ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 54

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GINECOLOGIA
ANAIS
em uso de anticoncepcional oral há muitos anos. Referia
uso de levotiroxina (50 mcg ao dia) por hipotireoidismo
diagnosticado há 5 anos. Ao exame físico notava-se le-
são de consistência predominantemente fibroelástica,
ocupando toda a fossa ilíaca direita e hipogástrio, pouco
móvel, de superfície irregular com aproximadamente 15
cm de extensão no maior diâmetro. Solicitado ultrasso-
nografia transvaginal, identificando-se imagem com for-
mação heterogênea em topografia anexial direita, com
áreas hipoecoicas de permeio e áreas de calcificação
grosseira em seu interior e paredes, com diâmetro máxi-
mo de 10,2 cm e volume de 224 cc. A paciente foi sub-
metida à videolaparoscopia, com achado intracavitário
compatível com ovário direito de dimensões aumentadas
(aproximadamente 12 cm de diâmetro, superfície regular
e lisa, brancacento), com presença de aderências tipo II
em parede abdominal anterior. Realizado procedimento
de anexectomia direita sem intercorrências. O anato-
mopatológico constatou TESO. DISCUSSÃO: O TESO faz
parte do subgrupo dos fibrotecomas, no grupo dos tu-
mores do cordão estromal sexual (Roth LM, 2006). Clini-
camente apresenta-se como tumoração pélvica variando
em tamanho entre 6 a 21 cm de diâmetro, de ocorrência
predominantemente unilateral. São hormonalmente ina-
tivos. O tratamento mais adequado seria a cistectomia,
entretanto, na maioria dos casos, devido ao tamanho
tumoral e aderências à estruturas próximas, torna extre-
mamente difícil a preservação ovariana, culminando com
ooforectomia, tal qual foi realizado em nosso caso.
Instituição:
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-
cina de Botucatu – UNESP – Botucatu – SP
TUMOR NEURO ENDÓCRINO DE PEQUENAS
CÉLULAS PRIMÁRIO DO COLO UTERINO –
RELATO DE CASO
Autores:
Laginha, H.A.; Laginha, P.; Laginha, F.
Sigla:
G123
INTRODUÇÃO: O câncer do colo uterino engloba um
espectro de tipos histológicos, sendo o mais comum o
escamoso em 70% dos casos, e o adenocarcinoma em
25% dos casos. Os carcinomas neuro endócrinos de pe-
quenas células (CNEPC)correspondem a 2% dos canceres
invasivos do colo uterino. O carcinoma neuroendócrino
de pequenas células, foi descrito na década a de 50, e
tem como característica principal, a alta agressividade e
pior prognóstico com o dobro de mortalidade em re-
lação aos tipos mais comuns. É comum no momento
do diagnóstico apresentarem com volume maior que
2cm, invasão linfovascular, metástases para os gânglios
regionais assim como disseminação hematogenica. Na
literatura a media etária das pacientes é de 45 anos, e
estão relacionados a infecção pelos vírus HPV tipos 16 e
18. Estes tipos de tumores tendem a se comportar como
os tumores de células claras do pulmão. DESCRIÇAO DO
CASO: Paciente de 28 anos advogada, procedente de São
Paulo, casada, com queixa de corrimento, sangramento
vaginal, peso em baixo ventre e bola exteriorizando pela
vagina. Antecedentes Familiares: sem relevância. Antece-
dentes Pessoais: 0G0P – ciclos regulares em uso de pílula
que parou há 2 meses para gestar. Exames de rotina col-
pocitologia ASCUS há 10 meses. Exame Clinico: presença
de tumor de 9cm ocupando a vagina entreabrindo a rima
vulvar, com continuidade com o colo uterino, com envol-
vimento paramétrios, doloroso e sangrante a manipula-
ção. Feita biopsia com diagnostico de CNEPC. Tomogra-
fia de tórax e abdome apresentando tumor retrovesical
com invasão no segmento colônico direito e nódulos em
adrenais. Estádio IV. A paciente foi tratada com radio e
quimioterapia (cisplatina, ectoposide, ciclofosfamida e
doxorrubicina), por 4 ciclos com resposta completa local.
após 6 meses de intervalo livre de doença, apresentou
recidiva em SNC e óbito após 2 meses. RELEVÂNCIA E
COMENTÁRIOS: Os CNEPC são tumores de crescimento
rápido e comportamento agressivo. Por estes motivos a
prevenção secundária por rastreamento citológico, não
consegue fazer o diagnostico precoce e diminuir a mor-
talidade. Como são causados pelos HPV 16 E 18, as vaci-
nas poderão prevenir primariamente estas doenças.
Instituição:
Consultório Particular – SP
TUMOR PHYLLODES: UM RELATO DE CASO
Autores:
Schultz, C.; Bauer, L.M.; Bjr, A.; Schultz Jr., A.; Bar-
bosa, T.R.; Barbosa, L.R.
Sigla:
G124
Introdução: O tumor Phyllodes é responsável por 1% dos
tumores mamários, a maioria (80% dos casos) é benigno.
Os tumores são grandes, geralmente nodulares, pouco do-
lorosos e móveis. A recidiva é freqüente, raramente metas-
tatiza, ocorre por via hematogênica. A bilateralidade é rara,
representando aproximadamente 1% dos casos. Relato de
caso: L.M.M, sexo feminino, 19 anos, nuligesta. Queixa de
crescimento exagerado da mama esquerda em dois anos.
Exame físico Mamas assimétricas. Mama esquerda desvio
de mamilo para região infra-axilar esquerda, massa irregu-
lar, indolor, de consistência fibroelástica medindo 15 cm de
diâmetro. Mama direita nódulo palpável, móvel, de limites
imprecisos, medindo aproximadamente 1,5 cm, no qua-
drante inferior externo. ‘A ultrassonografia massa hipoeco-
gênica, homogênea, com cerca de 16x14 cm na mama es-
querda e nódulo hipoecogênico, lobulado, de 1,7x1,1x1,5
cm no quadrante ínfero-externo da mama direita. ‘A resso-
nância dois nódulos emmama direita, ummedindo 2,4x1,5
cm no quadrante inferior externo às 8h adjacente ao mús-
culo peitoral e outro medindo 9x4 mm na união dos qua-
drantes internos a 2 mm do músculo peitoral, categoria 3
BI-Rads, e volumosa massa em mama esquerda medindo
1...,44,45,46,47,48,49,50,51,52,53 55,56,57,58,59,60,61,62,63,64,...209