ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 117

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
sistência pré-natal e ao aumento do seu nível de educa-
ção (embora ainda seja inferior às adultas), o que não se
correlacionou com a redução de complicações neonatais
(prematuridade e BPN).
Instituição:
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
– Salvador – BA
DESFECHOS PERINATAIS DE GESTANTES
SUBMETIDAS A CERCLAGEM DE
EMERGÊNCIA
Autores:
Almeida, N.R.A.; Lima, P.C.M.L.; Conz, L.C.; No-
mura, M.L.N.; Barini, R.B.; Passini, R.P.
Sigla:
O079
A insuficiência istmo cervical é caracterizada por dilata-
ção cervical indolor recorrente que pode ser a causa de
20% das perdas de segundo trimestre e de 8% das perdas
de terceiro. O diagnóstico clínico retrospectivo baseado
em desfechos obstétricos desfavoráveis ou a evidência
de encurtamento cervical ao exame físico ou à ecogra-
fia são indicações de cerclagem uterina com o objetivo
de prevenir parto prematuro. Quando realizada em pa-
cientes com dilatação cervical maior ou igual a 2 cm ou
quando há bolsa protrusa no canal cervical, é classificada
como cerclagem de emergência. OBJETIVOS: Descrever
os resultados perinatais de uma população de gestantes
submetidas à cerclagem emergencial do colo uterino.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de série de casos
de gestantes submetidas à cerclagem cervical no Centro
de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas,
no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2013, atra-
vés do banco de dados dos registros do Centro Cirúrgico.
RESULTADOS: Foram analisados 177 prontuários, com um
total de 194 cerclagens, destas 11 casos de cerclagens
de emergência (5,6%). A média de idade gestacional do
procedimento foi 17,2 semanas (variando de 12 a 24) e
do nascimento foi 28 semanas (variando de 15 a 40), a
média do comprimento cervical à medida ecográfica foi
26mm (variando de 9 a 38mm). A indicação da cercla-
gem foi dilatação cervical maior ou igual a 2cm em 10
pacientes (90,9%), bolsa protrusa em 1 paciente (9,1%) e
ambas em (45%).O período médio entre procedimento e
parto foi de: 11,2 semanas (variando de 0 a 27 semanas).
Desfecho perinatal: menor de 24sem: 41,7%; 25-33sem:
25%; maior ou igual a 34sem: 33,3% e maior ou igual a
37sem: 25%. Evoluíram para parto vaginal 10 pacientes e
1 para parto cesarea. Uma paciente evoluiu para aborto,
3 para natimorto, 1 óbito neonatal, 2 para vivo enfermo
e 4 para vivo são. A sobrevida neonatal foi de 85,7%. O
sucesso da cerclagem de emergência depende de casos
com indicações precisas nos quais os riscos e benefícios
para o binômio são detalhadamente analisados.
Instituição:
Centro de Atenção Integral à Saúde da Mu-
lher – Campinas – SP
TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV)
E ÓBITO MATERNO EM PACIENTES
INTERNADAS EM MATERNIDADE DE ALTO
RISCO
Autores:
Barros, V.I.P.V.; Baptista, F.S.; Santos, R.K.; Fran-
cisco, R.P.V.; Zugaib, M.
Sigla:
O080
A hospitalização de gestantes aumenta de forma significati-
va o risco de TEV e conseqüente morbidade e mortalidade
maternas. Objetivos: relatar os casos de TEV que ocorreram
em pacientes internadas emmaternidade de alto risco. Mé-
todos: o período de levantamento dos dados foi de março
de 2010 a dezembro de 2013. Foram avaliadas as pacientes
internadas no serviço e que posteriormente desenvolveram
TEV. Foram excluídas as pacientes que vieram encaminha-
das com diagnóstico de TEV para tratamento, cujo parto ou
internação ocorreu em outro serviço. Resultados: ocorre-
ram 6 casos de TEV neste período relatados na tabela 1. Isto
correspondeu a uma prevalência de 2,5/1000 nascidos vi-
vos. Ocorreram dois óbitos maternos decorrentes de trom-
boembolismo pulmonar (TEP), um deles associado a câncer
de mama e quimioterapia na gestação, TEP no segundo
pós-parto normal com óbito em 30 minutos que não res-
pondeu a manobras de reanimação. Outro óbito relacio-
nado a hemoglobinopatia forma SC e cor pulmonale com
quadro de corioamnionite. Ocorreram também 3 casos de
TEP não fatal, e 1 caso de TVP pós Hta por corioamnionite.
É notório em todos os casos, a presença de vários fatores
de risco que culminaram nos episódios de TEV, fatal ou não.
Conclusão: Após a análise destes dados, foi elaborado um
protocolo de avaliação sistemática para profilaxia do TEV de
todas as pacientes hospitalizadas.
Tabela 1. Casos de TEV em gestantes e puérperas hospi-
talizadas no período de 2010-13, HCFMUSP
N Nome Idade TEV Fatores de risco
1 VDC 40 TEP 2PPN CA DE MAMA INVASIVO, QT NA
GEST, HAS,DEPRESSÃO, IMC 31, ÓBITO
2 TSG 20 TEP 2PPC CORIAMINIONITE, HTA, hemoglobi-
nopatias SC, ÓBITO
3 JJSS 23 TVP 2PO HTA, HTA, hemorragia, BCP,
Corioamnionite,VIVA
4 MSS 40 TEP 2PO Maste Multípara, ca de mama, gesta-
ção 24 sems, VIVA
5 MCC 34 TEP 3PC Tumor pancreático, VIVA
6 VSM 35 TVP+ TEP 35POC IMC 40, VIVA
1...,107,108,109,110,111,112,113,114,115,116 118,119,120,121,122,123,124,125,126,127,...209