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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
crita em múltiplos sítios em apenas 28 casos na literatura.
Na MP é possível existirem outros tumores primários. A
associação de DPEM e malignidade não é clara, pois em
mais de 50% dos casos não é encontrada. Diferentes mo-
dalidades de tratamento têm sido usados principalmente
em uma base experimental para tratar a DPEM, incluindo
radioterapia, quimioterapia tópica e sistêmica, Cirurgia
micrográfica de Mohs, terapia a laser e terapia fotodinâ-
mica. Estudos multicêntricos randomizados e controlados
são necessários para comparar tratamento.
Instituição:
Faculdade de Medicina do ABC – SP
DOENÇA DE PAGET VULVAR – RELATO DE
CASO
Autores:
Santos, M.A.A.; Araújo, M.L.M.F.N.; Lopes, L.D.F.;
Souza, M.A.C.
Sigla:
G058
Introdução: A doença de Paget vulvar (DPV) é um grupo
heterogêneo de neoplasias intraepiteliais que se mani-
festam de forma semelhante como áreas eczematói-
des, avermelhadas e supurativas na vulva. Essa doença
normalmente desenvolve-se em mulheres brancas mais
velhas e representa cerca de 2% de todos os tumores
vulvares. A DPV pode ser classificada em primária, de ori-
gem cutânea, e secundária, de origem extracutânea, com
significado clínico e implicações prognosticas importan-
tes. É acompanhada de adenocarcinoma invasivo em 10
a 20% dos casos. Descrição do caso: Paciente, 67 anos,
com antecedente de câncer de mama, chegou ao Am-
bulatório de Patologia do Trato Genital Inferior da Ma-
ternidade Escola Januário Cicco (MEJC) queixando-se de
prurido vulvar intenso e sangramento vaginal. Apresen-
tava, ao exame, lesão vulvar em placa, eritematosa com
bordos bem definidos, com áreas de maceração e exul-
ceração periorificial, envolvendo os grandes e pequenos
lábios e o introito vaginal; A lesão era tão extensa que
impossibilitou o exame da vagina e do colo uterino. Após
sucessivas tentativas de tratamento medicamentoso sem
resultado satisfatório foi realizada biópsia incisional, cujo
histopatológico revelou doença de Paget vulvar (adeno-
carcinoma intraepitelial) com margens comprometidas e
base livre. A paciente foi encaminhada ao serviço de re-
ferência de oncologia do estado do Rio Grande do Nor-
te para realizar procedimento cirúrgico de vulvectomia.
Relevância e Comentários: A doença de Paget primária
cutânea invasiva pode estar associada com curso clíni-
co agressivo e com doença metastática. Em contraste,
a DPV secundária é usualmente intra-epitelial. Essa dis-
tinção tem importância na abordagem terapêutica e no
prognóstico. A doença de Paget não regride espontane-
amente e tem caráter progressivo. Portanto, o seguimen-
to é obrigatório e devido à limitada experiência sobre
qual abordagem é a mais adequada, mais estudos são
necessários para a consolidação do tratamento da DPV.
Instituição:
Maternidade Escola Januário Cicco – Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal – RN
DOENÇA INFLAMATORIA PELVICA EM
PACIENTE IDOSA
Autores:
Abrão, F.; Strosser, R.; Silva, A.F.; Martins, D.V.;
Ceschin, N.I.; Siqueira, A.M.L.
Sigla:
G059
Introdução: Doença inflamatória pélvica (DIP) é con-
siderada infecção do trato genital superior feminino,
precedida geralmente por cervicite. É polimicrobiana e
associa-se com os organismos transmitidos sexualmente
Neisseria gonorheae e Chlamydia trachomatis e outros.
É mais frequente na mulher jovem, nulíparas e com múl-
tiplos parceiros sexuais. Pode complicar-se com peritoni-
te, abscesso tubo ovariano e infertilidade. Possui grande
importância no contexto atual, visto que demonstra ser
uma doença de elevada incidência, sendo considerada
atualmente a mais séria e dispendiosa infecção bacteria-
na transmitida sexualmente em todo mundo. Relato de
caso: Paciente 61 anos, feminino, branca, viúva, admitida
em pronto atendimento com dor abdominal de início sú-
bito em hipogastro do tipo cólica. Solicitado exames de
admissão, realizado a internação com hipótese diagnós-
tica de abdome agudo. Após tentativa de estabilização
do quadro, houve persistência da dor abdominal a pal-
pação em hipogastro, solicitado Ultrassom de abdômen
com fígado aumentado, cisto simples no rim direito e
coleção de aspecto heterogêneo ocupando o fundo de
saco, região anexial esquerda medindo 7,5x6,7x6,9 cm.
Na Tomografia Computadorizada de abdômen com co-
leção pélvica intra abdominal contendo grande volume.
Paciente nega vida sexual ativa há 10 anos e nega histó-
rico de Doença Sexualmente Transmissíveis. No exame
fisico com Abdômen distendido e dor a palpação. Ao to-
que vaginal apresentando no fundo de saco uma massa
endurecida, indicado laparotomia exploradora e realiza-
do drenagem de abscesso e salpingectomia à esquerda.
Após cirurgia, paciente evoluiu com estabilidade e alta,
prescrito antibióticoterapia e acompanhamento gineco-
lógico rigoroso. Conclusão: A paciente idosa merece uma
abordagem ainda mais especial, pois como foi demons-
trado neste relato de caso, a possibilidade do diagnosti-
co de Doença Inflamatória Pélvica, não pode ser excluído
em quadros compatíveis com abdômen agudo gineco-
lógico em mulheres da terceira idade; pois esta entidade
ginecológica possui condutas emergenciais, clínicas e ci-
rúrgicas, além de acompanhamento médico para demais
esclarecimentos sobre a patologia para a paciente.
Instituição:
Universidade de Marília – Marília – SP
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