ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 98

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
servados casos de eclâmpsia e não houve necessidade
de reintrodução da terapia depois de finalizada a admi-
nistração de sulfato de magnésioem ambos os grupos. A
terapia com sulfato de magnésio só foi prolongada em
três casos no grupo randomizado para receber sulfato
de magnésio por 12 horas. Verificou-se também redução
significativa no tempo de sondagem vesical de demora
pós-parto, tempo para reinício da deambulação e tem-
po transcorrido entre o parto e o contato da puérpera
com o recém-nascido no grupo de sulfato de magnésio
por 12h. CONCLUSÃO: a terapia abreviada com sulfato
de magnésio por 12 horas pós-parto foi segura e asso-
ciou-se com benefícios em puérperas estáveis com pré-
-eclâmpsia grave.
Instituição:
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando
Figueira (IMIP) – Recife – PE
SÍNDROME HEMOLÍTICA URÊMICA PÓS-
PARTO: RELATO DE CASO
Autores:
Lourdes, L.F.; Siqueira, D.M.M.L.; Dutra, M.S.B.G.;
Mautoni, F.F.; Chaves, F.R.; Marzullo Filho, U.
Sigla:
O036
INTRODUÇÃO: A Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU)
ocorre geralmente entre 48 horas e 10 semanas após o
parto. É caracterizada pela presença de anemia micro-
angiopática, plaquetopenia de consumo e trombose in-
travascular associada a rápida e progressiva insuficiência
renal. DESCRIÇÃO DO CASO: LRGS, 17 anos, feminino,
negra, G1P1A0, deu entrada na Santa Casa de Cata-
guases, 30 dias após a realização de cesárea, apresen-
tando sinais de hemorragia uterina, oligúria e episódios
de crises convulsivas recentes. Após realização de exa-
mes, constatou-se lesão renal aguda, anemia hemolíti-
ca e trombocitopenia acentuada. No referido hospital,
seguiu-se a realização de hemodiálise e transfusão de
concentrado de hemácias e plasma. Após uma semana,
foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ),
localizado em Juiz de Fora. Apresentava-se afebril, com
Pressão Arterial (PA): 189x120 mmHg, Hemoglobina: 6,6;
Plaquetas:136.000; Reticulócitos: 6,2%; Creatinina (Cr):
3,7; Uréia: 101; TGO:14; TGP:13; LDH:1183. Iniciou-se he-
parina não fracionada profilática, Fenitoína, Predinisona
20mg e plasma fresco 30ml/kg/hr de 8/8h para aguardar
a chegada do Eculizumab. A paciente teve piora do qua-
dro apresentando-se taquicárdica, hipocorada ++/4+,
ictérica +/4+ e com maior comprometimento da função
renal (diurese: 475 ml/12h; Cr: 4,0; hematúria quantita-
tiva:12500). No sexto dia de internação, prescreveu-se
3 ampolas de Eculizumab 900mg 1x/semana durante 4
semanas, 1200mg na quinta semana, repetido a cada 15
dias. Após 3 dias de terapia, a paciente evoluiu com re-
gressão do quadro, apresentando diurese 2860/12 horas,
PA: 131x85 mmHg, estabilidade hemodinâmica e respira-
tória. RELEVÂNCIA: Trata-se de uma entidade cujo prog-
nóstico é reservado, com alta mortalidade e morbidade.
O atraso diagnóstico pode agravar o prognóstico mater-
no. COMENTÁRIOS: O conhecimento da patôgenese da
SHU (hiperativação da via alternativa do complemento)
foi acompanhado pelo surgimento da medicação Eculi-
zumab, a qual age como inibidor da via final do com-
plemento. O suporte intensivo e o tratamento específico
foram fundamentais para o resultado satisfatório obtido.
Instituição:
Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus
– Juiz de Fora – MG
OCORRÊNCIA DE MORTALIDADE PERINATAL
EM GESTAÇÕES DE ALTO RISCO
Autores:
Silva, R.C.A.F.; Vieira, G.D.; Barros, P.E.; Monteiro, P.S.
Sigla:
O037
OBJETIVO: Identificar as características de mortalidade
perinatal em gestantes de alto risco em um hospital ter-
ciário de Porto Velho, Rondônia. MÉTODOS: Realizou-se
um estudo transversal descritivo de julho a dezembro de
2010, sendo a amostra composta por gestantes com pe-
ríodo gestacional de 22 semanas ou mais. Os dados se-
cundários foram coletados de prontuários. Foram analisa-
das variáveis clínicas e sociais das gestantes. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade
de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, com re-
gistro do projeto nº 041/10. RESULTADOS: No período de
estudo, ocorreram 1.345 nascimentos, incluindo nascidos
vivos e natimortos. Do total referido, registraram-se 48
(3,6%) óbitos perinatais. Verificou-se que a taxa de mor-
talidade perinatal (TMP) foi de 35,6/1.000 nascidos. Em
relação ao tipo do parto, 28 (60,9%) gestantes foram sub-
metidas ao parto por via vaginal e 18 (39,1%) gestantes ao
parto via cesárea. Quanto aos problemas durante o parto,
29 (65,9%) gestantes não apresentaram intercorrências,
enquanto que 15 (34,1%) gestantes apresentaram algum
tipo de complicação, como apresentação pélvica, retenção
placentária com curetagem pós-parto, hemorragia, mecô-
nio espesso, estado pós-convulsional e infecção, 4 gestan-
tes foram ignoradas. Em relação à duração de gestação, a
idade gestacional variou entre 26 e 42 semanas, tendo 17
(35,4%) gestantes entre 32-36 semanas, 14 (29,1%) ges-
tantes entre 26-31 semanas, 9 (17,6%) gestantes entre 22-
25 semanas e 8 (16,6%) gestantes acima de 37 semanas.
Em relação às complicações clínicas durante a gravidez,
11 gestantes (22,98%) apresentaram infecção urinária e 11
(22,91%) gestantes tiveram trabalho de parto prematuro,
10 (20,8%) tiveram pré-eclampsia, 7 (14,5%) apresentaram
coriamnionite, 5 (10,4%) apresentaram incompetência
istmo-cervical e 1 (2,1%) hepatite viral. CONCLUSÕES: In-
1...,88,89,90,91,92,93,94,95,96,97 99,100,101,102,103,104,105,106,107,108,...209