ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 143

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
EMBOLIA AMNIÓTICA: RELATO DE CASO
Autores:
Haddad, M.F.H.; Freitas, B.C.F.C.; Penha, N.A.P.;
Rocha, G.M.R.; Sousa, I.S.S.; Frigério, M.V.F.
Sigla:
O137
1. INTRODUÇÃO
:
Embolia amniótica é uma complicação
(emergência) materna rara, de instalação abrupta e poten-
cialmente fatal, onde líquido amniótico ou células fetais
penetram na circulação sanguínea materna pelo leito pla-
centário, desencadeando reação alérgica pela embolização
de líquido amniótico. Clinicamente: mal-estar, calafrios,
angústia, náuseas, dor torácica, tosse seca; evoluindo com
hipóxia e hipotensão acentuadas, falência cardíaca esquer-
da e edema agudo pulmonar, e ainda, Coagulação Intra-
vascular Disseminada (CIVD). O diagnóstico é confirmado
apenas na autópsia. Sem tratamento específico, deve-se
reconhecer precocemente da doença, iniciar manobras de
ressuscitação e efetivar o parto logo que possível. 2. CASO
CLÍNICO
:
Primigesta, 23 anos, idade gestacional de 38 se-
manas e 05 dias, gestação sem intercorrências, tipo san-
guíneo A positivo, sem comorbidades. Realização de parto
cesariano eletivo, sem intercorrências. Iniciou quadro súbito
de dispneia, sonolência e cianose de extremidades. Ao exa-
me: Pressão Arterial(PA):100x60mmHg, Pulso(P):98 bpm,
Frequência Respiratória(FR):28 irpm, Saturação de Oxigê-
nio:73%, com melhora após administração de SF0,9% 1000
mL e Oxigênio a 05L/min. Nova piora, com rebaixamento
do nível de consciência, queda da saturação de oxigênio e
apnéia, encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
onde apresentava-se com Glasgow 6, descorada ++/4+ e
cianose de extremidades. Realizada Intubação Orotraqueal
(VM-PCV), com 03 episódios de convulsão. Exames: Raio–X
de tórax(reforço da trama vasobrônquico centralmente, ve-
lamento com densidade de partes moles em pulmão direi-
to e base esquerda;cardiomegalia), Ecodopplercardiograma
transtorácico (disfunção sistólica do ventrículo esquerdo).
Apresentou melhora cínica, e extubada. 3. RELEVÂNCIA: In-
cidência 1:8 000 a 1: 80 000, principalmente em cesarianas.
Não apresenta tratamento/ critérios diagnósticos clínicos
específicos. 4. COMENTÁRIOS: E.L.A. é uma emergência ma-
terna fatal, com quadro clínico súbito e progressão rápida,
sequelas neurológicas para as sobreviventes. Diagnóstico
clínico impreciso, confirmatório à autópsia. Sem tratamento
específico, apenas manobras de suporte clínico.
Instituição:
Universidade Camilo Castelo Branco – Fer-
nandópolis – SP
ACOMPANHAMENTO LONGITUDINAL DA
FUNÇÃO ENDOTELIAL EM GESTANTES
HIPERTENSAS E NORMOTENSAS
Autores:
Paula, J.C.R.; Shikanai, S.; Cchianca, L.M.; Bran-
dão, A.H.F.; Cabral, A.C.V.; Leite, H.V.
Sigla:
O138
Introdução: A hipertensão arterial crônica (HAC) é uma
condiçào que afet negativamente o prognóstico gesta-
cional, particularmente por comprometer a circulação
útero placentária, por aumento da incidência de even-
tos cardiovasculares e outras complicações gestacionais,
particularmente a Pré-eclâmpsia (PE). Atribui-se à disfun-
ção endotelial prévio a gestação, o aumento das compli-
cações citadas durante a gravidez. Objetivos: Comparar
a função endotelial em gestantes portadoras de HAC e
normotensas em dois momentos distintos do segundo
trimestre gestacional. Pacientes e Métodos: Um total de
15 gestantes hipertensas e 20 gestantes normotensas
foram tiveram sua função endotelial avaliada através do
teste de dilatação fluxo-mediada (FMD) da artéria bra-
quial, primeiramente entre 16 e 20 semanas de gestação
e posteriormente, entre 24 e 28 semanas. Resultados:
Quando comparadas à pacientes normotensas, o grupo
de gestantes portadoras de HAC apresentou resulta-
dos inferiores de FMD entre 16 e 20 semanas (3,65% X
5,43%, p=0,022) e entre 24 e 28 semanas (4,12% X 6,95%,
p=0,008).Conclusão: A disfunção endotelial pode ser
clinicamente detectada pelo teste de FMD no segundo
trimestre gestacional em gestantes portadoras de HAC,
o que pode explicar as maiores incidências de complica-
ções cardiovasculares nessas pacientes.
Instituição:
Hospital das Clínicas da Universidade Fede-
ral de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
DESCOLAMENTO DE RETINA EM PACIENTE
COM PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE – RELATO DE
CASO
Autores:
Ohana, G.J.; Peraçoli, J.C.; Borges, V.T.M.; Cam-
pos, A.P.
Sigla:
O139
INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia (PE) é uma síndrome ca-
racterizada por intensa resposta inflamatória, lesão en-
dotelial e resistência vascular generalizada sendo que os
órgãos são expostos aos efeitos da doença como rim, cé-
rebro, fígado, coração e olhos. DESCRIÇÃO DO CASO: Pri-
migesta, 24 anos, com antecedente de insuficiência renal,
procurou a Oftalmologia devido a baixa acuidade visual
súbita e diminuição do campo visual superior, há 5 dias. Ao
exame oftalmológico apresentava pressão intraocular de
140/120mmHg e pela fundoscopia diagnosticou descola-
mento de retina bilateralmente. Encaminhada a Materni-
dade com exame: pressão arterial (PA) de 180x120mmHg,
edema 2+/4+ em membros inferiores, altura uterina de
25cm e BCF de 125bpm. Foi internada e administrado
hidralazina e sulfato de magnésio (esquema de Zuspan).
Exames laboratoriais alterados: creatinina: 1,4 mg%, uréia:
45mg%, DHL: 1.016UI e proteinúria de 24 horas: 6.700g. O
ultrassom constatou idade gestacional de 28 semanas e 3
1...,133,134,135,136,137,138,139,140,141,142 144,145,146,147,148,149,150,151,152,153,...209