ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 147

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
associada ao fenômeno de Raynaud e raramente evolui
para acometimento sistêmico) ou a forma cutânea difusa
(envolvimento difuso da pele e altos índices de compli-
cações sistêmicas). Acomete preferencialmente mulheres
entre 30-45 anos. Os períodos críticos são o terceiro tri-
mestre, parto e puerpério. Há predisposição às crises re-
nais, quadro de maior mortalidade relacionada à doença.
Infertilidade, abortamento, partos prematuros e restrição
do crescimento fetal são frequentes e os desfechos ma-
ternos variáveis. Relato de duas pacientes do pré-natal
especializado do CAISM. DV 25 anos, diagnóstico aos 16
anos, com fenômeno de Raynaud, sintomas esofagianos
e pulmonares. Atendida no ano de 2000, 11sem e an-
tecedente de 5 perdas gestacionais (um óbito fetal e 4
abortos). Foi internada 4 vezes por hipertensão arterial
(HA) de difícil controle, utilizou alfa-metildopa, verapamil
e nifedipina. Com 16sem e crise hipertensiva apresentou
outro aborto. Perfil de anticorpos: FAN 1/1280 pontilha-
do, anti músculo liso e SM e anti DNA positivos. Na revi-
são puerperal optou por inserção de DIU. Em 2002, com
28 anos retornou em sua sétima gestação, com 14sem e
HA de difícil controle e apresentou outro abortamento.
Perfil de anticorpos: FAN 1/1280 pontilhado, demais exa-
mes normais. AAS, 34 anos, diagnóstico aos 18 anos, ini-
ciado com fenômeno de Raynaud. Iniciou pré-natal em
2013 com 10sem, uso prévio de losartana que foi sus-
pensa e sintomas esofagianos. Apresentava microstomia,
ressecamento de pele e esclerodactilia. Antecedente de
parto normal há 14 anos, sem complicações. Na gesta-
ção fez uso de AAS, carbonato de cálcio e prednisona.
Gestação com boa evolução. Perfil de anticorpos: FAN
1/1280 pontilhado nuclear e nucleolar, ANTI SCL70 re-
agente, ENA SCREEN reagente. Indução do parto com
39sem, parto normal, RN com 3205g, APGAR 10/10 e alta
no segundo dia pós-parto.
Instituição:
Centro de Atenção Integral à Saúde da Mu-
lher (CAISM) – UNICAMP – Campinas – SP
NÍVEIS DE RESISTINA E POLIMORFISMOS
GENÉTICOS EM PACIENTES COM DIABETES
MELLITUS GESTACIONAL
Autores:
Mattar, R.; Siqueira, W.T.; Lobo, T.F.; Pendeloski,
K.P.T.; Torloni, M.R.; Daher, S.
Sigla:
O147
Objetivos: A incidência da obesidade, uma condição infla-
matória que predispõe ao diabetes mellitus gestacional
(DMG) é crescente no mundo. As adipocinas participam
do metabolismo da glicose, e por isso tem sido implica-
das na relação obesidade e DMG. Entre elas destaca-se
a resistina que parece atuar na modulação da sensibi-
lidade à insulina. O objetivo deste estudo foi avaliar os
níveis séricos de resistina e o polimorfismo genético da
resistina -420C/G em mulheres com sobrepeso/obesas e
correlacionar com o diagnóstico de DMG. Métodos: Este
estudo coorte prospectivo recrutou gestantes saudáveis
com sobrepeso (IMC pré-gestacional> 25 kg/m2). Todas
as participantes foram submetidas a um teste de tolerân-
cia oral à glicose 75g antes de 20 semanas de gestação,
aquelas com um ou mais valores alterados foram diag-
nosticadas com DMG de acordo com critérios IADPSG.
Foram avaliados os níveis séricos de resistina por ELISA e
o polimorfismo genético da resistina -420C/G por PCR-
-RFLP. Os dados foram analisados utilizando os testes t
de Student e teste qui-quadrado ou exato de Fisher, a
significância foi estabelecida em p<0,05. Resultados: Fo-
ram selecionadas 82 mulheres com sobrepeso: 54 tive-
ram uma gravidez saudável e 28 desenvolveram DMG.
Não foi detectada diferença significante quanto aos ní-
veis séricos de resistina entre as gestantes saudáveis e
com DMG (13222±4925 x 14250±5711 pg/ml, respec-
tivamente, p=0,37). A análise do polimorfismo genético
da resistina -420C/G não revelou diferenças significativas
nas frequências genotípicas (p=0,86) entre os grupos
caso e controle. Conclusões: Este estudo não identificou
associação entre níveis séricos e polimorfismo genético
-420C/G de resistina e o desenvolvimento de DMG em
gestantes com sobrepeso. Estes resultados precisam ser
confirmados incluindo um grupo maior de participantes
para que se chegue a conclusões definitivas. Suporte
Financeiro: FAPESP (10/52547-5 e 11/14620-5) e CNPq
(475500/2011-3).
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo – SP
ASPECTOS CLÍNICOS DE FETOS E RECÉM
NASCIDOS DE PACIENTES COM DIABETES
GESTACIONAL DIAGNOSTICADO
PELA GLICEMIA DE JEJUM MAS COM
TESTE DE SOBRECARGA NORMAL:
UMA COMPARAÇÃO COM PACIENTES
COM GLICEMIA DE JEJUM E TESTE DE
SOBRECARGA NORMAIS
Autores:
Zimmermmann, J.B.; Duarte, A.M.B.R.; Cangus-
su Silva, A.; Teixeira, T.; Salgado, L.R.; Miranda, M.C.
Sigla:
O148
1- Introdução: O diabetes gestacional (DMG) está asso-
ciado a aumento do risco de complicações para o binô-
mio materno-fetal e sua incidência é crescente. Entretan-
to, seu rastreio suscita dúvidas e existem protocolos com
metodologias diferentes, por isso, a avaliação fetal e do
recém nascido tornam-se importantes. 2- Objetivos: Ava-
liar os resultados perinatais de recém nascidos de mães
consideradas diabéticas pela glicemia de jejum, mas não
pelo TS75g de dextrosol (ADA 2011). 3- Pacientes e Mé-
1...,137,138,139,140,141,142,143,144,145,146 148,149,150,151,152,153,154,155,156,157,...209