ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 44

203
GINECOLOGIA
ANAIS
Introdução: Sarcomas primários de mama são tumores
mesenquimais raros representando 0,2 % a 1 % de todas
as doenças malignas da mama e menos de 5 % de todos
os sarcomas de tecidos moles. Pertencem a este grupo
os tumores filóides malignos, carcinossarcomas e um
grupo de sarcomas incluindo os lipossarcomas, osteos-
sarcomas, angiossarcomas, histiocitofibromas malignos
e leiomiossarcomas. Clinicamente tem predomínio de
uma massa indolor e móvel, de aumento rápido e difuso,
com tamanho médio de 5 a 6 cm, geralmente presentes
em mulheres com um pico de incidência entre a quarta e
quinta década de vida. Diagnóstico definitivo é realizado
pela análise imunohistopatológica. Caso: ARL, 68 anos,
G6P6A0, diabética e hipertensa queixando-se de dor e
nódulo em mama direita há 2 meses e ao exame apre-
sentava nódulo palpável de aproximadamente 1 cm em
quadrante superior. Mamografia BI-RADS 2. Relizado bi-
ópsia incisional de mama direita com neoplasia maligna
contendo células mononucleares atípicas, células gigan-
tes tipo osteoclasto e estroma denso com osteóide, onde
neste retorno o nódulo se apresentava com 4 cm. Mas-
tectomia radical à direita com biópsia de linfonodo sen-
tinela. Anatomopatológico: compatível com carcinoma
metaplásico da mama com diferenciação osteossarco-
matosa. Imunohistoquímica: receptor de estrogênio po-
sitivo, receptor progesterona negativo, HER-2 negativo e
Ki-67 positivo. Linfonodo sentinela negativo. Tomografia
computadorizada (TC) de abdome, TC de tórax e cintilo-
grafia óssea normais. Paciente realizou hormonioterapia
com anastrozol e radioterapia. Comentários: a ressecção
com margens amplas, sem esvaziamento axilar, é o prin-
cipal tratamento instituído. A radioterapia perioperatória
está associada à diminuição da probabilidade de recor-
rência local, sendo que quando o tu¬mor surge em ou-
tros órgãos, isso quase sempre acontece nos pulmões.
Desta forma, em casos de sarcoma de alto grau, é extre-
mamente importante o tratamento adjuvante. O tempo
livre de doença entre 3 e 5 anos é em torno de 33% e a
sobrevida média, 2 anos. Por isso, é imprescindível a sua
detecção nos estágios iniciais, permitindo a instituição
precoce do tratamento, com chances de cura maiores.
Instituição:
Fundação Santa Casa de Misericórdia de
Franca – Franca – SP
PARAGANGLIOMA PÉLVICO
Autores:
Mariano, B.F.; Bretz, P.R.; Britto, E.R.; Brandão,
L.H.C.; Antunes, D.R.V.; Ferreira, C.O.
Sigla:
G100
INTRODUÇÃO: Os paragânglios são agrupamentos de
células neuroendócrinas dispersas por todo o corpo.
Os tumores dos agrupamentos extraadrenais são clas-
sificados como paraganglioma, têm uma incidência rara
de aproximadamente 0,002%. Podem surgir na forma
esporádica ou como parte de síndromes familiares em
25% dos casos. A apresentação clínica desses tumores
é muito variada. Os sintomas mais comuns são hiper-
tensão arterial, cefaléias, palpitações e hipersudorese,
relacionados à produção excessiva de catecolaminas. O
único tratamento preconizado para estes tumores é a
ressecção cirúrgica. RELATO DE CASO: I.B.G.S. 43 anos,
sexo feminino, sem antecedentes familiares relevantes,
encaminhada ao ambulatório do Hospital Geral de Ca-
rapicuíba por abaulamento em região inguinal direita.
Ao exame apresentava-se normocárdica, normotensa,
emagrecida com presença de massa inguinal direita de
aproximadamente 6 centímetros (cm), enrijecida, indolor,
fixa, com linfonodo palpável à direita. À tomografia apre-
sentava lesão nodular de limites definidos (5x4x6cm), lo-
calizado na cavidade pélvica à direita, próximo à região
inguinal não podendo descartar lesão anexial. Submeti-
da à laparotomia exploradora com ressecção de tumo-
ração em fossa ilíaca direita de aproximadamente 6 cm
de diâmetro aderida ao ligamento redondo e lindono-
dos ilíacos à direita e esquerda . Ao anatomopatológico
neoplasia epitelióide encapsulada em tecidos moles, au-
sência de mitose; o perfil imuno-histoquímico associado
ao aspecto histológico consistente com paraganglioma
com baixo índice de proliferação celular. RELEVÂNCIA:
Lembrar a sociedade de ginecologia da existência desse
tumor e questionar a necessidade de rastreio genético
em pacientes diagnosticadas devido forte associação
com situações de caráter familiar. CONCLUSÃO: Apesar
do tratamento curativo ser cirúrgico, deve-se manter
seguimento rigoroso afim de evitar recidivas clínicas e
ponderar a realização do estudo genético.
Instituição:
Centro de Estudos São Camilo – Hospital
Geral de Carapicuíba – Carapicuíba – SP
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DAS PACIENTES
SUBMETIDAS A LAQUEADURA TUBARIA
NO HOSPITAL ESCOLA DO CENTRO
UNIVERSITARIO SAO CAMILO – HOSPITAL
GERAL DE
Autores:
Hidalgo, G.A.O.; Remorini, R.O.; Bretz, P.R.
Sigla:
G101
Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico das pacientes
em planejamento familiar submetidas à laqueadura no
Hospital Geral de Carapicuíba (HCG) e dados intrínsecos
da cirurgia, como via de acesso cirúrgico e complicações
associadas aos diferentes métodos. Método: Foram anali-
sados 204 prontuários de pacientes submetidas a laquea-
dura no HCG no período de abril de 2011 a abril de 2013;
com levantamento das variáveis: idade, paridade, tempo
entre a abertura do processo de planejamento familiar,
via da laqueadura (abdominal ou vaginal) e complicações
1...,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43 45,46,47,48,49,50,51,52,53,54,...209