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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
àqueles do lipoma simples. Adicionalmente a este tumor
são encontrados entremeados de tecido conjuntivo denso
intercalados com células de gordura maduras. RELATO DO
CASO: Relatamos paciente do sexo feminino, 72 anos, enca-
minhada ao ginecologista por achado de massa ecogênica
em tipografia corporal uterina medindo 96 x 78 mm em
ultrassom transvaginal de rotina. Após realização de novo
ultrassom transvaginal e ressonância nuclear magnética, a
paciente deu seguimento no ambulatório de oncologia gi-
necológica, sendo indicada a conduta cirúrgica para afastar
o diagnóstico diferencial com sarcoma e ao fato de encon-
trarmos na literatura casos de associação com carcinoma
de endométrio. Foi realizada histerectomia abdominal e
salpingooforectomia bilateral. O anatomopatológico re-
velou útero globoso, pesando 500 g e medindo 9 x 9 x 9
cm, identificando-se múltiplas lesões císticas de conteúdo
gelatinoso incolor em sua superfície. Aos cortes, foi iden-
tificada uma formação nodular de coloração amarelada,
lobulada e fasciculada de localização intramural medindo 9
cm no maior eixo, caracterizando o fibrolipoma. RELEVÂN-
CIA: A seleção desse caso baseou-se no fato de casos de
fibrolipomas uterinos serem extremamente raros, já que o
fibrolipoma é uma variante do lipoma, representando apro-
ximadamente 40% dos tumores benignos de tecido adi-
poso, sendo sua prevalência em tumores da cavidade oral.
Comentários: Os fibrolipomas de útero apesar de extrema-
mente raros devem estar entre o diagnóstico diferencial das
diversas massas uterinas que podem ocorrer no pós-meno-
pausa apesar de serem benignos devem ser submetidos a
tratamento cirúrgico para confirmação histológica.
Instituição:
Faculdade de Medicina do ABC – Disciplina
de Ginecologia – Santo André – SP
FIBROTECOMA DE OVÁRIO:
RELATO DE CASO
Autores:
Sequeira, T.N.; Abreu, M.G.; Monteiro, F.O.; Ma-
galhães, M.A.S.; Martins, C.D.P.; Fontes, T.M.P.
Sigla:
G077
Introdução: Os fibrotecomas são tumores ovarianos be-
nignos raros, tendo sua origem nas células do estroma
gonadal. Por apresentarem estrutura sólida, comumente
são confundidos com tumores malignos. Correspondem a
3-4% dos tumores de ovário e podem estar associados à
Síndrome de Meigs. Relato do Caso. Paciente de 64 anos
primípara, com menopausa aos 48 anos, assintomática,
procurou o ambulatório desta instituição com indicação
de cirurgia por um achado ultrassonográfico de tumor
de ovário. Nos antecedentes pessoais, apresentava hiper-
tireoidismo e dislipidemia e nos antecedentes familiares,
história materna de câncer de mama. O exame ultrasso-
nográfico revelou útero de volume normal, endométrio
de 1,2 mm. Ovário esquerdo com imagem nodular sólida
de 30 x 26 mm. Os marcadores tumorais, CA 125 e alfa-
-fetoproteína apresentaram valores dentro da normalida-
de. Foi indicada laparotomia exploradora e ao inventário
da cavidade foi identificado útero e anexo direito normais
e, ovário esquerdo medindo aproximadamente 5 cm, sen-
do realizada sua retirada. O laudo histopatológico revelou
ovário medindo 5,5 x 4,0 x 3,5 cm com superfície externa
parda e lisa. Aos cortes mostrou tumoração sólida, me-
dindo no seu maior eixo 3,0 cm, levemente fasciculada e
pardo-clara conclusiva de fibrotecoma ovariano. Relevân-
cia. Relatar a raridade do caso para melhor conhecimento
dos dados epidemiológicos, diagnóstico e evolução clíni-
ca relacionadas a este raro tumor de ovário. Comentários:
Os fibrotecomas são tumores de ovário, que acometem
mulheres na pré e pós menopausa, que apesar de benig-
nos, podem simular malignidade, por serem lesões sólidas
e estarem associados à ascite em 40% dos casos.
Instituição:
Hospital Central da Polícia Militar do Rio de
Janeiro – RJ
FISTULA VESICO VAGINAL POR CANCER DE
COLO DE ÚTERO REICINDIVANTE
Autores:
Souza, K.L.L.S.; Rapoport, J.R.; Melino, Y.M.;
Almeida, L.A.
Sigla:
G078
INTRODUÇÃO: Paciente feminina, 64 anos, câncer de
colo uterino em 1982, tratada com RT e Braquiterapia,
uma vez que se recusou a realizar tratamento cirúrgico.
Segue em acompanhamento com a ginecologia, urolo-
gia e oncologia devido a presença de fistula vesico va-
ginal por recidiva do tumor. RELATO DE CASO: Paciente
admitida na ginecologia do Hospital Federal da Lagoa
com lesão ASC-H em citopatológico, feita colposcopia
com posterior realização de conização, apresentando
carcinoma epidermoide infiltrante, e biopsia de parede
vaginal apresentando VIN II. Seguimento citopatológi-
co que apresentou HSIL. Realizada RNM de pelve, cujo
laudo mostrou área com limites parcialmente definidos,
acometendo colo uterino, sem plano de clivagem com
introito vaginal, iniciado QT paliativa. Surgimento de área
de ulceração com pontos de necrose em parede vaginal,
sendo solicitada RNM que evidenciou lesão em cúpula
vaginal sem infiltração vesical, que evoluiu para lesão ve-
getante, friável, de odor fétido, com material necrótico,
sugestivas de invasão local, associada a hematúria ma-
croscópica. Foi questionada a hipótese de invasão vesical.
Solicitada USG de vias urinárias cujo resultado mostrou
ausência de dilatação pielocalicial, bexiga com paredes
espessadas e trabeculadadas; cistoscopia evidenciando
abaulamento em trÍgono vesical compatível com lesão
extrínseca. Atualmente apresenta dor pélvica, inconti-
nência urinaria e perda de urina pela vagina, sugerindo
fístula vesico vaginal. RNM apresentando amplo per-
túito fistuloso entre parede posterior e região superior
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