ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 158

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
Instituição:
Faculdade de Medicina de Marília – FAME-
MA – Marília – SP
ANÁLISE COMPARATIVA DA PRESCRIÇÃO DE
MEDICAMENTOS PARA GESTANTES EM USF
E UBS DE ACORDO COM O FDA
Autores:
Raimundo, E.C.; Sakamoto, J.B.; Baio, E.C.R.; Fer-
reira, M.G.F.; Lazarini, C.A.
Sigla:
O171
Objetivo: Considerando que os medicamentos usados
durante a gestação são classificados pela Food and Drug
Admnistration (FDA), o objetivo do presente trabalho foi
comparar as prescrições medicamentosas realizadas em
Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas
de Saúde (UBS) para gestantes do município de Marília-
-SP, de acordo com o FDA. Métodos: Estudo transversal
analítico quantitativo com 401 gestantes, sendo 203 de
UBS e 198 de USF. Utilizou-se formulário estruturado
pesquisando o uso de medicamentos para os seguin-
tes casos: cólica, leucorreia, dor ou febre, azia, infecção,
enjôo ou êmese e inflamação. Para a análise estatística,
utilizou-se o teste Exato de Fisher e teste do Qui-qua-
drado, com p<0,05. Trabalho aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Marília
- nº 259.950. Resultados: De acordo com o FDA, dos 407
medicamentos utilizados na UBS, 65,9% apresentavam
risco B (ensaios em animais indicaram ausência de riscos
fetais, mas não há estudos controlados em humanos),
23,3% risco C (ensaios em animais mostraram efeitos ad-
versos, mas não há estudos controlados em humanos),
10,5% risco A (ensaios controlados em humanos não
demonstraram risco fetal) e 0,25% risco D (evidência de
risco fetal em humanos, mas benefícios podem se sobre-
por aos riscos). Já na USF, dos 435 medicamentos, 72,7%
apresentavam risco B, 16,8% risco C, 9,4% risco A e 1,1%
risco D. Não foram encontrados medicamentos de risco
X (evidência de riscos fetais que não justificam quaisquer
benefícios) em ambos cenários. Observou-se maior fre-
quência de prescrições de medicamentos de risco B em
USF (p=0,04) e menor frequência para risco C (p=0,02)
para este mesmo cenário de atenção, quando compara-
do á UBS. As demais categorias de risco não apresenta-
ram diferença significativa. Conclusão: As equipes de USF
possuem médico generalista e nas UBS há profissional
especialista (ginecologista-obstetra). Era de se esperar
menor prescrição de medicamentos de risco C em UBS
devido à presença de especialistas. Embora se observa-
ram diferenças para o grupo B, estes medicamentos são
mais seguros, permitindo uma tranqüilidade maior ao
generalista na sua prescrição.
Instituição:
Faculdade de Medicina de Marília – Famema
– Marília – SP
ESTEATOCITOMA MÚLTIPLO E GRAVIDEZ
Autores:
Nader, M.A.L.; Hime, L.F.C.C.; Vanomark, I.I.F.C.;
Pessanha, N.S.; Watari, D.M.F.; Cicero, P.C.
Sigla:
O172
Relato de caso: Esteatocistoma múltiplo (EM) é raro
transtorno genético caracterizado por múltiplos cistos
dérmicos de tamanho variável e assintomáticos. Etio-
patogenia discutida. Há algumas teorias de origem de
cistos sebáceos de retenção, outras de natureza nevóide
ou hamartomatosa, ou variedade de cistos dermóides.
Localizadas em tronco e extremidades proximais, raras
vezes nas axilas, vulva, região central do tórax e inguinal
(mulheres). Raras na face e couro cabeludo. Crescimen-
to é lento e o conteúdo é líquido, podendo inflamar e
supurar. Aparece na adolescência ou no inicio da idade
adulta, incidindo em ambos os sexos igualmente. É au-
tossômica dominante. Casos raros não tem a mutação,
tendo então caráter multifatorial. Opções de tratamento
são raras e os resultados insatisfatórios. A etiologia é
desconhecida e na maioria dos casos familiar. Relaciona-
-se com a mutação no gene da queratina 17, uma quera-
tina tipo 1. Alguns casos podem estar relacionados com
a paquioníquia congênita tipo 2, em que dentes natais
podem estar presentes (Síndrome de Jackson Lawler).
Paciente E.S de 43anos, natural de São Paulo, capital,
parda, casada, encaminhada a este Serviço de Alto Risco
por hipertensão arterial crônica, obesidade e idade ma-
terna avançada; com gestação de 17 semanas e pré natal
transcorrendo bem. Apresenta lesões em todo tronco,
com ausência de processo inflamatório no momento.
Como apresentava lesões dermatológicas diferentes das
comuns na gestação e referia já ter o diagnóstico anato-
mopatológico de Esteatocistoma, despertou curiosidade
sobre a possibilidade de transmissão ao feto. Segundo a
literatura existe caráter familiar e multifatorial, podendo
ter a transmissão genética e acompanhada da Síndrome
de Jackson Lawler. Existem relatos de piora das lesões
durante a gestação. Palavras chave: Esteatocistoma múl-
tiplos, gestação, fatores de risco.
Instituição:
Faculdade de Medicina da UNISA e Hospital
Municipal do Campo Limpo – São Paulo – SP
FEOCROMOCITOMA BILATERAL E GESTAÇÃO
Autores:
Cavichiolli, F.S.; Yoneda, J.Y.; Costa, M.L.; Surita,
F.G.
Sigla:
O173
Feocromocitoma é uma neoplasia das células cromafins
da adrenal, que se apresenta com sinais e sintomas de li-
beração excessiva de catecolaminas. Geralmente é diag-
nosticado em casos de hipertensão paroxística ou em
1...,148,149,150,151,152,153,154,155,156,157 159,160,161,162,163,164,165,166,167,168,...209