ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 142

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
e 7,7% (4/52) teve remissão clinica e laboratorial após
o parto, mas evoluiu com glomerulonefrite em longo
prazo. Cerca de 7,7% (4/52) tiveram abortamento tardio,
30,8% (16/52) parto prematuro, 7,7% (4/52) óbito fetal e
3,8% (2/52) óbito neonatal. Foi realizada biópsia renal em
71,1% (37/52), transplante renal em 5,8% (3/52) e hemo-
diálise em 7,7% (4/52). Dentre as doenças renais, glome-
rulonefrite segmentar e focal 13,5% (7/52), lesão mínima
5,6% (3/52), glomerulonefrite membranoproliferativa
13,5% (7/52), nefropatia por IgA 5,6% (3/52), nefrite lúpi-
ca 13,5% (7/52), síndrome de Alport 1,9% (1/52), tumor
de Wilms 1,9% (1/52) e nefropatias a esclarecer 44,2%
(23/52). Abandono ambulatorial foi de 43,4% (21/52),
alta 3,8% (2/52) e 55,8% (29/52) mantém seguimento.
Apenas 12,9% (4/31) das pacientes acompanhadas tive-
ram piora da função renal. Quanto aos exames laborato-
riais, a creatinina sérica inicial variou de 0,43 a 5,77mg/
dl ± 1,31 (média 1,72) e a final 0,04 a 10,8mg/dl ± 2,15
(2,05), proteinúria inicial 0,0 a 18,6g/24h ± 3,74 (3,15) e
a final 0,0 a 13,8g/24h ± 2,63 (1,62). Conclusão: mulhe-
res que tiveram a gestação complicada com síndromes
hipertensivas, principalmente pré-eclâmpsia, não só es-
tão sujeitas a um pior prognóstico maternofetal como
também a desenvolver glomerulopatias em longo prazo,
o seu acompanhamento permite o diagnóstico precoce
prevenindo a depleção da função renal.
Instituição:
Departamento de Obstetrícia da Universida-
de Federal de São Paulo – UNIFESP – SP
SÍNDROME NEFRÓTICA NA GESTAÇÃO –
RELATO DE CASO
Autores:
Machado, M.P.C.; Castro, K.C.; Freire, R.A.F.;
Trierweiler, M.T.; Kosorus, K.K.; Guntzel, P.A.G.
Sigla:
O135
A Síndrome Nefrótica na gestação é importante por ser
a expressão de diversas glomerulopatias primárias ou
também secundárias a doenças sistêmicas como Diabe-
tes Mellitus ou a própria doença hipertensiva específica
da gestação, caracterizada por edema, hipoalbumine-
mia e proteinúria acima de 3g dia.
I.H.F.18 anos, primi-
gesta, com idade gestacional de 31 semanas, admitida
no HEVA em 25/04/2014, encaminhada da UBS devido
a pico hipertensivo verificado em consulta de rotina de
pré-natal.
Comorbidades: DHEG em uso de metildopa
750 mg/dia. Na admissão, assintomática, pressão ar-
terial- 140x100 mmhg, altura uterina- 32 cm, dinâmica
uterina – ausente, BCF – 140 bpm. Abdome com pele
brilhante, piparote positivo, membros inferiores com
edema +/4+.
Rotina dheg, evidenciando DHL 1055U/L,
Hb 16g/dL Ht 49,0% Plaq 231Mil/mm3 TGO 38U/L TGP
27U/L, Urina I com cilindros granulosos ++/mL, usg
obstétrico dentro da normalidade, porém mostrando
ascite materna, usg abdominal materno confirmando
ascite e derrame pleural bilateral. Proteínas totais com
albumina 2,6, proteinúria de 24 horas 5.7g, fechando
o diagnóstico.
Paciente, no segundo dia de internação,
evoluiu com picos hipertensivos com necessidade de
aumento da dosagem de metildopa e introdução de
pindolol, porém sem controle pressórico adequado. De-
vido a proteinúria maciça e descompensao pressórica
materna, optou- se por resolução obstétrica, com in-
dução com misoprostol em 26/04/2014 evoluindo para
parto normal sem intercorrências. Atualmente, paciente
segue aos cuidados da nefrologia.
Instituição:
Hospital Estadual Vila Alpina – SP
COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS
PERINATAIS DE GESTANTES COM CORREÇÃO
E NÃO CORREÇÃO DO DEFEITO DO SEPTO
ATRIAL OU DO SEPTO VENTRICULAR
Autores:
Miraldi, P.; Flosi, L.; Silva, F.B.; Elmec, A.R.; Ma-
chado, A.; Pimenta, E.J.
Sigla:
O136
Objetivo: Comparar as complicações obstétricas e cardí-
acas durante a gestação em mulheres com correção ou
defeito do septo atrial (DSA) ou defeito do septo ventri-
cular (DSV). Métodos: Foi feita uma pesquisa no banco
de dados médicos de 1988 a 2009. 103 gestações em
101 mulheres foram encontradas, 51 com defeito paten-
te e 50 com defeito corrigido. Foram criados dois gru-
pos: não corrigido (A): 25 DSA e 26 DSV, corrigido (B):
38 DSA e DSV, e uma com ambas correções. Resultados:
A média etária foi de 25,3 anos no grupo A e 24,7 no
grupo B, com predomínio da raça branca. Nascido pre
termo foi 5,6% no grupo A e 4% no grupo B. No grupo
A, 4 crianças foram consideradas pequenas para a idade
gestacional com peso médio de 3126,2 g, no grupo B o
peso médio foi de 3216 g, sem significância estatística
(p=0,05). Não houve correlação entre a classe funcional,
prematuridade e peso ao nascer.Complicações cardíacas
foram: piora da classe funcional em 4 pacientes no gru-
po A, um natimorto, uma morte pós parto por embolis-
mo pulmonar no grupo B. Complicações obstétricas: um
caso de pré eclampsia no grupo A, uma hemorragia pós
parto, uma inversão uterina e um natimorto no grupo
B. Conclusão: mulheres com DSA e DSV possuem maior
risco de eventos adversos perinatal como pré eclampsia,
peso pequeno ao nascer e óbito fetal. Os riscos foram
comparados entre os grupos e entre a população geral.
No estudo em questão, não houve diferença estatistica-
mente significativa entre os grupos quando comparados
por complicações cardíacas ou obstétricas.
Instituição:
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP
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