ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 72

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GINECOLOGIA
ANAIS
zer/excitação, 42% apresentam alteração de orgasmo
e 55% das mulheres estudadas associam a disfunção
sexual com a presença de mioma. Conclusão: Diante
dos resultados, surge a necessidade de um programa
de intervenção multiprofissional de caráter sócio edu-
cativo, visando a promoção de cuidados com à saúde
e à humanização do atendimento para mulheres com
diagnostico de mioma.
Instituição:
Escola Paulista de Medicina-UNIFESP – SP
MODELO ANIMAL DE SÍNDROME DOS
OVÁRIOS POLICÍSTICOS INDUZIDO POR
TESTOSTERONA APRESENTA AUMENTO
DA EXPRESSÃO DE PROKINETICINA-2 EM
CÉLULAS DA GRANULOSA
Autores:
Marcondes, R.R.; Carvalho, K.C.; Garcia, N.; Car-
valho, F.; Baracat, E.C.; Maciel, G.A.R.M.
Sigla:
G164
Objetivo: Avaliar a expressão proteica de prokinetici-
na-2 em ovários de modelos animais de síndrome dos
ovários policísticos (SOP) induzidos por androgênio ou
estrogênio. Métodos: Foram utilizadas 30 ratas aloca-
das em igual número em três grupos. De acordo com os
grupos, os animais receberam por injeção subcutânea,
entre 0-3 dias de vida, os seguintes compostos: propio-
nato de testosterona (1,25 mg) (SOP-T; n= 10); benzo-
ato de estradiol (0,5 mg) (SOP-E; n= 10); e 0,1 mL de
veículo (Controle; n= 10). Ao completarem 90 dias, os
animais foram eutanasiados e os ovários foram remo-
vidos para análise de expressão de prokineticina-2 por
imunoistoquímica. Para a imunoistoquímica foi utiliza-
do anticorpo policlonal de coelho para prokineticina-2
(ab76747, Abcam), em diluição de 1:100. A quantifica-
ção da expressão proteica nas células da granulosa e
células intersticiais da teca foi feita pelo método de H-
-Score. O H-Score foi obtido pela seguinte fórmula: 3 x
porcentagem de células fortemente marcadas, 2 x por-
centagem de células moderadamente marcadas, por-
centagem de células fracamente marcadas, sendo que
este escore pode variar de 0 a 300. A análise estatística
foi realizada por meio de análise de variância (ANOVA)
complementada pelo teste de comparações múltiplas
de Tukey. Resultados: As ratas do grupo SOP-T apresen-
taram aumento da expressão proteica de prokinetici-
na-2 nas células da granulosa (H-Score: 182.5±81.3) em
comparação aos animais controles (H-Score: 75.0±50.9)
(P <0.05). As ratas do grupo SOP-E não apresentaram
diferença significativa da expressão de prokineticina-2
em relação ao grupo Controle. Quanto a expressão
nas células intersticiais da teca, não houve diferença
significativa entre os grupos. Conclusões: Nossos da-
dos mostraram que o modelo animal de SOP induzido
por testosterona apresenta aumento da expressão de
prokineticina-2 nas células ovarianas da granulosa. Esse
evento pode estar relacionado com a disfunção ovaria-
na no modelo animal androgenizado e poderia contri-
buir para a disfunção ovariana na SOP humana.
Instituição:
Departamento de Obstetrícia e Ginecologia,
Laboratório de Ginecologia Estrutural e Molecular (LIM
58), Faculdade de Medicina da Universidade de São Pau-
lo – SP
MEDIDA DA FLEXIBILIDADE DA VAGINA E
SUA IMPLICAÇÃO NA SAÚDE SEXUAL DA
MULHER
Autores:
Matthes, A.C.S.; Zucca-Matthes, A.G.Z.
Sigla:
G165
Na relação sexual, um pênis maior que o tamanho da
flexibilidade da vagina pode causar trauma nos tecidos
do fundo de saco vaginal, causando dispareunia e dor
pélvica crônica que é um problema de saúde pública.
Objetivos: Apresentar e descrever a síndrome da vagi-
na curta relativa (SVCR) no meio científico. Tornar os
ginecologistas conhecedores da SVCR para orientar as
mulheres em geral e principalmente as com queixa de
dispareunia, a conhecer o tamanho de sua vagina, para
que possam manter um relacionamento sexual saudá-
vel, sem traumas, sem dor e apresentar e validar um
dispositivo inventado para medição do canal vaginal
feminino. Métodos: A partir de aprovação do Parecer
n: 531073, no comitê de Ética Médica da UNAERP, mu-
lheres que enquadraram nos critérios de inclusão e
assinaram o Termo de Consentimento Pós-informado,
tiveram a medida da flexibilidade de suas vaginas regis-
tradas por meio de um dispositivo construído especifi-
camente para esta finalidade. Após o exame especular
em que era feito a medição do tamanho especular da
vagina, introduzia-se um dispositivo centimetrado até
a paciente referir desconforto e aí media-se o quanto o
aparelho penetrou na vagina, definindo o tamanho da
vagina em sua flexibilidade máxima. Resultados: Me-
diram-se 120 vaginas com uma média de 13 cm e va-
riação de + ou – 3 cm. A idade variou de 18 a 50 anos.
Todas as pacientes mantinham vida sexual a mais de 01
ano. Foi avaliado a paridade, a raça, o número de par-
ceiros, o tempo de atividade sexual e a frequência de
coito. Conclusão: A medida de 13 centímetros + ou – 3,
da flexibilidade da vagina das mulheres no estudo, tal-
vez reflita a das mulheres brasileiras e mostrou a com-
patibilidade com o pênis do brasileiro, verificado em
trabalhos científicos nacionais que é 14 cm + ou – 2 cm.
Esta constatação implica na qualidade de vida sexual
das mulheres, pois a mulher conhecedora do tamanho
de sua vagina, pode orientar o companheiro para uma
penetração controlada e uso posição sexual que não
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