ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 92

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
possuem renda salarial satisfatória, favorecendo para
uma gestação de alto risco.
Instituição:
Centro Universitário São Camilo – Hospital
Geral de Carapicuíba – SP
PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA UTERINA
COMO CAUSA DE HEMORRAGIA PUERPERAL
Autores:
Fernandes, A.C.; Ardilha, A.; Marques, K.J.; Fer-
nandes, H.C.
Sigla:
O022
Introdução: O pseudoaneurisma da artéria uterina é
uma causa rara de hemorragia no pós-parto tardio e se
caracteriza por sangramento intermitente. Há lesão da
íntima vascular com formação de saco aneurismático
que se comunica com a artéria uterina. As principais
causas são traumatismos, infecções, processos cirúrgi-
cos e neoplasias. Relato de Caso: Paciente primigesta
de 34 anos. Foi submetida à cesariana sem complica-
ções durante ou no pós-operatório imediato. Ela pas-
sa a apresentar sangramento vaginal importante com
coágulos no 16º dia de pós-parto, após relação sexu-
al. Houve remissão do sangramento antes de chegada
ao hospital. Realizou-se ultrassonografia transvaginal
com Doppler demonstrando fluxo vascular turbulento
próximo ao istmo comunicante com a artéria uterina
direita. Não houve novos episódios de sangramento e
a paciente recebeu alta. Cerca de 2 semanas depois, a
paciente volta a apresentar importante sangramento
vaginal e foi reinternada. Realizou-se uma angiorres-
sonância magnética e foi feito o diagnóstico de pseu-
doaneurisma de artéria uterina direita. A paciente foi
então encaminhada para estudo angiográfico e tra-
tamento por embolização via cateter, onde se viu en-
chimento do pseudoaneurisma. Após a embolização
não foi mais observado o enchimento do pseudoa-
neurisma ou da artéria uterina direita. A paciente re-
cebeu alta após o procedimento, assintomática e sem
sangramentos.
Relevância: A hemorragia pós-parto é
uma das principais causas de morte materna. O pseu-
doaneurisma da artéria uterina é causado por trauma
local com lesão vascular. Relaciona-se também ao uso
de fórcipe, cesariana ou cirurgia abortiva, onde pode
ocorrer laceração da íntima de vasos, que forma o
saco aneurismático. Comentários: O pseudoaneurisma
pode ser assintomático ou causar dor e sangramento
intenso e intermitente. O risco de ruptura depende de
seu tamanho e da pressão intramural. A angiografia é
o padrão ouro e oferece o tratamento definitivo con-
comitantemente, através da embolização arterial. Ela
apresenta menos complicações que a abordagem ci-
rúrgica e preserva a fertilidade. Se a embolização não
estiver disponível ou fracassar, a histerectomia deve
ser o tratamento final.
Instituição:
Escola de Medicina Souza Marques – RJ
IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA
INTERVENCIONISTA NA PROFILAXIA DE
HEMORRAGIA PÓS PARTO EM CASO DE
ATONIA UTERINA
Autores:
Luft, N.M.; Nicastro, L.M.Z.; Cassiana, A.; Nasser,
F.; Oliveira, R.C.S.
Sigla:
O023
Introdução: A atonia uterina e as anormalidades placen-
tárias são exemplos de causas de complicações hemor-
rágicas no pós parto. A radiologia intervencionista atua
em conjunto com a obstetrícia visando o controle de
tal comorbidade através da técnica de oclusão bilateral
das artérias hipogástricas com balões de angioplastia.
Descrição: Secundigesta, com antecedente de parto ce-
sárea anterior em 2011, que evoluiu com atonia uterina
no intraoperatório, choque hipovolêmico revertido, e
necessidade de internação em UTI, comprometendo a
amamentação e aumentando a morbidade puerperal.
Em segunda gestação, devido ao antecedente de ato-
nia, foi optado eletivamente pela cateterização das ar-
térias ilíacas internas com objetivo de profilaxia de he-
morragia pós parto na 38ª semana. Houve novamente
atonia, porém com a oclusão temporária houve pouca
perda sanguínea e evolução puerperal fisiológica.
Rele-
vância e comentários: A radiologia intervencionista na
obstetrícia tem atuação mais conhecida nos casos de
placentas prévias com chance de acretismo. Neste caso
foi possível ver que atualmente, a maior segurança e o
domínio da técnica vem permitindo uma indicação am-
pliada para situações de risco hemorrágico, nas quais
a histerectomia não é mandatória, e não somente nos
casos de acretismo placentário.
Instituição:
Hospital Israelita Albert Einstein – SP
SIRENOMELIA TIPO 1 EM GESTAÇÃO ÚNICA:
RELATO DE CASO
Autores:
Lima, C.M.; Silva, R.C.A.F.; Silveira, S.S.; Spohr,
L.M.Z.; Andrade, A.C.; Vieira, G.D.
Sigla:
O024
INTRODUÇÃO: Serinomelia é um defeito congênito raro
(1 para cada 100 000), definido pela substituição dos
membros inferiores normalmente pareados, por um
único membro. Associa-se a anomalias gênito-urinária,
incluindo agenesia renal, de ureteres e bexiga, anus e au-
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