ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 134

293
OBSTETRÍCIA
ANAIS
APENDICITE NA GRAVIDEZ: RELATO DE
CASO
Autores:
Zimmermmann, J.B.; Duarte, A.M.B.R.; Cangus-
su Silva, A.; Sampaio, F.S.; Oliveira, E.C.M.; Bernardes, C.S.
Sigla:
O116
1- INTRODUÇÃO: O abdome agudo na gravidez é entidade
rara e de difícil diagnóstico, pois os sinais e sintomas fisioló-
gicos típicos da gravidez como náuseas, vômitos e dor ab-
dominal, bem como leucocitose, que são frequentemente
úteis para o diagnóstico, podem confundir o quadro. Além
disso, o exame físico do abdome na gestante tem aspec-
tos peculiares que tornam os achados menos explícitos do
que os obtidos em pacientes não grávidas com a mesma
afecção. 2- O CASO CLÍNICO: Os autores relatam o caso
da paciente EJ, 31 anos, em regime de pré-natal que apre-
sentou dor abdominal aguda com 20/21 semanas de ges-
tação, febre e vômitos. Ao exame apresentava-se corada,
hidratada, anictérica, acianótica, PA 120/80 mmHg, abdome
flácido e doloroso difusamente, útero aumentado de volu-
me, com tônus uterino normal, BCF positivo (142 bpm). A
propedêutica laboratorial inicial identificou leucocitose, em
hemograma, sem desvio para esquerda e a utrassonogra-
fia abdominal não foi conclusiva. Evoluiu com piora clínica,
aumento dos vômitos, dor em quadrante superior direito
do abdome (QSD) e distensão abdominal, quando foi inter-
nada. Realizada ressonância nuclear magnética (RNM) que
confirmou a hipótese diagnóstica. Realizou-se laparotomia
para apendicectomia. Manteve-se em controle pré-natal,
sem qualquer intercorrência. Não houve complicação no
pós operatório. A paciente foi submetida à cesariana com
39 semanas de gestação com extração de feto vivo, único,
sexo masculino, assistido pelo pediatra. Recebeu alta em
boas condições e sem qualquer intercorrência. 3- CONCLU-
SÕES: É importante salientar que o diagnóstico e manejo
da apendicite aguda não devem ser postergados, uma vez
que a ocorrência de complicações e morbidade eleva-se
quando o médico reluta em operar a gestante com sus-
peita dessa afecção, aumentando a taxa de perda fetal na
ruptura do apêndice. A ultrassonografia mantem-se como
o primeiro exame de imagem a ser solicitado em caso de
suspeita de apendicite, na presença de dor significativa no
quadrante superior direito. Em casos especiais, a RNM trará
informações adicionais e poderá ser realizada.
Instituição:
Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz
de Fora – MG
LEISHMANIOSE VISCERAL NA GESTAÇÃO –
UM RELATO DE CASO
Autores:
Araújo, M.L.M.F.; Lopes, L.D.F.; Santos, M.A.A.;
Souza, M.A.C.
Sigla:
O117
Introdução: Leishmaniose visceral (LV) é uma importan-
te zoonose considerada um grave problema de saúde
pública e uma das endemias prioritárias da Organiza-
ção Mundial de Saúde (OMS). É uma doença endêmica
no estado do Rio Grande do Norte e nos últimos anos
vem aumentando o número de casos principalmente em
áreas urbanas. Consequentemente, elevou-se também o
risco de surgimento de casos de leishmaniose visceral na
gestação, o que pode levar a consequências para a mãe e
para o feto. Descrição do caso: Neste presente trabalho,
é relatado um caso de LV na gestação que se apresen-
tou com manifestação clínica incomum, cursando com
doença febril aguda e rápida progressão dos sintomas.
Paciente de 29 anos, multípara, admitida em nosso ser-
viço com idade gestacional de 33 semanas e quatro dias.
Queixava-se de febre alta, astenia e hiporexia há três
dias. Ao exame clínico: estado geral regular, emagrecida,
ictérica (2+/4+) e hipocorada (3+/4+). Exame obstétrico
sem alterações. Os exames laboratoriais evidenciaram
achados clássicos para o calazar como pancitopenia,
relação albumina/globulina invertida, VSH elevado e
transaminases hepáticas aumentadas duas a três vezes
em relação aos valores normais. À ultrassonografia de
abdome, apresentou hepatoesplenomegalia. Contudo, a
paciente desenvolveu quadro grave de insuficiência he-
pática, com icterícia importante e progressiva, discrasia
sanguínea e hipoglicemia, além de rápida perda de peso.
O diagnóstico foi realizado após a resolução da gesta-
ção através do aspirado de medula óssea e ratificado por
reação de imunofluorescência indireta. O tratamento foi
feito com anfotericina B lipossomal levando a melhora
evidente em poucos dias dos parâmetros laboratoriais,
da febre e astenia, embora tenha necessitado de mais
tempo para recuperação do seu estado nutricional. Não
houve transmissão vertical. Relevância e comentários:
Casos de leishmaniose visceral na gestação ainda são
pouco descritos, mesmo em livros texto de doenças in-
fecciosas, o que pode retratar subnotificações. Logo, é
de suma importância a publicação de casos existentes
para elucidar as formas adequadas de manejo e evitar
complicações à mãe e ao feto.
Instituição:
Maternidade Escola Januário Cicco – Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal – RN
RELATO DE CASO: DENGUE HEMORRÁGICA
NA GESTAÇÃO GEMELAR
Autores:
Schultz Junior, A.; Bauer, L.M.; Brito, L.X.B.A.;
Schultz, C.; Castro, R.M.; Barbosa, L.R.
Sigla:
O118
Introdução: A dengue é uma doença aguda transmitida
por um vírus da família flaviviridae, cujo vetor é o Aedes
aegypti. Os sintomas na gestante e no RN variam, em
1...,124,125,126,127,128,129,130,131,132,133 135,136,137,138,139,140,141,142,143,144,...209