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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
faixa etária, nas mulheres com idade ≥30 anos, houve maior
frequência de genótipo Arg/Arg do códon 72 no grupo po-
sitivo (46,0%) em comparação ao negativo (29,0%) e contro-
le (15,6%) [positivo versus controle: p=0,003]. Conclusão: es-
ses dados mostraram que a presença do alelo Arg no códon
72 associou-se significativamente com expressão positiva
de RNAm E6/E7 de HPV em comparação às mulheres sem
HPV (grupo controle). Essa associação manteve-se na faixa
etária igual ou maior que 30 anos.
Instituição:
Núcleo de Prevenção de Doenças Ginecoló-
gicas, Departamento de Ginecologia, Universidade Fede-
ral de São Paulo (UNIFESP). – SP
PRÁTICAS DEPILATÓRIAS NA REGIÃO
ÍNTIMA DE MULHERES BRASILEIRAS
Autores:
Piassarolli, V.P.; Giraldo, P.C.; Miranda, A.E.; do
Amaral, R.L.G.; Beghini, J.; Ruiz, C.
Sigla:
G106
OBJETIVO: Descrever as práticas depilatórias de mulheres
brasileiras e suas relações com características sociode-
mográficas e hábitos sexuais. MÉTODOS: Estudo de base
populacional envolvendo 474 mulheres brasileiras de 18 a
44 anos de idade, residentes na cidade de Vitória – ES e
cadastradas no Programa de Saúde da Família do municí-
pio que foram aleatorizadas e suas residências localizadas.
As mulheres responderam a uma ficha de dados e a um
questionário contendo informações sobre higiene íntima,
hábitos de depilação e práticas sexuais. O teste utilizado
foi o Exato de Fisher e foi adotado um nível de significância
estatística de 5%. RESULTADOS: A média de idade das par-
ticipantes foi de 31 anos (DP± 7,68), a maior parte trabalha
fora (67%), 38% passa de 6 a 10 horas fora de casa por
dia e 37,3 % é casada ou vive junto. A prevalência de sexo
oral (boca-vagina) foi de 67,5% e a frequência de relações
sexuais vaginais 1 a 3 vezes por semana foi de 72,2%. A
maioria se depila (97,7%) e foi constatado com resultados
estatisticamente significativos que mulheres mais jovens
(18-25 anos), commenor nível escolaridade (ensino funda-
mental) e renda (até um salário mínimo) são mais adeptas
à depilação, realizam esta prática com mais frequência na
região genital, retiram uma maior quantidade de pelos e
utilizam mais lâmina como método depilatório (p<0,05).
No entanto, mulheres com maior nível de escolaridade
e renda apresentam mais relatos de complicações pós-
-depilatórias como eritema, edema e foliculites, além de
usaremmais produtos após a depilação (p<0,05) . O grupo
de mulheres de 35 a 44 anos relatou a prática depilatória
necessária para o bom cuidado da genitália (58,2%), en-
tretanto 20,2% disseram ser prejudicial para a saúde ínti-
ma feminina. CONCLUSÕES: Houve diferenças estatísticas
quando comparamos as práticas depilatórias e característi-
cas sociodemográficas entre as categorias de idade, esco-
laridade e renda. A falta de diretriz baseadas em informa-
ções científicas promove uma lacuna importante em uma
prática extremamente comum. Estes dados servirão como
base para promoção em saúde sobre riscos da higiene de-
pilatória ideal para grupos específicos de mulheres.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas – Cam-
pinas – SP
PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE E DA
FUNÇÃO OVARIANA EM MULHERES COM
TUMORES ANEXIAIS BENIGNOS
Autores:
Yoshida, A.; Souza, E.C.A.; Peres, H.; Andrade,
L.A.L.A.; Sarian, L.O.; Derchain, S.
Sigla:
G107
Objetivo: Avaliar os achados histológicos, a preservação
da fertilidade e da função ovariana em mulheres com
tumores anexiais benignos. Sujeito e métodos: estudo
observacional com coleta prospectiva, incluindo 206 mu-
lheres com tumor anexial benigno, operadas no CAISM-
-UNICAMP de 2/2010 a 1/2014. A preservação da ferti-
lidade foi definida como tumorectomia ou anexectomia
unilateral com preservação do anexo contralateral e do
útero em mulheres na pré-menopausa. A preservação da
função ovariana foi definida como preservação de pelo
menos um ovário na pré e pós-menopausa. Resultados:
das 206 mulheres avaliadas, 184(89%) apresentavam tu-
mores ovarianos, sendo 105 pré-menopausa e 79 pós-
-menopausa. As neoplasias ovarianas mais frequentes na
pré-menopausa foram de células germinativas [36(46%)],
seguidos pelos epiteliais [31(39%)] e do cordão sexual e
estroma [11(14%)]. Na pós-menopausa predominaram
as neoplasias epiteliais [35(50%)], seguidas pelas do cor-
dão sexual e estroma [27(38%)] e de células germinativas
[8(11%)]. Das 36 mulheres com tumores não neoplásicos,
21(58%) apresentavam endometriomas. Das 22 mulheres
com tumores extra-ovarianos, o leiomioma uterino foi o
achado mais frequente (50%). Em relação a preservação
da fertilidade e função ovariana observou-se que das
43 pacientes com <35 anos, 23(53%) foram submeti-
das a tumorectomia e 18(41%) a anexectomia unilateral
com preservação do útero. Entre as 42 mulheres com 35
a 45 anos, 5(11%) foram submetidas a tumorectomia e
21(50%) a anexectomia unilateral com preservação do
útero. Entretanto 16(38%) foram submetidas a retirada
do útero (7 anexectomia unilateral e 9 anexectomia bi-
lateral). Entre as 45 mulheres de 46 a 55 anos, 29(64%)
foram submetidas a anexectomia bilateral com histerec-
tomia. Nas 63 mulheres >55 anos, a anexectomia bilateral
com histerectomia foi realizada em 49(78%). Conclusões:
em mulheres com <35 anos a tumorectomia foi a cirur-
gia mais realizada, embora uma proporção significativa
tenha sido submetida a anexectomia. Apenas dois terços
das mulheres entre 35 e 45 anos tiveram sua fertilidade
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