ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 155

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
cado apenas na dependência de sintomas importantes.
Gestantes normais e assintomáticas que apresentam ar-
ritmias sem repercussão hemodinâmica não necessitam
ser medicadas. CONCLUSÕES: Arritmias na gestação são
queixas comuns na consulta pré-natal. Cabe ao obste-
tra identificar/diferenciar as arritmias fisiológicas (devido
mudanças no organismo materno durante a gestação)
daquelas patológicas que podem trazer complicações
e, assim aumentar a morbimortalidade materna e fetal.
Essas gestantes devem ser acompanhadas em conjunto
com o cardiologista, para juntos (cardiologista e obste-
tra) decidirem cada caso quanto ao uso ou não de anti-
-arrítmicos durante a gestação, já que tanto a arritmia
quanto o tratamento podem prejudicar o feto em dife-
rentes proporções.
Instituição:
Faculdade de Mediciana de São José do Rio
Preto – São José do Rio Preto – SP
EXERCÍCIO FÍSICO DURANTE A GESTAÇÃO
E DESFECHOS MATERNOS E PERINATAIS:
ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NA
CIDADE DE CAMPINAS, SP
Autores:
Nascimento, S.L.; Godoy, A.C.; Kasawara, K.T.;
Surita, F.G.
Sigla:
O165
Objetivo: avaliar a prevalência de gestantes ativas na
população de Campinas-SP, identificar as características
relacionadas à prática de exercícios durante a gestação
e, avaliar a associação entre prática de exercícios e os
desfechos maternos e perinatais. Métodos: estudo de
base populacional do tipo corte transversal. 1.052 mu-
lheres foram selecionadas no puerpério imediato em
três maternidades da cidade de Campinas-SP. Foram
coletados dados sociodemográficos, história obstétri-
ca, sobre prática de exercícios no período gestacional.
Dados referentes à evolução da gestação, trabalho de
parto, parto e as variáveis do recém-nascido foram co-
letados dos prontuários da mãe e do recém-nascido. A
análise estatística utilizou médias e desvios-padrão; fre-
quências e porcentagens, os testes t de Student para as
variáveis contínuas, X² para as categóricas e Odds ratio
com intervalo de confiança. O nível de significância foi
de 5% e o software utilizado o Epi-info 5.1. Resultados:
Quando comparado a período pré-gestacional (25,1%), a
prevalência de exercício físico foi menor durante toda a
gestação (21,3%). Metade das mulheres deixam de pra-
ticar exercícios físico devido a gestação, e as menores
prevalências foram observadas no início (15%) e no final
da gestação (14,5%). O exercício físico foi pouco orien-
tado durante o pré-natal, sendo que menos da metade
recebeu algum tipo de orientação do médico durante
as consultas (48,4%). Entre os tipos de exercício a cami-
nhada foi o mais frequente, seguido por hidroginástica,
alongamento e Pilates. Em relação aos fatores associados
à prática de exercício na gestação se destacam: maior es-
colaridade, primiparidade, pré-natal no serviço privado,
prática de exercício antes da gestação e orientação sobre
exercício no pré-natal. Quanto aos resultados maternos e
perinatais não houve diferença quanto à prática do exer-
cício físico. Conclusão: Mulheres em idade reprodutiva e
principalmente àquelas que estão planejando engravidar
devem ser encorajadas pelos profissionais de saúde a
adotar um estilo de vida saudável, incluindo a prática de
exercício antes da concepção e manter esse estilo de vida
ativo durante a gravidez.
Instituição:
Departamento de Tocoginecologia – FCM –
Unicamp – Campinas – SP
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DAS
GESTANTES QUE SE AUTOMEDICAM DE
ACORDO COM O CENÁRIO DE ATENÇÃO
PRIMÁRIA
Autores:
Coelho, M.C.R.; Sugai, C.T.; Souza, J.J.; Kai, R.Y.;
Ramos, M.R.; Lazarini, C.A.
Sigla:
O166
Objetivos: Caracterizar o perfil das gestantes que se au-
tomedicam, em um município do centro oeste paulista,
de acordo com o cenário em que realizam pré-natal na
atenção primária. Metodologia: Estudo descritivo trans-
versal quantitativo, com uma amostra de 401 gestantes
atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) as quais
realizam pré-natal em Unidade Básica de Saúde (UBS)
ou Unidade de Saúde da Família (USF). Foi utilizado
formulário semi-estruturado composto por questões
auto-dirigidas e para a análise quantitativa utilizou-se
o teste do χ2. O projeto foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Marília,
nº 259.177. Resultados: Das 401 gestantes entrevistadas,
94 praticaram automedicação, sendo 55 de USF e 39 de
UBS. Observou-se predomínio de gestantes com 31 anos
ou mais, nos dois cenários de atenção. O estado civil ca-
sada também foi predominante nos dois cenários. Não
se observou diferença significativa ao se comparar, entre
os cenários, os parâmetros idade e estado civil. O mes-
mo foi observado para o parâmetro renda mensal, cuja
prevalência foi para o intervalo de 2,1 a 4 salários míni-
mos, em ambos os cenários. Em relação à escolaridade,
observou-se predomínio de gestantes que se autome-
dicam em USF (35,1%) com ensino médio completo ao
compará-las com as usuárias de UBS (14,9%) (p=0,04).
Os dados do presente trabalho divergem de estudo re-
alizado no nordeste brasileiro em que a maior parte das
gestantes tinha entre 21 e 30 anos. O predomínio do es-
tado civil casada se assemelha aos dados da literatura. O
1...,145,146,147,148,149,150,151,152,153,154 156,157,158,159,160,161,162,163,164,165,...209