ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 153

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
CICATRIZ DE CESÁREA
Autores:
Muassab, A.S.; Oliveira, G.B.A.
Sigla:
O160
Paciente de 34 anos na segunda gestação, uma cesárea
anterior por conveniência materna há 3 anos chega ao
serviço de ultrassom para a realização de ultrassonogra-
fia com Doppler colorido. Durante o exame foi consta-
tado feto único, longitudinal, em apresentação cefálica,
com 33 semanas de gestação. O estudo com Doppler
colorido estava normal para a idade gestacional. Durante
a avaliação o ultrassonografista percebeu um importan-
te afunilamento da parede anterior do útero no local do
segmento e sugeriu a realização da avaliação transvagi-
nal para uma adequada avaliação do segmento. Após o
aceite da paciente e do obstetra o exame demonstrou
uma afilamento da parede uterina na região da cicatriz
da cesárea anterior, que media 2,0 mm, contra os 6,0 mm
encontrados além deste local. Foi instituída terapêutica
hormonal profilática (progesterona 100mg IV de 12/12
horas) e acompanhamento ultrassonografico quinzenal.
A espessura da parede anterior na região do segmento
se manteve em 2,0 mm até a 37 semana, quando dimi-
nuiu para 1,0 mm. A paciente foi encaminhada para cesá-
rea eletiva onde pode ser visualizada a cavidade uterina
por transparência na região do segmento. Deu a luz a um
feto com 3010 gramas, apagar 9 e 10. Este caso mostra
a importância do acompanhamento e controle da pare-
de anterior do útero particularmente naquelas pacientes
que já realizaram cesáreas anteriores, onde as deiscên-
cias de sutura do miometrio podem se transformar em
sedes de acretismo placentário e com maior risco para
ruptura uterina espontânea.
Instituição:
DIGEN IMAGE – São José dos Campos – SP
ABDOME AGUDO PÓS REALIZAÇÃO DE AMIU
Autores:
Beleza, M.C.L.B.; Roller, M.R.; Brasileir, J.P.B.B.;
Beleza, G.L.B.
Sigla:
O161
Abdome agudo é a dor abdominal súbita, de intensida-
de e evolução variáveis.Sua abordagem deve ser rápi-
da e sistematizada,baseada na clínica evitando exames
desnecessários.Dentre as causas gineco-obstétricas
estão:gestação ectópica, torção de ovário,endometriose
e endometrite.A endometriose é multifatorial e crô-
nica, presente em 10-15% das mulheres que menstru-
am, manifestando-se com dor pélvica e infertilidade.A
AMIU é empregada nos casos de abortamento do 1o
trimestre, quando não há eliminação espontânea.Infec-
ção, esvaziamento incompleto e perfuração uterina são
complicações que se apresentam com dor abdominal.
Descrição:TGMQ,31 anos,G1P0A0,BCF presente em US
de 7s+1d,após 4 anos sem métodos contraceptivos.Em
21/04/14,11s+3d,idade gestacional ecográfica 9s,não
visualizado BCF e confirmado óbito fetal.AMIU após 10
dias,sem intercorrências, queixando-se de dor abdomi-
nal leve,em uso de AINE e Dipirona. Piora da dor no an-
dar inferior do abdome, sem febre, irritação peritoneal,
instabilidade hemodinâmica sendo prescrito Tramal. No
4o dia pós-AMIU, hemograma completo normal e USTV
mostrando massa anexial sólida em OD=51,08cm3 e flu-
xo preservado nos ovários.TC de abdome com aparente
aumento ovariano.Sem etiologia confirmada,foi sub-
metida à laparoscopia,que mostrou: endometrioma em
OD=5cm e OE=3 cm;focos de superficiais de endome-
triose no intestino delgado e parede abdominal;apêndice
cecal aumentado,aderido ao ligamento largo e com focos
de endometriose.Realizada cauterização dos focos super
ficiais,ooforoplastia,retirada da cápsula dos endometrio-
mas e apendicectomia.Alta médica em 1 dia.Relevância:O
abdome agudo acomete pacientes de todas as idades
e sexo, de acordo com sua origem e deve ser aborda-
do de maneira rápida e resolutiva,evitando desfechos
deletérios ao paciente.Comentários:A dificuldade nesta
abordagem está relacionada a história patológica pre-
gressa e antecedentes pessoais,que sugeriam condutas
diferentes caso suas hipóteses fossem confirmadas.O
exame clínico e de imagem excluíram algumas das cau-
sas emergenciais mas não elucidaram o diagnóstico por
completo,tornando a abordagem laparoscópica o único
meio para resolução e diagnóstico do quadro apresen-
tado.
Instituição:
HMIB – Brasilia – DF
ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL
ESPECIALIZADO E DOENÇA FALCIFORME:
RESULTADOS MATERNOS E PERINATAIS EM
SERVIÇO DE REFERÊNCIA
Autores:
Andrade, M.A.A.; Surita, F.G.S.
Sigla:
O162
A Doença Falciforme é uma hemoglobinopatia hereditá-
ria que durante a gestação está associada ao aumento
de complicações clínicas materno-fetais. Pode ocorrer
piora da anemia, aumento da frequência e gravidade das
crises álgicas, infecções, crises vaso-oclusivas, complica-
ções pulmonares, pré-eclâmpsia, partos pré-termo, res-
trição de crescimento intrauterino e sofrimento fetal. O
CAISM/Unicamp possui um Protocolo Conjunto Obste-
trícia/Hematologia para manejo de pacientes com Doen-
ça Falciforme acompanhadas no seu serviço de pré-natal
especializado. Objetivo: avaliar os resultados maternos e
perinatais de gestantes com Doença Falciforme acompa-
nhadas após a introdução do Protocolo Assistencial no
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