ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 167

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
as 15% restantes haviam suspendido à lactação e o moti-
vador foi a hipogalactia (90%). Neste período, identifica-
ram-se 10% de mastites tratadas ambulatorialmente. As
fissuras foram identificadas em 5% dos casos. Na avalia-
ção com 160 dias de pós parto, identificaram-se 45% das
pacientes em amamentação (25% em regime exclusivo)
e o 20% em regime suplementar ou complementar. Os
principais motivadores para essa queda na amamentação
exclusiva foi o retorno das mães às atividades laborativas
(80%) e introdução de frutas (raspadinhas ou em papa)
pelo médico assistente do recém nascido. Neste período
identificaram-se dois casos de mastites que foram trata-
dos com antibiótico em regime ambulatorial, com boa
resolução. Não houve caso de fissura mamária.
4- Con-
clusões: O retorno das mães ao trabalho ainda é um de-
terminante para a suspensão da amamentação exclusiva.
Instituição:
Faculdade de Medicina UFJF- Juiz de Fora
– MG
INFECÇÃO POR H1N1 NA GESTAÇÃO:
RESULTADOS DE UM ESTUDO
MULTICÊNTRICO DE VIGILÂNCIA DE
MORBIDADE MATERNA GRAVE NO BRASIL
Autores:
Pfitscher, L.C.; Cecatti, J.G.; Pacagnella, R.C.; Ha-
ddad, S.M.; Souza, J.P.; Costa, M.L.
Sigla:
O192
Introdução: A infecção representa importante causa de
morbidade e mortalidade materna, especialmente nos
países em desenvolvimento, figurando como terceira
causa de morte no contexto mundial. A pandemia mun-
dial de infecção pelo vírus influenza A (H1N1 2009pdm)
trouxe grande repercussão para a avaliação de gestantes,
com risco aumentado de complicações maternas graves
e desfechos perinatais adversos, como parto prematuro,
morte neonatal e abortamento espontâneo. Levando-
-se em consideração que para cada morte materna, um
número maior de mulheres sobrevive às complicações
graves durante a gestação, parto e puerpério, o estudo
da morbidade materna e near miss ganhou destaque na
última década. Objetivo: Avaliar a ocorrência de compli-
cações maternas graves atribuíveis à infecção pelo vírus
H1N1 2009pdm a partir dos dados da Rede Brasileira de
Vigilância da Morbidade Materna Grave. Métodos: aná-
lise secundária de um estudo transversal, multicêntrico,
que incluiu 27 centros de referência obstétrica das cinco
regiões do Brasil no período de 2009 e 2010. Resultados:
Dentre os 9555 casos de morbidade materna, foram iden-
tificados 206 casos suspeitos de H1N1 2009pdm, com
confirmação laboratorial de aproximadamente 25% des-
tes casos. A prevalência de near miss foi de 11% e quase
5% evoluíram para óbito materno (10 casos). A presença
de comorbidades clínicas foi de 51%, sendo 12,7% asso-
ciados à doença respiratória prévia e 12,7% ao tabagismo.
Houve 10% de óbito neonatal, 22% de nascimentos pré-
-termo e a média de peso ao nascer foi inferior a 2500g.
Foram identificadas 13,3% de demoras no atendimento
destas mulheres. Conclusões: a ocorrência de compli-
cações maternas graves atribuíveis à infecção pelo vírus
H1N1 2009pdm é de grande importância na avaliação de
morbi-mortalidade materna e perinatal, em especial no
cenário de epidemia, como foi o ano de 2009.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas – Hos-
pital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – CAISM
– Campinas – SP
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL NA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
NOS ÚLTIMOS 7 ANOS
Autores:
Prado, M.L.A.; Freire, A.L.L.R.; Pinto, C.L.B.; Yela,
D.A.
Sigla:
O193
Objetivos: Determinar a incidência e as características epi-
demiológicas da doença trofoblástica gestacional no Hos-
pital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – CAISM/
UNICAMP.
Desenho: realizado um estudo coorte retros-
pectivo. Material e métodos: foram incluídas 152 mulheres
com diagnóstico de doença trofoblástica gestacional do
Centro de Atenção Integral da Mulher (CAISM) da Univer-
sidade Estadual de Campinas (UNICAMP) durante os anos
de 2006 a 2013. Foram avaliadas as frequências, as médias
e o desvio padrão para cada uma das variáveis. Resultados:
as mulheres tinham em média 25,81±8,02 anos sendo que
a menor idade foi de 13 anos e a maior de 49 anos. Essas
mulheres tinham peso adequado com um índice da massa
corpórea médio de 24,47±5,54kg/m², 76,5% eram brancas
e 45% primíparas. O tipo sanguíneo mais prevalente foi o
O+ em 49,6% das mulheres. O diagnóstico de mola com-
pleto foi o mais prevalente com 64,8%, seguido de 32% de
mola parcial e 3% de coriocarcinoma. A evolução da mola
completa para mola invasora ocorreu em 12,3% dos casos
e de mola parcial em 7,5%. Das mulheres que apresenta-
ram as formas malignas, 84% foram tratadas através de
monoquimioterapia com methotrexate. O tempo médio
de negativação do β_hcg foi de 116,74±60,05 dias. Durante
o acompanhamento 53% usaram como método anticon-
cepcional o oral e 20% engravidaram após o término do
seguimento. Conclusões: a mola completa é a forma mais
frequente de doença trofoblástica gestacional, apresentan-
do um alto risco de evolução para a forma maligna. É uma
patologia que afeta mulheres em idade jovem e quando
acompanhadas corretamente tem um bom prognóstico.
Instituição:
Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo
Pinotti – CAISM/ UNICAMP – Campinas – SP
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