ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 160

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
continuaram o uso durante a gestação, sendo 66,7% de
tabaco e 33.3% de álcool, justificando este uso por meio
de expressões como “vício” e “sensação de felicidade”.
Do total de gestantes, 55% afirmaram ter recebido in-
formações acerca do uso de drogas na gestação, sendo
que 32,43% as adquiriram no pré-natal apesar de 100%
das gestantes o terem realizado. Sobre os malefícios do
uso das drogas durante a gestação, 75% demonstraram
algum tipo de conhecimento, como “problemas de saú-
de ao bebê”, “malformações” e “aborto”. A maioria das
entrevistadas (60%) acredita ser fundamental melhores
orientações a respeito do assunto durante o pré-natal,
além de campanhas informativas durante a formação es-
colar e através da mídia. Conclusão: Apesar de todas as
adolescentes entrevistadas terem realizado o pré-natal
adequadamente, as informações recebidas no Serviço
se mostraram insuficientes, reforçando a necessidade de
criação de estratégias para ampliar o conhecimento acer-
ca dos malefícios do uso de drogas durante a gestação.
Instituição:
Faculdade de Medicina de Marilia – FAME-
MA – Marília – SP
FATORES ASSOCIADOS À ANEMIA EM
GESTANTES ADOLESCENTES ATENDIDAS
NO SERVIÇO DE OBSTETRÍCIA DO CAISM/
UNICAMP
Autores:
Pastore, D.E.A.; Surita, F.G.; Silva, J.L.C.P.
Sigla:
O176
OBJETIVOS: Estimar a prevalência de anemia entre ges-
tantes do Pré-natal de Adolescentes do Centro de Aten-
ção Integral à Saúde da Mulher (CAISM/UNICAMP), os
fatores associados a esta condição e complicações ma-
ternas e perinatais. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de
corte transversal, com dados dos partos de janeiro de
2008 a março de 2013, obtidos da Ficha Obstétrica Infor-
matizada e do sistema de informações laboratoriais do
Hospital das Clínicas. Foram selecionados os partos de
adolescentes que realizaram pré-natal no serviço e, pos-
teriormente, os casos foram divididos conforme o diag-
nóstico ou não de anemia durante o pré-natal. Calculou-
-se o risco relativo e o intervalo de confiança de 95%
para as variáveis independentes; para a comparação dos
resultados perinatais foram utilizados o qui-quadrado e
o teste exato de Fisher. Assumiu-se nível de significância
de 5%. RESULTADOS: No período do estudo ocorreram
cerca de 12500 partos, dos quais 500 corresponderam às
adolescentes que realizaram o pré-natal no serviço (su-
jeitos do estudo). A anemia materna ocorreu em 42,6%
das gestantes adolescentes. Nesse grupo, o risco foi
maior para as gestações gemelares, que apresentaram
infecção (pielonefrite, pneumonia, sepse), doença pelo
HIV e pré-eclâmpsia. A anemia se associou aos seguin-
tes desfechos: amniorrexe prematura, dopplerfluxome-
tria fetal alterada e restrição do crescimento fetal (RCF).
Não houve aumento do risco relacionado à idade menor
que 15 anos, paridade, antecedentes de aborto, etilismo,
doença sexualmente transmissível ou patologia materna
(hipertensão, diabetes, hipotireoidismo). Também não se
associaram à presença da anemia: trabalho de parto pre-
maturo, prematuridade, oligoâmnio, pós-datismo, via de
parto, parto induzido, Apgar menor que 7, baixo peso
ao nascimento e óbito fetal. CONCLUSÕES: A prevalência
de anemia é muito alta entre as gestantes adolescentes.
Infecções maternas e gemelaridade aumentaram o risco
dessa condição. A anemia entre gestantes adolescentes
se associou a ocorrência de amniorrexe prematura, dop-
plerfluxometria fetal alterada e RCF. O obstetra deve es-
tar atento a todas estas associações para seu diagnóstico
precoce e tratamento efetivo.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas – UNI-
CAMP – Campinas – SP
GESTAÇÃO EM IDADE AVANÇADA: ANÁLISE
DAS COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS E VIA
DE PARTO EM UMA MATERNIDADE DE
REFERÊNCIA EM SÃO PAULO
Autores:
Trierweiller, M.; Catão, M.; Freire, R.
Sigla:
O177
Nas últimas décadas uma proporção maior de mulhexres
tem prorrogado a primeira gestação devido questões so-
ciais, educacionais ou econômicas. No entanto, na gesta-
ção em idade materna tardia é consenso de que há um
risco aumentado de alterações tais como prematuridade,
baixo peso ao nascer, cromossomopatias, complicações
no trabalho de parto, maior incidência de cesárea, pato-
logias maternas como diabetes gestacional e hipertensão
arterial entre outras. Este estudo, neste contexto, teve o
objetivo de analisar, entre as gestações com idade ma-
terna maior ou igual a 35 anos, em uma maternidade de
referência no estado de São Paulo, a via de parto predo-
minante e a frequência de complicações obstétricas. Fo-
ram analisados registros eletrônicos de alta hospitalar no
período de setembro de 2013 a maio de 2014, totalizando
273 mulheres. De acordo com os resultados encontrados,
105 pacientes realizaram parto via alta – cesárea em cará-
ter de emergência e 95 realizaram parto via vaginal. Nas
73 internações hospitalares que não resultaram em par-
to, foram observados: aborto (59%), diabetes gestacional
(14%), doença hipertensiva na gestação (9%), trabalho de
parto prematuro (4%). Patologias de base maternas como
epilepsia (4%) e lupus eritematoso sistêmico (1%) foram
encontradas na população estudada, assim como mola
hidatiforme (1%) e gestação ectópica (1%). Hiperêmese
gravídica foi observada em 3% das pacientes. Pós-datis-
1...,150,151,152,153,154,155,156,157,158,159 161,162,163,164,165,166,167,168,169,170,...209