0,3 e 0,5.
Com relação às complicações imediatas, apenas uma ne-
cessitou de transfusão sanguínea. Quanto às complicações
tardias, 15 % das mulheres submetidas à colpofixação tive-
ram erosão da mucosa vaginal com exposição da tela e 5 %
tiveram infecção tardia de sítio cirúrgico. Após a cirurgia, a
queixa de dispareunia aumentou de 12 para 20 % e houve
redução da queixa de sintomas urinários de 76 para 36%.
As mulheres submetidas à colpofixação referiram cura em
73% dos casos, melhora em 24% e 3% não tiveram modifi-
cação do prolapso. Com relação à cura objetiva (observada
pelo médico), obtivemos 55% de cura, 39% de melhora e
6% de quadros inalterados. Não houve casos de recorrên-
cia do prolapso e de novos prolapsos em parede anterior
no acompanhamento médio de 11 meses. Conclusões: A
colpofixação no ligamento sacroespinhal com a modifica-
ção de colocação de tela em parede anterior é uma técnica
efetiva para tratamento do prolapso genital, com poucas
complicações imediatas e tardias e com a vantagem de
não aumentar o número de prolapsos de parede anterior.
Instituição:
Ginecologia FCM/CAISM/UNICAMP – Cam-
pinas – SP
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