ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 157

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
do processo de trabalho entre elas. Conclusões: O cená-
rio da USF não se mostrou efetivo no acesso às consultas
médicas de pré-natal quando comparado à UBS. Porém,
o cenário da USF foi efetivo quanto a promoção de orien-
tações relacionadas aos riscos da automedicação. Nesse
sentido, esses resultados podem subsidiar reflexão sobre
a forma de gestão da Atenção Primária de Saúde.
Instituição:
Faculdade de Medicina de Marília – Marília
– SP
ANÁLISE ENTRE DOIS MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
DO ASSOALHO PÉLVICO NO TERCEIRO
TRIMESTRE DE GESTAÇÃO
Autores:
Petricelli, C.D.; Bombonati, D.; Araújo Júnior, E.;
Alexandre, S.M.; Zanetti, M.R.D.; Nakamura, M.U.
Sigla:
O169
Objetivo: Verificar a relação entre dois métodos de ava-
liação dos músculos do assoalho pélvico (MAP) durante
o terceiro trimestre de gestação. Métodos: Estudo ob-
servacional e transversal com amostra de 60 gestantes
hígidas, idade gestacional entre 35ª a 40ª semana ges-
tacional e feto único. Foram excluídas pacientes com
sangramento genital, gravidez múltipla, infecção do
trato urinário inferior e ausência de contração perine-
al. Para avaliação eletromiográfica (EMGs), foi usado o
equipamento EMG System do Brasil® modelo 830C com
oito canais. A paciente foi posicionada em litotomia. A
sonda vaginal (Chatanooga Grupo®), responsável pela
captação do sinal mioelétrico, foi introduzida pela fi-
sioterapeuta no terço médio do canal vaginal com gel
lubrificante KY (Johnson & Johnson’s). Os sujeitos reali-
zaram três contrações voluntárias máximas (CVM) com
dez segundos de descanso entre elas, a melhor CVM
foi selecionada. Em seguida, o pesquisador, através da
palpação vaginal, verificou a força dos MAP pela Escala
Oxford Modificada (EOM), graduando a contração mus-
cular de 0 a 5. Para a correlação entre os valores me-
dianos encontrados nos dois métodos de avaliação, o
teste Kruskall-Wallis foi usado com nível de significância
de 5% (0.05). Resultados: Dos 60 pacientes incluídas no
estudo, 30 eram nulíparas e 30 eram multíparas. A média
da idade materna foi 26,06 (± 5,58) e idade gestacional
foi de 36.56 (± 1.23). Durante a avaliação, observamos
média de força muscular de 2,51 (± 0.65) e CVM de
45,13mV(± 12,86). Observamos uma correlação positiva
entre a palpação vaginal e a EMGs, ou seja, seis pacientes
que atingiram força muscular na EOM 1 obtiveram CVM
31,31mV; 30 pacientes que alcançaram na EMO 2 esta-
vam com CVM de 37,09mV e 24 delas que atingiram na
EMO 3 obtiveram CVM de 49,98mV. Conclusão: Houve
uma correlação positiva entre ambos métodos de avalia-
ção, ou seja, quanto maior a contratilidade muscular do
assoalho pélvico, maior é sua atividade elétrica.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo / Escola
Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM – SP
A INTEGRALIDADE DO CUIDADO: GESTAÇÃO
NA ADOLESCÊNCIA E USO DE DROGAS
ILÍCITAS
Autores:
Montes, P.S.; Sampaio, T.U.; Camargo, M.R.R.
Sigla:
O170
Objetivo: Analisar as informações que as gestantes ado-
lescentes possuem sobre as consequências do uso de
drogas ilícitas durante a gestação, conhecer as informa-
ções que possuem a respeito dos malefícios para o feto,
verificar a abordagem e informações repassadas durante
o pré-natal, além de propor estratégias de intervenção
para melhoria da divulgação. Método: Estudo descri-
tivo transversal de enfoque misto, com amostra de 40
gestantes com idades entre 13 e 20 anos, às quais fo-
ram aplicados questionários que avaliaram o uso de e o
conhecimento sobre drogas ilícitas durante a gestação,
seguindo os procedimentos éticos da Resolução 466/12.
Os dados foram analisados a partir de um formulário
de entrada de dados no Microsoft Access, com análi-
se estatística realizada no módulo Analysis do Epi Info
2000. Resultados: Todas as gestantes analisadas relata-
ram fazer o pré-natal conforme o preconizado, 37,5%
relataram ter alguém próximo que utilizava algum tipo
de droga (tanto lícita quanto ilícita) e apenas duas ale-
garam se sentirem influenciadas; 12,5% usavam alguma
droga ilícita antes da gestação, sendo referidas maco-
nha e crack, sendo que nenhuma continuou o uso du-
rante a gravidez. Referiram ter informações sobre os ma-
lefícios de drogas durante a gestação 55% das gestantes
e, quanto à origem, 32,43% referiram o pré-natal, 27%
amigos ou familiares, e o restante outras mídias. Os ma-
lefícios citados foram mal à saúde do bebê, malforma-
ções e aborto. Em relação à melhor forma de divulgar os
malefícios, 60% referiu o pré-natal como prioritário, 40%
meios de comunicação, 12,5% preferem a escola como
mediadora e o restante está satisfeita ou não sabe como
melhorar. Conclusão: Apesar de apresentar um resulta-
do positivo quanto à descontinuidade do uso de drogas
ilícitas pelas gestantes analisadas, percebe-se uma falha
do pré-natal realizado, uma vez que menos da metade
das participantes referiu o programa como fonte das in-
formações. É relevante aumentar a divulgação sobre os
malefícios através de locais e mídias a que essas gestan-
tes tem mais contato, uma vez que é elevado o índice de
morbimortalidade de adolescentes grávidas e deveras
agravado pelo uso de drogas na gestação.
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