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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
daí podem apresentar algumas complicações.Relato do
caso. Uma paciente nuligesta, de 19 anos, deu entrada
no setor de emergência deste hospital com quadro de
dor pélvica aguda progressiva há dois dias. Na palpação
abdominal, apresentava sinais de irritação peritoneal
sem massa palpável. Ao exame especular apresentava:
colo uterino de aspecto normal e abaulamento em pare-
de vaginal anterolateral esquerda, no seu terço superior.
Ao toque vaginal apresentava útero doloroso a mobiliza-
ção e tumefação na mesma localização vaginal anterior-
mente descrita. A ressonância nuclear magnética descre-
veu: agenesia renal esquerda, ureter correspondente em
“fundo cego” desembocando em hemicavidade uterina
ipsilateral, apresentando-se dilatado com conteúdo he-
mático-proteico. Presença de útero diDelfo apresentando
sua hemicavidade uterina direita desembocando na he-
micavidade vaginal correspondente. A hemicavidade ute-
rina esquerda desembocando na hemicavidade vaginal
homolateral e se apresentava preenchida por coleção de
hemossiderina e ferritina, sem evidencia de comunicação
com a outra hemicavidade vaginal e com o meio exterior,
distando 4 cm do introito vaginal. Relevância. A ressonân-
cia magnética é um exame de grande importância para o
diagnóstico e planejamento cirúrgico das malformações
mullerianas. Comentários. A Síndrome de Herlyn-Werner-
-Wunderlich geralmente é diagnosticada após a menar-
ca, pela presença dos sintomasde dismenorreia cíclica,
dor pélvica persistente e achados ao exame físico como
hematocolpos, hematossalpinge epiometrocolpo. Esta
rara anomalia congênita quando diagnosticada e tratada
precocemente tem como objetivo aliviar os sintomas e
prevenir complicações causadas pela menstruação retró-
grada, como endometriose e infertilidade.
Instituição:
Hospital Central da Polícia Militar – RJ
SÍNDROME DE MAYER-ROKITANSKY-
KUSTER-HAUSER ASSOCIADA À
TIREOIDEOPATIA DE HASHIMOTO: RELATO
DE CASO
Autores:
Ishikawa, V.N.; Pantoja, G.A.; Pazinatto, D.B.; Gi-
menez, D.F.; Martins, D.C.; Neto, A.B.
Sigla:
G139
Introdução: A síndrome Mayer-Rokitansky-Kuster-Hau-
ser (MRKH) é uma doença rara das anomalias da dife-
renciação do sexo e acomete 1 : 5.000 nascimentos de
meninas. É considerada a segunda causa de amenorréia
primária e caracteriza-se por atresia vaginal, ausência
ou hipoplasia do útero e de tubas uterinas. Podem ser
encontradas em três formas clínicas. A síndrome típi-
ca, tipo I, representa alterações no sistema reprodutor.
A tipo II representa assimetria uterina e anomalia das
tubas uterinas e pode estar associada com alterações
renais e ósseas. E o terceiro tipo, apresenta hipoplasia
ou aplasia de estruturas uterovaginais, malformações re-
nais, cardíacas e ósseas. Objetiva-se no presente estudo
obter características mais detalhadas sobre a síndrome
MRKH, seu quadro clínico, evolução e tratamento, além
de apresentar a relação da mesma com a tireoidopatia de
Hashimoto, uma vez que não há relato desta associação
em literatura. Descrição do caso: T.S.S.N., sexo feminino,
19 anos, virgem, atendida no ambulatório de ginecologia
geral do Hospital Universitário São Francisco com queixa
de amenorréia primária. Ao exame físico: tireoide palpá-
vel com 3 cm em seu maior diâmetro, ausência de lin-
fonodos palpáveis. Exame ginecológico: lábios maiores
sem alterações, lábios menores hipotróficos, hipoclitóris,
hímen íntegro, ausência de lesões e ulcerações genitais,
estágio P2M2 (Estadiamento de Tanner). Exames com-
plementares: Ultrassonografia (USG) pélvica com útero
e anexos não identificados; USG de tireoide com eco-
textura heterogênea (tireodopatia) e exames laborato-
riais, FSH: 84,68mUI/ml; LH: 27,5 mUI/ml; estradiol: 12ng/
ml; estradiol livre: 0,06pg/ml; progesterona: 0,35ng/ml;
prolactina: 8,02ng/ml; testosterona: 120ng/dL; DHEA:
128ng/dL; TSH: 9,34mU/L; T4l:0, 88mg/dl; T3:1,64nmol/L;
Anti-TPO: 57,3IU/ml. Após investigação clínica e labora-
torial, foi sugerido a hipótese de MRKH e tireoidopatia
de Hashimoto e iniciado tratamento com hormoniotera-
pia. Conclusão: A MRKH é uma doença de baixa incidên-
cia na população e seu diagnóstico traz significativo im-
pacto psicológico e na qualidade de vida das pacientes,
em razão da impossibilidade de menstruar e engravidar.
Instituição:
Universidade São Francisco – Bragança Pau-
lista – SP
SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS
E TIREOIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE:
A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO
TIREOIDIANA
Autores:
Novais, J.S.M.N.; Pinto, C.L.B.B.P.; Garmes,
H.M.G.; Jales, R.M.J.; Juliato, C.J.
Sigla:
G140
Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP)
tem sido associada à origem auto-imune, quer por si só,
quer favorecendo o aparecimento de doenças auto-imu-
nes, a partir de uma ação estimuladora sobre a resposta
inflamatória . Assim, a tireoidite crônica auto-imune ( AIT
) seria mais prevalente entre as mulheres com SOP. Obje-
tivo: Avaliar a prevalência da AIT em mulheres com SOP.
Desenho do estudo : Foi um estudo transversal, em uma
clínica terciária, envolvendo sessenta e cinco mulheres
com SOP e 65 mulheres sem esta condição . Os parâme-
tros clínicos e laboratoriais foram avaliados e uma ultra-
-sonografia da tireóide foi realizada. Como parâmetros
1...,51,52,53,54,55,56,57,58,59,60 62,63,64,65,66,67,68,69,70,71,...209