ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 82

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
O PROBLEMA DOS TESTES DE
TOXOPLASMOSE: DE SUSCEPTÍVEL À
IMUNE: COMO RESOLVER?
Autores:
Zimmermmann, J.B.; Duarte, A.M.B.R.; Cangus-
su Silva, A.; Camargo, M.L.S.; Vitoi, L.A.; Marangoni, M.C.
Sigla:
O001
1-Introdução: A toxoplasmose é uma doença infecto-conta-
giosa frequente no Brasil, causada pelo Toxoplasma gondii,
podendo ser transmitida pelo contágio direto com animais
domésticos ou por ingestão de alimentos contaminados
com os oocistos do parasita. A infecção vertical também
ocorre (transplacentária). Na maioria da população adulta,
a toxoplasmose tem uma evolução benigna, podendo em
grande parte ser sub-clínica ou assintomática. O rastreio
para toxoplasmose consiste na triagem sorológica (IgM e
IgG para toxoplasmose). Baseado no exposto, os autores
avaliaram resultados de sorologias para toxoplasmose e sua
evolução no pré-natal. 2-Pacientes e Métodos: Foram estu-
dadas 250 pacientes em janeiro de 2012 a janeiro de 2014,
submetidas a sorologia para toxoplasmose na primeira con-
sulta pré-natal. Utilizou-se o teste ELISA (IgM/IgG) e quando
necessário, o Teste de Avidez IgG (Imunoensaio enzimáti-
co) e Elisa IgA. Foram excluídas pacientes imunossupressas.
3-Resultados: No primeiro trimestre, identificaram-se 78%
de pacientes imunes (n=195), 15% de pacientes susceptíveis
(n=37) e 7% (n=18) de pacientes com sorologias suspeitas
de infecção (IgG + e IGM+), mas apenas cinco casos foram
diagnosticados como infecção aguda na gravidez e trata-
dos conforme protocolo do serviço. No segundo e terceiro
trimestre, 12 pacientes (n= 4,8%) que anteriormente eram
susceptíveis evoluíram com conversão sorológica para imu-
nidade, sem qualquer nível sorológico de IgM detectável
anteriormente. Não houve nenhum caso de infecção de-
tectada no recém nascido. Estas pacientes foram acompa-
nhadas com titulação de anticorpos e foram consideradas
falso-positivas. 4- Conclusões: As pacientes susceptíveis de-
vem ser submetidas às orientações preventivas, as imunes
estão excluídas de qualquer risco de infecção fetal, quando
imunocompetentes e os casos considerados duvidosos de-
vem ser sanados com o teste de avidez, teste de IgA ou com
acompanhamento dos títulos de anticorpos, considerando a
mesma metodologia empregada. Existem casos falso-posi-
tivos e estes devem ser cuidadosamente avaliados antes de
indicar propedêutica invasiva fetal.
Instituição:
Faculdade de Medicina UFJF – Juiz de Fora – MG
ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL EM CADEIRA
DE PARTO EM UMA MATERNIDADE-ESCOLA
DO NORDESTE DO BRASIL: RESULTADOS
MATERNOS E PERINATAIS
Autores:
Florentino, A.V.A.; Amorim, M.M.R.; França
Neto, A.H.; Costa, M.A.; Leal, N.V.; Melo, F.
Sigla:
O002
Objetivos: descrever os resultados maternos e perinatais de
partos assistidos em uma cadeira de parto em uma mater-
nidade pública do Nordeste do Brasil. Métodos: realizou-se
um estudo prospectivo, longitudinal, do tipo coorte, in-
cluindo 320 parturientes atendidas em um projeto piloto de
humanização da assistência ao parto em uma maternidade
pública no Nordeste. A cadeira de parto foi especialmen-
te confeccionada em ferro para o Projeto. Os critérios de
inclusão foram estar em trabalho de parto ativo com apre-
sentação cefálica ou pélvica e manifestar interesse em parir
na cadeira. Excluíram-se os casos de óbito fetal já diagnos-
ticado na admissão e de malformações. Todas as mulheres
concordaram em participar e assinaram o termo de consen-
timento livre e esclarecido. Resultados: analisaram-se os re-
sultados de 300 partos de fato assistidos na cadeira, sendo
quatro gemelares e 296 gestações únicas, correspondendo
a 304 recém-nascidos (RN). Desses, oito estavam em apre-
sentação pélvica e 296 em apresentação cefálica. Houve
3,0% de parto instrumental O peso ao nascer variou en-
tre 1.200 e 4.800g (média 3.340 + 380g), 10/304 RN (3,3%)
apresentaram escores de Apgar menores que 7 no primeiro
minuto e não houve morte fetal intraparto nem escores de
Apgar abaixo de 7 no quinto minuto. Ventilação com más-
cara foi necessária em 4/304 RN (1,3%) e nenhum requereu
intubação orotraqueal. Nenhuma episiotomia foi realizada,
verificando-se 60% de períneo íntegro (180 casos), 15% de
lacerações de segundo grau requerendo sutura (45 casos),
5% de lacerações de primeiro grau requerendo sutura (15
casos), 2,7% de lacerações de 2º.grau sem necessidade de
sutura (8 casos) e 4% de lacerações de primeiro grau sem
necessidade de sutura (12 casos). A taxa global de sutura
foi de 20%. Elevado grau de satisfação com a experiência
do parto na cadeira foi relatado por 97% das parturientes.
Conclusões: a cadeira de parto utilizada no presente estu-
do resultou em excelentes desfechos maternos e perinatais,
destacando-se o elevado percentual de partos espontâne-
os com recém-nascidos com boa vitalidade e a taxa zero
de episiotomia com 60% de integridade perineal e apenas
20% de necessidade de sutura.
Instituição:
Instituto Paraibano de Pesquisa Prof. Joa-
quim Amorim Neto (IPESQ) – Campina Grande – PB
VALIDAÇÃO DE QUESTIONÁRIO PARA
CONHECIMENTO DAS HABILIDADES E
DA AUTOCONFIANÇA DO RESIDENTE EM
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA NO MANEJO
DE EMERGÊNCIAS NO PARTO
Autores:
Novoa, V.A.N.; Nomura, R.M.Y.
Sigla:
O003
Objetivos: Validar questionário para conhecer e descre-
ver a percepção dos médicos residentes em ginecologia
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