ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 110

269
OBSTETRÍCIA
ANAIS
de segundo trimestre e de 8% das perdas de terceiro tri-
mestre. O tratamento primário para a insuficiência cervi-
cal é cirúrgico, e pode reduzir em até 20% a incidência de
partos pré-termos e a mortalidade perinatal. OBJETIVOS:
Descrever os resultados perinatais de uma população
de gestantes submetidas à cerclagem do colo uterino.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de série de casos
de gestantes submetidas à cerclagem cervical no Centro
de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas,
no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2011, atra-
vés do banco de dados dos registros do Centro Cirúrgi-
co. RESULTADOS: Foram analisados prontuários de 156
gestantes com 170 cerclagens. Das 139 pacientes com
dados de idade gestacional ao parto, 124 evoluíram com
partos após 24 semanas. Quinze pacientes (12,1%) evo-
luíram com perdas de segundo trimestre e 87,9% com
partos após 24 semanas. Quatorze pacientes (11,29%)
evoluíram com partos entre 24 a 28 semanas, 11 (8,87%)
entre 29 e 32 semanas, 39 pacientes (31,45%) entre 33
e 36 semanas e 60 pacientes (48,38%) com partos às 37
semanas ou mais. A média de idade gestacional ao nasci-
mento foi 35 semanas. A análise das variáveis associadas
a partos pré-termo demonstrou correlação significativa
com corioamnionite e amniorrexe antes de 24 semanas.
CONCLUSÃO: A decisão de realização de cerclagem deve
ser individualizada e fundamentada na análise de en-
curtamento progressivo do colo uterino e antecedentes
obstétricos. Apesar da ocorrência de desfechos perina-
tais desfavoráveis, os resultados indicam, até o momen-
to, vantagens associadas à realização de cerclagem, com
melhora dos resultados perinatais para gestantes sub-
metidas ao procedimento cirúrgico, quando há indicação
precisa para a realização do mesmo.
Instituição:
Centro de Atenção Integral à Saúde da Mu-
lher (CAISM) – UNICAMP – Campinas – SP
PREMATURIDADE, BAIXO PESO AO NASCER
E ADOLESCÊNCIA: ANÁLISE EM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA PARA GESTAÇÃO DE ALTO
RISCO EM PORTO VELHO, RONDÔNIA
Autores:
Sumiyoshi, V.M.; Yamamoto, N.Y.; Rocha, J.W.B.;
Costa, A.C.S.; Malpici, E.H.C.; Harada, E.K.M.
Sigla:
O063
OBJETIVO: Identificar a ocorrência de baixo peso ao nas-
cer em mães adolescentes e mães adultas, em recém-
-nascidos (RN) prematuros nascidos em hospital de re-
ferência para gestação de alto risco. MÉTODO: Trata-se
de um estudo observacional descritivo realizado através
da análise dos livros de Triagem Neonatal, de outubro
de 2009 a março de 2013, pertencentes ao Centro de
Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Dr. Ary Pinheiro,
em Porto Velho, RO. RESULTADOS: Foram registrados
2.928 partos prematuros dentro do prazo de 28 a 37 se-
manas de idade gestacional, correspondendo a 28,53%
dos 10.262 nascidos vivos na maternidade do Hospital
Dr. Ary Pinheiro durante o período de outubro de 2009
a março de 2013. Registrou-se 805(27,4%) mães adoles-
centes (entre 10 e 19 anos) e 2.123(72,6%) mães adultas
(entre 20 e 50 anos). Somaram 1.966 (67,14%) bebês pre-
maturos com peso inferior a 2.500 g. O peso médio de
RN prematuros de mães adolescentes foi de 2.167 g, já
entre os filhos de mães adultas a média foi de 2.214 g.
Nesta amostra, entre os RN de mães adolescentes, 554
(68,8%) apresentaram baixo peso ao nascer, enquanto
251 (31,1%) RN nasceram com peso superior a 2.499 g.
Já entre RN de mães adultas, 1.412 (66,5%) RN nasce-
ram com baixo peso, enquanto 962 (45,3%) RN nasceram
com peso acima de 2.499 g. CONCLUSÃO: O aumento
dos índices de gravidez na adolescência pode contribuir
para maior prevalência de parto pré termo e baixo peso
ao nascer, abrangendo aspectos multifatoriais, entre eles
as condições socioeconômicas, pois podem mediar ex-
posições psicológicas, comportamentais e ambientais na
redução do crescimento fetal. Somados, prematuridade
e idade materna inferior a 20 anos, a ocorrência de pre-
maturos com baixo peso ao nascer ultrapassa a metade
da amostra estudada, semelhante ao encontrado na po-
pulação de mães adultas, excluída a adolescência como
fator de risco para o baixo peso ao nascer. Os valores
encontrados no presente estudo apontam a necessidade
de mais estudos e adoção de políticas públicas efetivas
direcionadas a essa população.
Instituição:
Fundação Universidade Federal de Rondô-
nia – UNIR – Porto Velho – RO
RELAÇÃO ENTRE FRAÇÃO DE DNA FETAL
LIVRE E ÍNDICE DE PULSATILIDADE DAS
ARTÉRIAS UTERINAS
Autores:
Barreto, E.Q.S.; Boute, T.; Miguelez, J.; Carvalho,
M.H.B.
Sigla:
O064
Objetivo: Avaliar a relação entre o índice de pulsatilidade
das artérias uterinas entre 11 e 13+6 semanas e a fração
fetal de DNA livre no sangue materno. Métodos: Sessen-
ta e quatro pacientes, apresentando gestação com feto
único foram submetidas a avaliação ultrassonográfica
entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias e coletaram o
teste não invasivo para cromossomopatias baseado na
pesquisa de DNA livre na circulação materna (Harmony
test, Ariosa Inc), antes ou após este exame (10 a 21 se-
manas). A avaliação das artérias uterinas foi realizada por
examinadores certificados pela Fetal Medicine Founda-
tion (FMF), utilizando os parâmetros recomendados. A
1...,100,101,102,103,104,105,106,107,108,109 111,112,113,114,115,116,117,118,119,120,...209