ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 131

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
missão vertical. Resultados: em 1996 foram notificados
24 casos de AIDS em menores de 13 anos em Curitiba,
com apenas um caso em criança acima de 5 anos. Em
1999, foi lançado o Programa Mãe Curitibana, com a im-
plementação do teste para o HIV em todas as gestantes
acompanhadas pelo SUS, de forma descentralizada. Nes-
te ano, o número de casos notificados foi 36, com um
caso em criança acima de 8 anos. A partir de 1999, ob-
servou-se uma curva decrescente, de forma consistente,
não havendo casos notificados em 2013. Em 2012 foram
5 casos. Portanto, desde o início do Programa Mãe Curi-
tibana, até 2012, havia ocorrido uma redução de 86% nos
casos de possível transmissão vertical, atingindo 100%
em 2013. Verificou-se que, além do rastreamento des-
centralizado nas unidades básicas de saúde, o programa
conta com o apoio dos prestadores de referência. Nes-
tes, é feito o acompanhamento da gestante HIV positiva
com apoio de infectologista, e a profilaxia peri-parto de
acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, tanto
pelo uso de medicação como pela escolha da via de par-
to adequada. Além disso, é realizado o teste HIV rápido
para todas as gestantes que são internadas, tanto em ca-
sos de parto como de abortamento ou gestações ectópi-
cas, permitindo o rastreamento até mesmo de mulheres
que nem iniciaram o pré-natal. Conclusões: a partir dos
dados compilados, conclui-se que o Programa Mãe Curi-
tibana foi eficaz na prevenção da transmissão vertical do
HIV, visto que, em 2013, não foi notificado nenhum caso
de AIDS em menor de 13 anos, sendo que, até 2012, a
redução já vinha sendo constante, desde o início do pro-
grama, em 1999.
Instituição:
Secretaria Municipal de Saúde – Prefeitura
Municipal de Curitiba – Curitiba – PR
CORIOCARCINOMA PÓS-PARTO VAGINAL
EM REGIÃO DA AMAZÔNIA LEGAL: RELATO
DE CASO
Autores:
Silva, R.C.A.F.; Brito, B.M.; Barros, P.E.; Melocra,
A.P.B.; Silveira, S.S.; Vieira, G.D.
Sigla:
O110
INTRODUÇÃO: A Neoplasia Trofoblástica Gestacional
(NTG), inclui a mola invasora, coriocarcinoma gestacio-
nal, tumor trofoblástico do sítio placentário e o tumor
epitelióide. O coriocarcinoma é uma forma extremamen-
te agressiva e caracteriza-se por invadir profundamente o
endométrio e os vasos sanguíneos causando hemorragia
e necrose. DESCRIÇÃO: Paciente 35 anos, sem antece-
dentes mórbidos, secundigesta, no 60º dia de pós-parto
vaginal, apresentando sangramento vaginal persistente,
evoluindo com anemia intensa. Foi encaminhada para
um centro obstétrico de referência, sendo necessário
tratamento com curetagem uterina e administração de 4
bolsas de concentrados de hemácias. O conteúdo endo-
metrial foi encaminhado para estudo anatomopatlógico.
A ultrassonografia transvaginal pós-curetagem, eviden-
ciou: útero 172 cm³ de volume, endométrio regular de 3
mm e presença de cistos tecaluteínicos volumosos com
ovário direito medindo 105x75 mm e ovário esquerdo
104x85 mm. O β-HCG quantitativo na admissão foi de
>10.000 mUI/mL e após 31 dias do procedimento foi de
1.000.000 mUI/mL, sugestivo de neoplasia trofoblástica
gestacional. Para estadiamento, foi solicitado tomografia
computadorizada de tórax, que evidenciou nódulos pul-
monares compatíveis com implantes secundários, consi-
derando a patologia de base e micronódulos tipo árvore-
-em-brotamento, difusos e bilaterais, correspondendo a
doença de pequenas vias aéreas periféricas. Foi realizado
tomografia computadorizada de crânio, que veio normal.
A paciente foi classificada no estágio 3, de alto risco, sen-
do indicado poliquimioterapia pelo centro de referência,
com esquema etoposide 100 mg/m² e cisplatina 20 mg/
m². A paciente segue em acompanhamento. RELEVÂN-
CIA: A NTG ainda é uma patologia pouco conhecida no
meio médico, o que dificulta o diagnóstico precoce e o
tratamento correto, evidenciando a importância de um
centro de referência multiprofissional. COMENTÁRIOS:
A doença trofoblástica gestacional ainda é uma doen-
ça subnotificada, embora ainda seja causa de morte de
muitas mulheres por falta de diagnóstico precoce desta
afecção.
Instituição:
Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – Porto
Velho – RO
CORIOCARCINOMA PÓS-PARTO DE TERMO
COM METÁSTASE PULMONAR
Autores:
Lin, H.; Fushida, K.; Hase, E.A.; Francisco, R.P.V.;
Zugaib, M.
Sigla:
O111
Introdução: Coriocarcinomas são neoplasias malignas
do tecido trofoblástico com grande potencial invasivo.
Normalmente, são precedidas de gestação molar, no en-
tanto, uma pequena parcela dos casos, a gravidez que a
precedeu foi uma gestação de termo. Descrição do caso:
RPS, 30 anos, 3G2P1A, procura pronto-socorro no 30º
dia pós-parto fórcipe (nativivo 38 semanas) por conta de
sangramento genital desde o parto e dor torácica venti-
latório-dependente. Há quinze dias havia sido atendida,
por quadro de febre, dor torácica e dispneia, com radio-
grafia de tórax com imagem radiopaca em base direi-
ta, recebendo antibioticoterapia para pneumonia. Após
avaliação clínica, foram solicitados exames complemen-
tares. Ultrassonografia transvaginal evidenciava imagem
intrauterina de 7,5x4,5x7,0cm, ecogênica e heterogênea,
estendendo-se até serosa uterina e áreas de intensa
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