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OBSTETRÍCIA
ANAIS
to pouco é conhecido sobre a relação entre a magnitude
da proteinúria e o risco de desenvolvimento de eventos
tromboembólicos na pré-eclâmpsia. É nosso objetivo
neste estudo realizar uma avaliação preliminar dos níveis
séricos de ATIII, nas pacientes internadas por DHEG grave
e a relação dessa curva com a magnitude da proteinúria.
Métodos: Foram avaliados semanalmente os níveis séri-
cos de antitrombina III pareados a proteinúria de 24h em
39 pacientes com suspeita de DHEG grave internadas na
Enfermaria da Clínica Obstétrica do HC – FMUSP entre
setembro/2013 e janeiro/2014. Resultados Os níveis de
ATIII e proteinúria foram avaliados individualmente ao
longo do tempo para cada paciente. Houve uma ten-
dência a queda dos níveis de antitrombina nas pacientes
com proteinúria significativa (>1,5 g/24h) e internação
prolongada. Já nas pacientes com diagnóstico de DHEG
grave, mas com proteinúria não significativa, não houve
alteração dos níveis de antitrombina. Houve uma ten-
dência a relação inversamente proporcional entre o nível
da proteinúria e ao nível sérico de antitrombina quando
pareados, porém sem número suficiente de casos para
demonstrar diferença estatisticamente significativa. Con-
clusão: Houve uma tendência a queda dos níveis de anti-
trombina nos casos com proteinúria superior a 1,5g/24h
durante internações prolongadas, porém não nos casos
sem proteinúria significativa. Diferentemente do descrito
na literatura, não foi encontrado um decréscimo signifi-
cativo dos níveis de antitrombina nos casos de DHEG per
se, mas uma tendência a níveis próximos do limite infe-
rior. É necessário um número maior de casos para confir-
mar se as tendências reveladas neste estudo preliminar
se confirmam de forma estatisticamente significativa.
Instituição:
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-
cina da USP – SP
TROMBOFILIAS EM GESTANTES:
RESULTADOS PERINATAIS
Autores:
Zimmermmann, J.B.; Duarte, A.M.B.R.; Cangus-
su Silva, A.; Abreu, J.G.T.; Rodrigues, J.C.; Assis, J.M.
Sigla:
O121
1- INTRODUÇÃO: As trombofilias são caracterizadas por
promoverem alterações na coagulação sanguínea que
resultam em um maior risco de trombose. Em gestantes,
podem determinar anormalidades na circulação útero-
-placentária e, consequentemente, abortos, óbito fetal,
RCIU, pré-eclampsia e DPP. O tratamento de escolha é
a heparina, associada ou não a outras intervenções.
2-
PACIENTES E MÉTODOS: Objetivando-se avaliar a fre-
quência de complicações em gestantes portadoras de
trombofilias avaliou-se 57 gestantes com diagnóstico
de trombofilia atendidas no período de 2008 até mar-
ço de 2014 e que fizeram uso de heparina, associada ou
não ao ácido acetil salicílico – AAS- (100mg) ou ácido
fólico, conforme protocolo do serviço. 3- RESULTADOS:
As trombofilias mais frequentes foram a mutação para o
fator V de Leiden, a hiperhomocisteinemia e déficit de
proteína S, que representaram 59% do total de trom-
bofilias diagnosticadas. Identificou-se 5,2% de aborto
no primeiro trimestre, 4,7% de pré-eclâmpsia e 4,7% de
CIUR. A cesariana foi a via de parto escolhida em 92%
dos casos. Não houve caso de óbito materno e de óbito
fetal intra-útero. 4- CONCLUSÕES: As trombofilias asso-
ciam-se a perdas fetais, mesmo quando o tratamento é
realizado. Ao contrário da literatura, no presente estudo,
não se identificou caso de óbito fetal intra-útero, o que
demonstra que o tratamento é capaz de reduzir a mor-
talidade fetal.
Instituição:
Faculdade de Medicina da Universidade Fe-
deral de Juiz de Fora – Juiz de Fora – MG
IMUNOGLOBULINA ENDOVENOSA
EM GESTANTE COM SÍNDROME
ANTIFOSFOLÍPIDE: RELATO DE CASO
Autores:
Souza, E.C.A.; Barreto, C.T.R.; Passini Jr., R.; No-
mura, M.L.; Couto, E.
Sigla:
O122
Introdução: A síndrome antifosfolípide (SAF) é uma trom-
bofilia adquirida que cursa com alta incidência de com-
plicações gestacionais, cujo tratamento é controverso.
No caso descrito, foi utilizada imunoglobulina humana.
Descrição do caso: Paciente de 35 anos, G2A1, foi enca-
minhada com 7 semanas de gestação para o Centro de
Atenção Integral a Saúde da Mulher (CAISM – UNICAMP)
por antecedente de hipotireoidismo e dois episódios de
trombose venosa profunda, em uso de enoxaparina 80
mg/dia e levotiroxina sódica 50 mcg/dia. A pesquisa de
trombofilia mostrou anticoagulante lúpico positivo e a
mutação C677T heterozigota no gene da enzima metile-
no tetrahidrofolato redutase. Foi introduzido ácido ace-
tilsalicílico 100 mg por dia e o ultrassom de 18 semanas
mostrou RCIU, oligoâmnio acentuado, diástole zero e
placenta jelly like. Com 21 semanas, começou a receber
imunoglobulina humana endovenosa 25g a cada 28 dias
e, com 28 semanas, o ultrassom mostrou normalização do
fluxo placentário e umbilical, líquido amniótico normal e
peso fetal estimado (PFE) no percentil 0,1 (596g). Com 33
semanas, foi internada para vigilância fetal e o ultrassom
mostrou PFE 1083g (percentil 0,1), ILA 112mm e doppler-
fluxometria normal. Evoluiu com amniorrexe prematura e
contrações, e foi submetida a cesariana por apresentação
pélvica. O recém-nascido de sexo feminino pesou 1195g e
recebeu Apgar 6 e 8, com Capurro de 34 semanas e 4 dias.
O exame anatomopatológico da placenta evidenciou de-
pósitos de fibrina e infarto em 5% da placenta. A pacien-
