ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 108

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
nócitos, granulócitos e linfócitos) quando comparado
com o grupo Se+LPS. O exercício físico reverteu as alte-
rações da coagulação induzidas pelo LPS, onde os parâ-
metros homeostáticos do grupo Ex+LPS encontram-se
no intervalo de referência de gestação normal de ratas
prenhes (Se+Salina). Conclusões: O exercício físico antes
e durante a gestação de ratas não preveniu a restrição
de crescimento fetal induzida pelo LPS, porém reduziu
a contagem de células brancas e reverteu as alterações
da coagulação relacionadas à inflamação observadas em
nosso modelo.
Instituição:
Departamento de Tocoginecologia – Uni-
versidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Queen’s
University (CA) – Campinas – SP
SÍNDROME DE TRANSFUSÃO FETO- FETAL
APÓS ABLAÇÃO VASCULAR PLACENTÁRIA:
RELATO DE CASO
Autores:
Santos, M.A.L.; Cavalcante, A.P.R.; Silva, P.L.C.;
Nagahama, G.; Rizzi, J.B.B.; Camara, G.N.
Sigla:
O058
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STFF) ocorre em até
30% das gestações monocoriônicas diamnióticas. É defi-
nida por ultrassonografia (USG), pela diferença entre os
líquidos amnióticos (LA), alterações do fluxo avaliadas
com Doppler e desenvolvimento desigual dos gêmeos.
Resultado do desequilíbrio das anastomoses arterio-
venosas. Quintero et al estabelecem classificação em 5
estágios correlacionadas com o prognóstico. Os trata-
mentos incluem amnioredução, septostomia e fetosco-
pia com coagulação a laser das anastomoses vasculares.
Evidências científicas mostram melhor prognóstico na
ablação com laser do que na amnioredução. M.S.S, 34
anos, branca, natural e procedente de São Paulo, terci-
gesta, secundípara, com entrada no Pré-natal do Hos-
pital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cacho-
eirinha (HMEC) em 12/2013 com gestação gemelar de
15 semanas e 1 dia . USG de controle, gestação gemelar
monocoriônica diamniótica, sugerindo diagnóstico de
STFF devido feto1 mostrar polidrâmnio e feto2 anidrâm-
nio, diferença de peso de 31% entre os fetos e ascite e
derrame pericárdico no feto1. Encaminhada a Medici-
na Fetal, confirmando STFF e classificada no estágio IV
de Quintero et al. Em 20/12/2013, submetida à ablação
vascular placentária com laser. USG de controle após
ablação evidenciou fetos com 26 semanas e 3 dias sem
discordância entre os pesos e LA, Doppler normal para
ambos. Com 30 semanas e 3 dias, foi internada na Casa
da Gestante de Alto Risco (CGAR) do HMEC, com Ecocar-
diograma Fetal diagnosticando no feto1 cardiomiopatia
ventricular direita e comprometimento sisto-diastólico,
taquicardia supraventricular intermitente, displasia e in-
suficiência de válvula tricúspide e derrame pericárdico.
Na discussão do caso a equipe da CGAR, optou por ce-
sariana pelos riscos cardíacos do feto1. Parto realizado
com 32 semanas sem intercorrências com feto1 pesando
1130 kg e Apgar de 9 e 9, e feto2 com 1150kg e Apgar
9 e 10.Os recém-nascidos ficaram em UTI neonatal, com
alta após 24 dias sem intercorrências. Este caso vai de
encontro aos resultados das revisões sistemáticas quanto
ao prognóstico após ablação com laser e mostra o suces-
so das intervenções realizadas durante pré-natal.
Instituição:
Hospital Municipal Maternidade Escola de
Vila Nova Cachoeirinha – SP
TESTE NÃO-INVASIVO PARA
CROMOSSOMOPATIAS: EXPERIÊNCIA
INICIAL DO LABORATÓRIO FLEURY
Autores:
Boute, T.; Barreto, E.Q.S.; Cavalcante, R.O.; Mi-
guelez, J.; Carvalho, M.H.B.
Sigla:
O059
Objetivo: Relatar a experiência inicial do Laboratório
Fleury com o teste não-invasivo para cromossomopa-
tias (Harmony test, Ariosa Diagnostics), disponível neste
serviço deste julho de 2013. Este exame, realizado com
uma amostra do sangue materno, pode ser coletado a
partir de 10 semanas de gestação, e visa determinar o
risco das principais alterações cromossômicas no feto,
com acurácia superior a 99%. Método: Foram avaliados
os casos coletados no período entre julho de 2013 a abril
de 2014. Os dados foram analisados no Microsoft Excel.
Resultados: No período avaliado, 162 pacientes realiza-
ram a coleta. A idade média das pacientes foi de 35,5
anos. Cento e cinquenta e uma apresentavam gestação
espontânea e 11 haviam sido submetidas a fertilização
in vitro (três delas com ovodoação), com dois casos de
gestações gemelares na amostra total.
A maioria das
coletas foi realizada no 1º trimestre (idade gestacional
média: 11,7 semanas). Vinte e oito pacientes coletaram o
exame no 2º trimestre (IG média: 18,2 semanas). Quatro
coletas foram feitas no 3º trimestre (IG média: 29,5 sema-
nas). Como o exame é processado nos Estados Unidos,
a mediana do tempo para o resultado foi de 10 dias (5 a
24 dias). Em 90% dos casos o resultado foi liberado em
até 14 dias da coleta. Houve falha com necessidade de
recoleta em cinco casos (3%). Em seis casos (prevalên-
cia de 1 em 27), o resultado veio alterado (cinco casos
de Trissomia 21 e um Turner). Conclusão: O teste não-
-invasivo apresenta-se como alternativa eficaz e de baixo
risco para rastreamento de cromossomopatias, podendo
ser realizada em idade gestacional precoce, inclusive em
gestações gemelares e fertilizações in vitro.
Instituição:
Fleury Medicina e Saúde – SP
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