ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 125

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
com 1 aborto espontâneo anterior, apresentou no exame
ultrassonográfico (USG) realizado com 18 semanas e 03
dias, diagnóstico de diástole zero no feto 2 com índice de
pulsatilidade venosa (IPV) do ducto venoso de 0,83, asso-
ciado a índice de liquido amniótico (ILA) no feto 1 aumen-
tado e diminuído no feto 2, com bexiga visível em ambos.
Foi evidenciado também peso do feto 1 no percentil (p90)
e feto 2 com (p10-50). Mediante a presença de discordân-
cia importante nos pesos fetais, a paciente passou a ser
acompanhada semanalmente no serviço de medicina fetal
para controle de vitalidade fetal e USG. Com 27 semanas
e 04 dias, a USG com doppler demonstrou gestação com-
patível com 27 semanas e 03 dias com feto 1 apresentan-
do peso fetal estimado (PFe) de 1149g (p75), polidrâmnio
(maior bolsão de 8,9cm) e doppler normal; enquanto o
feto 2 apresentou PFe de 709g (p2), oligoâmnio (maior
bolsão 0,3cm) e IPV do ducto venoso de 1,09. A bexiga
foi visualizada em ambos. A gestante foi internada para
realizar corticoterapia objetivando maturação pulmonar
fetal, cardiotocografia diária e neuroproteção com sulfato
de magnésio. No segundo dia de internação, foi realizado
cesárea e os conceptos nasceram em bom estado geral,
pesando 1070 e 695g. Os índices de Apgar no 1º e 5 º
minutos foram de 8/9 e 6/8, para os recém-nascidos 1 e
2 respectivamente. As concentrações de hemoglobina no
primeiro e segundo gemelar foram de 17,0 g/dl e 20,4 g/
dl respectivamente. Conclusão: Mediante a uma RCF sele-
tivo com aumento do IPV do ducto venoso acima de 1,0,
optamos pela resolução obstétrica e concluímos que a
conduta foi adequada. Até o momento (14dias) ambos os
RNs não apresentam complicações perinatais, exceto pela
presença da persistência do canal arterial e da necessida-
de de cuidados intensivos neonatais para ambos.
Instituição:
Hospital do Servidor Público Estadual de
São Paulo – SP
VIGILÂNCIA HEMODINÂMICA FETAL EM
CIRURGIA A CÉU ABERTO: CONTRIBUIÇÃO
DO ÍNDICE DE PERFORMANCE MIOCÁRDICA
(IPM)
Autores:
Santana, E.F.M.; Moron, A.F.; Barbosa, M.M.; Mi-
lani, H.J.; Cavalheiro, S.; Rolo, L.C.
Sigla:
O097
Objetivos: Avaliar o índice de performance miocárdica
do ventrículo esquerdo fetal (IPM) durante a cirurgia
fetal aberta para correção mielomeningocele. Métodos:
Foi realizado um estudo piloto transversal com 22 fe-
tos submetidos a correção intra-uterina para mielome-
ningocele de 24 a 27 semanas de gestação, no período
de novembro 2013 a março 2014. As avaliações foram
realizadas em três períodos específicos: pré- aneste-
sia materna (1), neurocirurgia (2) e final da cirurgia (3).
Determinou-se a média ± desvio padrão (SD) de cada
período. As diferenças entre esses períodos foram ana-
lisadas utilizado o teste de comparações múltiplas de
Bonferroni. Resultados: A média de idade materna foi de
29,9 anos, com desvio-padrão (DP) de 3,69 anos, com
um mínimo de 23 e máximo de 36 anos. A idade gesta-
cional média foi de 26 semanas, com DP de 1,0 semanas,
com um mínimo de 24 semanas e máximo de 27 sema-
nas. Os valores de p obtidos pela comparação múltipla
do teste de Bonferroni foram (IC = 95%) IPM (1) vs (2):
-0,02864 (média), -0,05274 (mínimo), -0,00453 (máxi-
mo), 0,022 (p ), (1) vs (3): -0,06182 (média), -0,08872 (mí-
nimo), -0,03491 (max), 0,000 (p- value), (2) vs – 0,03318
(média), -0,05466 (mínimo), -0,0117 (max), 0,004 (valor
de p). Conclusão: O estudo do IPM parece ser um bom
parâmetro para a avaliação global da função cardíaca
em cirurgia fetal a ceu aberto. Os valores mostraram-se
mais elevados no final da cirurgia, sugerindo sobrecarga
cardíaca fetal pelo possível estresse cirúrgico. Este fato
reforça a importância da vigilância fetal e indica uma
boa inplementação do IPM em protocolos ecocardio-
gráficos para a cirurgia fetal.
Instituição:
Escola Paulista de Medicina- Universidade
Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP) – SP
INTERVALOS DE REFERÊNCIA
LONGITUDINAIS DE PARÂMETROS
DOPPLERVELOCIMÉTRICOS DA ARTÉRIA
RENAL FETAL E SUA CORRELAÇÃO COM
VOLUME DE LÍQUIDO AMNIÓTICO EM
GESTANTES DE BAIXO RISCO
Autores:
Figueira, C.O.; Surita, F.G.S.; Cecatti, J.G.C.; Ben-
nini Junior, J.R.B.; Pereira, S.L.P.; Dertkigil, M.S.J.D.
Sigla:
O098
Objetivos: Construir curva de intervalos de referência lon-
gitudinais para índice de pulsatilidade (IP) e velocidade
sistólica (VS) da artéria renal fetal, sua correlação com
índice de líquido amniótico (ILA) e avaliar a reprodutibili-
dade do método em gestantes de baixo risco
.
Métodos:
Estudo de coorte longitudinal descritivo em 63 mulheres
com gestação de baixo risco no Hospital Prof. Dr. José
Aristodemo Pinotti – Centro de Atenção Integral à Saúde
da Mulher – CAISM/UNICAMP. Foram aferidos o índice de
pulsatilidade (IP) e a velocidade sistólica (VS) da artéria
renal em gestantes entre 16 e 41 semanas, em intervalos
de 4 semanas até a 36ª semana e após, a cada 2 semanas
até o parto para construção do intervalo longitudinal dos
parâmetros. Para análise estatística foram calculadas as
médias por intervalos de idade gestacional, valores dos
percentis 5, 50 e 95 para cada parâmetro estudado e ain-
da, os índices de correlação intra classe e inter classe. Foi
1...,115,116,117,118,119,120,121,122,123,124 126,127,128,129,130,131,132,133,134,135,...209