ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 70

229
GINECOLOGIA
ANAIS
primeira relação sexual 19,8 anos (3,0 DP) e da primeira
gestação de 25,2 anos (5,5DP). Essas mulheres começa-
ram o uso de métodos contraceptivos com 22,1 anos de
idade em média (3,9 DP) e 81,5% já haviam usado algum
tipo de anticoncepção. Dentre as 54 pacientes, 52% já
haviam usado contraceptivo hormonal combinado, 46%
progestógeno isolado, 5% tinham feito laqueadura, 2%
usou apenas condom e 2% dispositivo intrauterino. Não
foram encontradas maiores intercorrências associadas ao
uso de métodos contraceptivos hormonais. Conclusão:
As pacientes com anemia falciforme apresentam múlti-
plas comorbidades que contraindicam o uso de contra-
ceptivos hormonais combinados, porem esse ainda foi
o método anticoncepcional mais utilizado na nossa po-
pulação, Por outro lado, não foram encontradas maiores
complicações entre as usuárias de contraceptivos hor-
monais combinados, mas são necessários estudos pros-
pectivos para melhor avaliação dos efeitos dos métodos
contraceptivos na anemia falciforme, suas interações
com essa doença e com o uso da hidroxiuréia.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo – SP
PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO POR
PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) E SUA
RELAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: ANÁLISE DE
PRONTUÁRIOS
Autores:
Schultz Jr., A.; Schultz, C.; Conci, L.S.; Castro,
R.M.; Brito, L.X.B.A.; Barbosa, T.R.
Sigla:
G160
Introdução: O Papiloma Vírus humano (HPV) infecta pele
e mucosas. A infecção dos tipos 6 e 11 relaciona-se com
Condilomas acuminados e dos tipos 16 e 18 relaciona-
-se com câncer de colo de útero. A transmissão é por
contato com a mucosa infectada. Cerca de 80% das mu-
lheres sexualmente ativas são infectadas por algum tipo
de HPV. O diagnóstico inclui o exame clínico e exames
complementares. As principais técnicas utilizadas são:
Papanicolaou, colposcopia e captura híbrida. O exame
ginecológico reduz a mortalidade por câncer de colo de
útero, pois pode detectar o vírus HPV antes do desen-
volvimento do câncer. Objetivo: Identificar pacientes com
HPV e suas repercussões clínicas, bem como uma visão
epidemiológica. Metodologia: Análise de prontuários de
pacientes infectadas pelo HPV no período de junho de
2011 a julho de 2012. Variáveis analisadas: idade, grau de
escolaridade, etnia, número de parceiros sexuais, sexarca,
paridade, história prévia de outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST), uso de anticoncepcionais hormo-
nais e o tabagismo. Resultados: A faixa etária de maior
prevalência foi entre 21 e 25 anos (38%). Houve preva-
lência maior nas pacientes com nível médio de ensino
(47%), nas caucasianas (77%), nas mulheres com mais de
três parceiros (79%), e com inicio das relações sexuais
entre 16 e 18 anos (38%), nas nulíparas (44%). Na avalia-
ção de doença sexualmente transmissível (DST) prévia ou
atual, encontrou-se 39 pacientes (39%) com positividade
para HPV e outras DSTs associadas. Houve diferença es-
tatística quanto à prevalência do HPV entre as usuárias
de contracepção oral (77%) e as não usuárias (23%). Já as
não tabagistas apresentaram prevalência maior de HPV
(69%) que as tabagistas (39%). Conclusão: A detecção do
vírus de alto risco foi associada ao início precoce de ativi-
dade sexual, múltiplos parceiros sexuais, nas caucasianas,
nulíparas e tabagistas. Sendo mais prevalente na faixa
etária entre 21 e 25 anos. Métodos de detecção eficazes
são imprescindíveis no diagnóstico precoce da afecção
pelo vírus com melhor possibilidade de cura. As medi-
das preventivas são de suma importância, pois reduzem
a carcinogênese genital e oral.
Instituição:
HSJA – RJ
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA
EM MULHERES NO CLIMATÉRIO ATENDIDAS
NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE
Autores:
Costa, M.A.; Amorim, M.M.R.; França Neto, A.H.;
Florentino, A.V.A.; Melo, A.S.O.; Modesti, R.T.
Sigla:
G161
Objetivos: Avaliar a prevalência dos componentes da
síndrome metabólica em mulheres no período do cli-
matério. MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal
prospectivo envolvendo 183 mulheres no período do
climatério atendidas no sistema público de saúde. Fo-
ram aferidos o peso, a altura e as circunferências da cin-
tura, quadril e pescoço, além da pressão arterial. Foram
ainda avaliadas a glicemia em jejum, o colesterol total e
frações, triglicerídios e glicemia pós-dextrosol. A partir
do peso e da altura foi calculado o IMC. Considerou-se
como síndrome metabólica a alteração de pelo menos
três dos seguintes componentes:glicemia em jejum,
HDL-colesterol, triglicerídeos, circunferência abdominal
e pressão arterial. Os dados foram analisados nos pro-
gramas Epi-Info 3.5.3. eMedcalc versão 11.6.1.0. Foram
construídas tabelas de distribuição de frequência para
as variáveis categóricas e calculadas as médias e os seus
respectivos desvios-padrão para as variáveis contínuas
e a mediana para as variáveis discretas.Para determinar
a associação entre os componentes da síndrome meta-
bólica e a fase do climatério (pré ou pós menopausa),
utilizou-se o teste “t” de Student para diferença de mé-
dias.Foi utilizado ainda o teste quiquadrado de Pearson
para avaliar a associação entre síndrome metabólica e
a fase do climatério.O estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa local (CAAE – 0139.0.099.000-09).
RESULTADOS: a média da idade das mulheres foi de 52,9
anos ± 5,4 e a mediana de anos de estudo foi de seis
1...,60,61,62,63,64,65,66,67,68,69 71,72,73,74,75,76,77,78,79,80,...209