ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 138

297
OBSTETRÍCIA
ANAIS
e do ventrículo direito (VD). A posição anômala da válvula
em uma posição mais baixa, leva à atrialização da entrada
do VD. A morfologia da VT, o tamanho do VD e a asso-
ciação de outros defeitos associados, culminam com uma
variedades de apresentações clínicas. A adaptação hemo-
dinâmica durante a gestação pode causar complicações
graves. Objetivo: avaliar o curso da gestação em pacien-
tes com Doença de Ebstein. Métodos: Foram analisados
seis casos de gestante com Ebstein acompanhadas em
nosso serviço. Resultados: Foram analisados 8 gestações
em 6 mulheres com a anomalia, a média de idade foi de
21,7 anos, 57,14% em classe funcional (CF) I, 28,57% em
CF II. Uma paciente com CF III, defeito atrial associado
com fluxo bidirecional e discreta cianose de extremida-
des desde o início da gestação; foi indicado término da
gestação com 12 semanas por piora importante da classe
funcional para CF IV com 11 semanas e deterioração da
saúde materna. Todas as pacientes tinham bloqueio de
ramo direito no eletrocardiograma, 3 com insuficiência
tricúspide importante e uma com insuficiência moderada.
Duas possuíam defeito do septo atrial. Apenas um recém
nascido apresentou baixo peso ao nascer 2080 g. Uma
gestante apresentou parto prematuro com 28 semanas
com peso adequado para a idade gestacional de 1170 g.
Todos apresentaram boas condições ao nascimento, com
Apgar maior que 7 e média de peso de 2700 g. Conclu-
são: Muitos autores discutem o impacto dessa patologia
na gestação, a necessidade de aborto terapêutico e as
condições necessárias para uma gestação poder alcan-
çar o termo, porém em nossa série de caos, as gestações
evoluíram sem grandes complicações e as pacientes se
mantiveram oligossintomáticas.
Instituição:
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP
DISTROFIA SIMPÁTICO REFLEXA – MANEJO
NA GESTAÇÃO E PERINATAL – RELATO DE
CASO
Autores:
Campanharo, F.F.; Neto, J.E.F.N.; Detogni, R.E.D.;
Junior, N.A.L.J.; Conceição, F.G.C.; Sun, S.Y.S.
Sigla:
O126
Introdução – A Distrofia simpático reflexa (DSR) e Sin-
drome complexa, que combina sintomas dolorosos cm
distúrbios tróficos. Embora ainda nao completamente
compreendida, a gestação parece exercer importância
significativa na fisiopatologia. Relato de Caso – Paciente
37anos, diagnostico de DSR há 20 anos, acometimento
inicial de punho e membro superior direito e diversos tra-
tamentos prévios para alivio da dor (simpatectomia cer-
vical, múltiplas medicações...) em uso atual de dispositivo
implantado em HCD para infusão intratecal de Morfina
há 10 anos. Irregularidade menstrual há 3 anos, devido
a hiperprolactinemia (em tto com bromoergocriptina)
Estava em amenorréia há 3 meses, quando iniciou qua-
dro de nauseas e vômitos – Diagnosticada gestação de
15 semanas. Nesse momento usava ainda como terapia
complementar para DSR a pregabalina. Comorbidades:
Obesidade, enxaqueca em profilaxia com topiramato e
angina vasoespastica em uso de diltiazem. Optado pela
suspensao da pregabalina e do topiramato. A despeito
da pouca literatura, foi mantido dispositivo infusão, visto
a idade gestacional e aos baixos níveis sistêmicos circu-
lantes da medicação em questão. Diltiazem também foi
mantido. Durante pré Natal identificado hipotiroidismo,
sendo instituido o tratamento. A dose de morfina utiliza-
da durante a gravidez: 1Trimestre 2,3mg/d – 2 Trimestre
2,5mg/d – 3 Trimestre 2,7mg/d. Com 39 semanas, reali-
zado PCST a pedido da paciente. Raquianestesia a Nível
de L4-L5 (Rx demonstra Cateter Horizontal a nível corpo
Vertebral de L3, em trajeto ascendente). Procedimen-
to cirúrgico sem intercorrencias. RN feminino, pesando
2830g Apgar 9/10, encaminhado a UTI neonatal para vi-
gilância (potencial “abstinência” a opioides) nao tendo
apresentado nenhum sinal clinico adverso. Alta hospita-
lar no D3. Discussão – O quadril e o local de envolvi-
mento preferencial dessa Síndrome – qdo desenvolvida
durante a gestação. Sensação de dor intensa associada
a alterações autonômicas no local acometido, (sudore-
se, rubor ou edema) são as manifestações mais comuns.
Diagnóstico diferencial difícil, sendo necessário alto grau
de suspeicao. Acompanhamento multidisciplinar funda-
mental para o sucesso terapêutico.
Instituição:
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina – SP
AVALIAÇÃO DAS PACIENTES COM
SÍNDROME HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO
NO HOSPITAL GERAL DE CARAPICUÍBA NO
PERÍODO DE JANEIRO DE 2012 A JANEIRO
DE 2013
Autores:
Modenez, S.S.; Diogo, A.B.; Pastorelli, G.A.B.;
Nantes, M.S.
Sigla:
O127
OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico das pacientes
com SHG no HGC, identificando os fatores de risco presen-
tes e caracterizando os resultados perinatais relacionados
aos recém-nascidos da população estudada. MÉTODOS:
Pesquisa documental retrospectiva com coleta de dados si-
gilosa através dos prontuários médicos do setor de Gineco-
logia e Obstetrícia do HGC após autorização do Comitê de
Pesquisa e do COEP no período de janeiro de 2012 a janeiro
de 2013. RESULTADOS: O intervalo de idade encontrado na
maioria das pacientes foi de 30 aos 39 anos, sendo a maioria
de etnia parda e sem hábitos e vícios; 6,89% eram nulíparas
e 51,73% apresentavam comorbidades associadas; 48,28%
realizaram o pré-natal e, destas pacientes, a maioria (78,5%)
1...,128,129,130,131,132,133,134,135,136,137 139,140,141,142,143,144,145,146,147,148,...209