ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 118

277
OBSTETRÍCIA
ANAIS
Instituição:
Clínica Obstetricia do Hospital das Clínicas
da Universidade de São Paulo- SP
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON
EM DEZ GRUPOS PARA AVALIAÇÃO DE
CESÁREAS EM MULHERES COM MORBIDADE
MATERNA GRAVE
Autores:
Ferreira, E.C.; Costa, M.L.; Cecatti, J.G.; Haddad,
S.M.; Parpinelli, M.A.; Robson, M.S.
Sigla:
O081
Objetivo: avaliar a distribuição das mulheres com morbi-
dade materna grave (MMG) de acordo com o sistema de
classificação em 10 grupos de Robson (RTGCS), as taxas de
cesárea (CS), comparação com a população emgeral e pos-
sível relação dos diversos grupos com pior desfecho ma-
terno. Métodos: análise secundária de um estudo de corte
transversal multicêntrico que ocorreu em 27 maternidades
brasileiras de referência, participantes da Rede Brasileira de
Vigilância de Morbidade Materna Grave. Foi realizada a co-
dificação dos dados para alocação das mulheres segundo
RTGCS e calculadas as taxas de CS. Além disso, cada um
dos 10 grupos foi alocado de acordo com a gravidade do
caso, em “near miss” (NM)/óbito materno (MD) ou con-
dição potencialmente ameaçadora de vida (PLTC) e con-
forme a condição que classificou a paciente como MMG.
Resultados: Das 7247 mulheres que compuseram o estu-
do, 73.2% foram submetidas a CS. O grupo 10 (gestação
única, cefálico, pré termo, incluindo CS anterior) foi o mais
prevalente e aquele com maior contribuição para a taxa
geral de CS. Os grupos que tiveram maior gravidade (NM
e MD) foram, em ordem decrescente, os grupos 7 (mul-
típaras com apresentação pélvica, incluindo aquelas com
CS prévia) e 9 (todas com apresentação anômala, gestação
única, a termo, incluindo aquelas com CS anterior), o grupo
8 (gestações múltiplas incluindo aquelas com CS anterior)
e o grupo 10. Os grupos 3 e 1 (respectivamente multíparas
sem CS anterior e nulíparas, gestação única, cefálico, a ter-
mo, trabalho de parto espontâneo) foram os relacionados
ao melhor prognóstico materno. Nessa mesma avaliação,
o grupo 3 teve um caso de MMG (NM e MD) para cada
29 casos de PLTC. Quando avaliadas somente as mulheres
desse grupo submetidas a CS, essa relação atinge valores
de 1:10, indicando pior evolução. Em todos os grupos, a hi-
pertensão foi o fator de gravidade mais frequente, seguido
pela hemorragia. Conclusão: O estudo evidenciou uma alta
taxa de cesárea em mulheres com MMG e a utilização do
RTGCS para avaliação dos partos nessa população se mos-
trou extremamente útil, evidenciando grupos clinicamente
relevante com altas taxas de parto abdominal e grupos es-
pecíficos com pior evolução materna.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP – Campinas – SP
AVALIAÇÃO DO COLO UTERINO PELA ULTRAS-
SONOGRAFIA TRIDIMENSIONAL EM GESTAN-
TES SUBMETIDAS A CERCLAGEM CERVICAL
Autores:
Borghi, T.F.; Carvalho, M.H.B.; Amorim, A.G.;
Francisco, R.P.V.; Zugaib, M.
Sigla:
O082
Objetivo: identificar fatores de risco para abortamento ou
parto prematuro emgestantes submetidas a cerclagem com
a avaliação ultrassonográfica bidimensional e tridimensional
do colo uterino. Material e Método: foram acompanhadas
gestantes com incompetência cervical na Clinica Obstétri-
ca da FMUSP, de 06/2012 a 04/2014, pela avaliação do colo
uterino no morfológico de primeiro e de segundo trimestre.
A avaliação ultrassonográfica do colo uterino por via trans-
vaginal. Foram avaliados o comprimento do colo (CC), o eco
glandular endocervical (EGE), sludge e comprimento (CP) e
profundidade (PD) do funil. Foi ativada a varredura 3D auto-
mática e utilizado o programa VOCAL do Voluson E8 com
ângulo de rotação de 30 graus. Os histogramas de cinza e
color colo e EGE foram calculados. Foram aplicados os tes-
tes: t-student para as variáveis paramétricas eMann-Whitney
para as não paramétricas. Variáveis analisadas: CC, presenca
de funil (PD e LG), EGE, presença de sludge, volume (VOL)
colo, VOL EGE, histograma colo e EGE (VI, FI e VFI), escala de
cinzas (EC) colo e EGE, distância do ponto de cerclagem ao
orifício cervical interno (POI). Para diferenciar as avaliações
realizadas no primeiro e segundo trimestres utilizamos os
números 1 e 2. Foram estudadas 40 gestantes submetidas a
cerclagem, 9 pacientes (22,5%) tiveram o parto abaixo de 34
semanas. As variáveis analisadas com distribuição paramé-
trica foram: VOL colo 1, FI colo 1, CC 2 e POI 2. As pacientes
avaliadas foram divididas em dois grupos: idade gestacional
de parto maior ou igual a 34 semanas e menor que 34 se-
manas. Resultados: houve diferença estatisticamente signi-
ficante entre VI e VFI EGE 2 e idade gestacional de parto.
Gestantes que evoluíram com parto abaixo de 34 semanas,
a VI média foi 0,155, (IC 95% -0,09004 a 0,40004) e com 34
semanas ou mais, média 1,3077 (IC 95% 0,5476 a 2,0677, p
0,029). Variável VFI EGE 2: parto menor que 34 semanas,
média de 0,04325 (IC 95% -0,3132 a 0,11782); maior ou
igual a 34 semanas, média de 0,13121 (IC 95% 0,1312 a
0,67729 p 0,029). Conclusão: os valores de vascularização
VI e VFI EGE 2 foram menores no grupo de gestantes que
evoluíram para parto abaixo de 34 semanas.
Instituição:
Faculdade de Medicina de São Paulo – SP
COLESTASE INTRA-HEPÁTICA GESTACIONAL
Autores:
Foggiatto, A.I.; Nihi, E.K.
Sigla:
O083
INTRODUÇÃO: A colestase intra-hepática da gravidez
(CIHG) é uma doença hepática de etiologia desconhe-
1...,108,109,110,111,112,113,114,115,116,117 119,120,121,122,123,124,125,126,127,128,...209