ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 41

XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
200
GINECOLOGIA
palpava-se septo vaginal, colo uterino duplo, útero de
volume normal e ausência de massa anexial. Apresenta-
va queixa de dor ao toque. Ultrassom (US) transvaginal:
útero septado completo. US renal: normal. A paciente foi
submetida à ressecção do septo vaginal por cirurgia de
alta frequência por alça reta e evolui sem intercorrência
com resolução da queixa. RELEVÂNCIA: As malformações
genitais prejudicam a qualidade de vida e o futuro repro-
dutivo, além de estar associado a malformações renais.
Geralmente, o diagnóstico é tardio, quando se atenta
pela ausência de menstruação, intercurso sexual, infertili-
dade ou abortamentos de repetição (PIAZZA et al, 2007).
CONCLUSÃO: Muitas das anomalias genitais podem ser
tratadas cirurgicamente, proporcionando a estas mulhe-
res uma vida sexual e reprodutiva saudável.
Instituição:
Hospital Escola Luiz Gioseffi Jannuzzi – Va-
lença – RJ
MANEJO LAPAROSCÓPICO DE CISTOS
ANEXIAIS GIGANTES: TÉCNICA E
RESULTADOS INICIAIS
Autores:
Pamplona, I.P., Ribeiro, S.C.; Tormena, A.C.;
Miyahara, C.B.F.; Vanni, D.B.; Baracat, E.C.
Sigla:
G092
OBJETIVO: Descrever uma técnica de abordagem de mas-
sas anexiais que ultrapassassem a cicatriz umbilical por vi-
deolaparoscopia, através da exposição de uma série de ca-
sos de pacientes com cistos anexiais volumosos e acima da
cicatriz umbilical através da palpação abdominal, operadas
pelo Grupo de Videolaparoscopia do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP). MÉTODOS: O estudo baseou-se em uma se-
rie de casos de 12 pacientes com o diagnóstico de cisto
pélvico-abdominal que ultrapassavam a cicatriz umbilical,
no período de janeiro de 2012 até março de 2013. As va-
riáveis avaliadas foram: idade, paridade, peso, altura, índi-
ce de massa corpórea (IMC), sinais e sintomas, dosagem
sérica de CA125, tamanho do cisto, característica do cisto
ao exame de imagem, tempo de cirurgia, complicações ci-
rúrgicas, necessidade de hemotransfusão, conversão para
laparotomia e anatomopatológico. TÉCNICA CIRÚRGICA:
Baseou-se na inserção direta de um trocater de 12mm
diretamente no interior do cisto sem o estabelecimen-
to inicial do pneumoperiôneo, aspiração vigorosa de seu
conteúdo e inspeção do interior dos cistos com a ótica de
laparoscopia. Após este passo inicial, o restante da cirurgia
procedeu-se conforme técnica já estabelecida para os pro-
cedimentos propostos. RESULTADOS: 12 pacientes. Idade:
30,33 ± 14,57 (16-56) anos; tamanho dos cistos: 25,94 ±
5,78 (20,2 – 37,5) cm (4 cistos simples e 8 cistos complexos)
sintomas: aumento do volume abdominal (12 pacientes),
dor abdominal (6 pacientes), náuseas (1 paciente); CA125:
38,34 ± 25,67 (14,4 – 85,3); tempo de cirurgia: 142,72 ±
55,11 (75 – 240); complicação: apenas 1 caso de deiscência
de cúpula vaginal; patologia: 4 cistoadenomas mucosos, 3
tumores borderline, 2 cistoadenomas serosos, 1 fibroma, 1
cistoadenofibroma e 1 cisto mesotelial benigno. CONCLU-
SÃO: a abordagem de todos os casos foram factíveis e com
poucas complicações. A inserção do trocater diretamente
no cisto permitiu a drenagem vigorosa de seu conteúdo
com mínimo derreamento na cavidade abdominal.
Instituição:
Hospital das Clinicas da Faculdade de Medi-
cina da Universidade de São Paulo – SP
MELANOMA MALIGNO DE OVÁRIO EM
PACIENTE SEM EVIDÊNCIA DE LESÃO
CUTÂNEA: DOENÇA PRIMÁRIA OU
METASTÁTICA? RELATO DE CASO
Autores:
Rangel Neto, O.F.; Bisi, E.C.C.; Parronchi, N.A.;
Aires, G.N.; Bastos, J.F.B.; Sarian, L.O.Z.
Sigla:
G093
Apenas 3% dos melanomas malignos acometem o trato
genital feminino. O acometimento ovariano é raro. Me-
lanomas primários do ovário se manifestam como tumo-
rações sólidas, unilaterais, originadas da transformação
maligna de melanócitos contidos em elementos da linha-
gem ectodérmica de um teratoma cístico maduro e não há
evidência de lesão cutânea As lesões metastáticas no ová-
rio, mais comuns, podem surgir anos após diagnóstico e
tratamento de lesões cutâneas. A apresentação clínica não
difere das massas ovarianas complexas em que se suspeita
de doença maligna primária de ovário. Ultrassonografia e
Tomografia Computadorizada revelam tumorações com-
plexas sólido císticas, não raro de grandes dimensões, os
marcadores séricos como CA125 podem estar normais ou
discretamente alterados. A Ressonância Nuclear Magnética
pode revelar alto sinal periférico em imagens ponderadas
em T1, especialmente em lesões com grande acúmulo de
melanina. O diagnóstico histológico pode ser confundido
com tumores do estroma sexual e disgerminomas. O tra-
tamento padrão é cirúrgico e deve incluir a histerectomia,
salpingo-ooforectomia bilateral, omentectomia, linfade-
nectomia pélvica e para-aórtica para lesões primárias do
ovário e para lesões metastáticas salpingo-ooforectomia
unilateral. O benefício da quimioterapia adjuvante (dacar-
bazina, agentes a base de platina) é controverso. Paciente
de 64 anos com dor em fossa ilíaca a direita há 1 mês com
aumento do volume abdominal. Ecografia revelando em
topografia ovariana direita processo expansivo predomi-
nantemente sólido 115x81x85 mm. CA125 47,83 UI/mL.
Submetida a Laparotomia Exploratória por abdome agu-
do inflamatório sendo observado grande quantidade de
secreção hemática, purulenta e resíduos entéricos na ca-
vidade, além de volumosa tumoração de aproximadamen-
te 20cm, rota, originada de ovário direito com invasão de
1...,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40 42,43,44,45,46,47,48,49,50,51,...209