ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 156

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
nível de escolaridade das gestantes que praticaram auto-
medicação mostrou predomínio de ensino médio com-
pleto, nível esse maior que o encontrado nas gestantes
de Natal e Campinas. A literatura mostra predomínio de
renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos, menor que o
observado neste trabalho. Conclusões: A prática da au-
tomedicação está presente no dia a dia das gestantes
adultas, casadas, com ensino médio completo e renda
familiar acima de 2,1 salários mínimos, independente do
cenário de atenção. Esses dados podem subsidiar pro-
postas de intervenções pelas equipes de saúde, visando
o uso racional de medicamentos pelas gestantes.
Instituição:
Faculdade de Medicina de Marília – Marília
– SP
EVOLUÇÃO PRESSÓRICA PÓS-EXERCÍCIO
FÍSICO DURANTE A GRAVIDEZ
Autores:
Modesti, R.T.; Amorim, M.M.R.; Melo, A.S.O.;
Tavares, J.S.; Maciel, B.D.; França Neto, A.H.
Sigla:
O167
Objetivo: avaliar a curva de pressão arterial sistólica (PAS)
e diastólica (PAD) antes, durante, imediatamente após e
24 horas pós-exercício físico. Métodos: ensaio clínico
aberto com gestantes sedentárias de baixo risco reali-
zando sessão única de exercício físico aeróbico de inten-
sidade moderada por 20 minutos. Avaliadas 44 mulheres
de 37 a 39 semanas de gestação. A PAS e PAD foram
avaliadas no repouso, exercício e 20 minutos de recu-
peração, por método auscultatório e 24h pós-exercício,
por monitorização ambulatorial da pressão arterial. Feita
análise de medidas repetidas comparando a evolução da
PAS e PAD nos mesmos períodos. Feito teste de correção
de Bonferroni para identificar o momento em que houve
a diferença estatística significante quando comparados
os três períodos (repouso, exercício e recuperação). Re-
sultados: a idade materna média foi de 25 anos (variação:
14 a 38 anos), a média de anos de estudos foi de nove e o
peso materno médio foi de 72kg (variação: 53 a 95kg). A
média da PAS aumentou de 114 mmHg no repouso para
117 mmHg após 20 minutos de exercício, alcançando
112 mmHg após 10 minutos de recuperação (p=0,0001,
p de esfericidade <0,001). A correção de Bonferroni mos-
trou que a diferença estatística deveu-se à comparação
entre os períodos de exercício e recuperação. Quando
comparado o período 24h pós-exercício observou-se
uma tendência de queda da média da PAS alcançando
os menores níveis após 14 horas (104mmHg), varian-
do de 101 a 110 mmHg (p=0,0004). A PAS retornou a
níveis pré-exercício após 19 horas. A PAD não mostrou
diferença estatística quando comparados os períodos
pré, durante e pós-exercício físico imediato (74 vs 73 vs
73mmHg, p=0,41). Quando comparado o período 24 ho-
ras pós-exercício observou-se uma tendência de queda
da média da PAD alcançando os menores níveis após 15
horas (59mmHg), variando de 56 a 62 mmHg (p=0,0007),
permanecendo em níveis inferiores à observada antes do
exercício após 24h de monitoramento (p=0,002). Con-
clusões: observou-se discreta elevação da PAS durante o
exercício, sem alcançar valores clinicamente significantes.
Importante queda da PAS e PAD foi observada quando
monitorada por um período de 24h pós-exercício.
Instituição:
IPESQ – Campina Grande – PB
PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO EM
MULHERES NO CICLO GRAVÍDICO NOS
DIFERENTES CENÁRIOS DE ATENÇÃO
PRIMÁRIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
(SUS)
Autores:
Kai, R.Y.; Sugai, C.T.; Coelho, M.C.R.; Souza, J.J.;
Oliveira, B.M.M.; Lazarini, C.A.
Sigla:
O168
Objetivos: Considerando que a automedicação é uma
prática realizada por diferentes pessoas, incluindo mu-
lheres no ciclo gravídico, o presente trabalho objetivou
comparar a prática de automedicação por gestantes e as
orientações recebidas nos diferentes cenários de atendi-
mento: Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de
Saúde da Família (USF) no município de Marília-SP, no
ano de 2013. Metodologia: Estudo descritivo transversal
quantitativo. Utilizou-se uma amostra de 94 gestantes,
usuárias do SUS, que declararam realizar automedica-
ção durante a gestação. Foi utilizado formulário semi-
-estruturado composto por questões auto-dirigidas. Os
dados foram comparados utilizando o teste do χ2, com
p≤0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade de Medicina de Marília, sob nº
259.177. Resultados: Das gestantes que se automedica-
ram em UBS (n=39), 15,3% justificaram essa prática devi-
do à “Dificuldade em marcar consulta médica”, já em USF
(n=55), esse índice foi de 40%, o que mostra associação
estatisticamente significativa entre esse motivo e os ce-
nários de atendimento (p=0,02), sugerindo maior dificul-
dade em marcar consulta médica na USF. Isso se deve
possivelmente ao fato de, no município, existir uma alta
rotatividade do profissional médico nas USF, bem como,
ausência de substitutos durante seus períodos de férias.
Em relação a terem recebido orientação quanto ao uso
de medicamentos durante a gravidez, 31% das gestantes
provenientes de UBS afirmaram ter sido orientadas; en-
quanto na USF, 56,3% relataram ter recebido essa orien-
tação. A análise estatística mostrou haver diferença signi-
ficativa (p = 0,02) sugerindo que a orientação quanto ao
risco do uso de medicamentos em USF é maior que em
UBS, possivelmente devido às diferenças de organização
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