ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 150

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
na região peritoneal retrouterina. Realizado salpingecto-
mia à esquerda. O exame anátomo patológico evidenciou
feto masculino pesando 25g com 7,0 cm de comprimento
crânio caudal e massa contendo placenta, trompa e coá-
gulos. Evoluiu de maneira satisfatória com pré-natal sem
intercorrências até quarenta semanas, nascendo dois fetos
vivos por parto normal. RELEVÂNCIA: Realizou-se pesquisa
nas bases de dados PubMed, Cochrane Library e Embase,
encontrando-se nos últimos 20 anos, 16 estudos com 19
GH por concepção natural. Destes, apenas um semelhante
ao descrito neste caso. COMENTÁRIOS: O manejo da GH é
particularmente delicado, pois, objetiva retirar a gravidez
ectópica antes que haja complicação e atuar de maneira
menos invasiva possível a fim de preservar a gestação in-
trauterina . O tratamento cirúrgico ainda que ofereça riscos
à mãe e ao feto é o mais indicado.
Instituição:
Universidade São Francisco – Bragança Pau-
lista – SP
EMBOLIZAÇÃO PROFILÁTICA DE ARTÉRIAS
ILÍACAS INTERNAS DEVIDO A PLACENTA
PERCRETA
Autores:
Aveiro, A.C.; EA, E.A.; Sousa, A.S.S.; Saz, D.C.M.;
Reis Neto, F.
Sigla:
O153
INTRODUÇÃO. Acretismo placentário ocorre quando a
placenta adere de forma anormal ao útero em decor-
rência de uma invasão mais pronunciada do trofoblas-
to. Essa entidade engloba 3 situações: placenta acreta,
increta e percreta. DESCRIÇÃO DO CASO. Paciente 38
anos, G5 P1 ces A3, com diagnóstico prévio de placen-
ta percreta admitida em franco trabalho de parto as 32
semanas, foi submetida a parto cesáreo de urgência. Du-
rante o procedimento, estiveram presentes as equipes:
cirurgia vascular, urologia, obstetrícia e pediatria. Pré
parto, as artérias femorais foram cateterizadas, iniciado o
parto cesáreo com visualização de útero gravídico e teci-
do placentário ultrapassando serosa e atingindo bexiga.
Foi realizada incisão uterina corporal mediana e extração
do concepto de sexo feminino, peso de 2200, apgar 7 e
9, capurro 32 semanas. Realizada dequitação placentária
com sangramento abundante. Intervenção da cirurgia
vascular com embolização das artérias ilíacas internas
bilateralmente e em seguida histerectomia, passagem
de cateter duplo J, cistostomia e cistorrafia com menor
sangramento. Paciente evoluiu no intra-operatorio com
instabilidade hemodinâmica, foi necessária reposição
volêmica, intubação orotraqueal e instalação de acesso
venoso central. Após esses cuidados, paciente manteve-
-se estável hemodinamicamente até o final da cirurgia.
Encaminhada em pos operatório imediato para a UTI e
no mesmo dia evoluiu com tromboembolismo de arté-
rias femorais bilateral, sendo realizado trombectomia,
porém, ocorreu isquemia de região glútea bilateral e
necrose. Paciente evoluiu bem e recebeu alta em bom
estado com tratamento ambulatorial de lesão glútea.
RELEVÂNCIA: Na embolização das artérias ilíacas inter-
nas, o cateterismo das artérias femurais anteparto e a
embolização pós extração do concepto preservou esse
do contato com radiação e contraste. O sangramento
observado ainda foi importante, porém, com evolução
positiva. COMENTÁRIO: A prevenção de hemorragia pós
parto através da embolização das artérias ilíacas internas
promoveu diminuição da morbidade e mortalidade ma-
terna e fetal no caso descrito.
Instituição:
Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto – FAMERP, Departamento de Ginecologia e Obste-
tricia – São José do Rio Preto – SP
PLACENTA PREVIA
Autores:
Antunes, D.R.V.; Bretz, P.R.; Mota, T.T.; Valente, V.;
Vasconcelos, T.G.O.; Coelho, G.M.M.
Sigla:
O154
Objetivos: avaliar a epidemiologia da Placenta Previa na
população atendida no Hospital Geral de Carapicuíba
(HGC) de 01 de fevereiro de 2004 a 31 de janeiro de 2014,
totalizando um período de 10 anos. Metodologia: estudo
retrospectivo observacional longitudinal de pacientes in-
ternadas com diagnostico de Placenta Previa no HGC de
01 de fevereiro de 2004 a 31 de janeiro de 2014, totalizan-
do um período de 10 anos. Resultados: de acordo com os
registros no livro de partos, foram realizados 36.637 par-
tos no HGC entre 01 de fevereiro de 2004 a 31 de janeiro
de 2014. Nestes 10 anos, ocorreram 27 casos de placenta
prévia, diagnosticados antes ou durante o parto. Em 10
anos, houve incidência de 7,36 casos para 10 mil partos
realizados. A incidência foi muito variável neste período,
de nenhum caso até 6 casos em 2008. Não houve casos
de óbito materno. Todos os casos encontrados foram re-
solvidos com parto cesárea. Nenhuma paciente recebeu
o referido diagnóstico em mais de uma gestação. Um im-
portante fator de risco foi o parto cesárea anterior. A ida-
de materna média foi de 30 anos. A idade gestacional no
parto com diagnóstico de placenta prévia, foi pré-termo
em 40,7% das pacientes, com casos registrados entre 28
e 36 semanas de gestação e 59,3% dos casos possuíam
entre 37 e 39 semanas. Também foi verificado o Apgar de
primeiro e quinto minutos: 22 neonatos receberam Apgar
8 ou 9 no primeiro minuto e 24 receberam Apgar 8 a 10 no
quinto minuto. Conclusão: A placenta prévia, apesar de ser
rara na prática obstétrica, exige conhecimento adequado
de todos os seus aspectos, assegurando a adequada con-
duta no caso. A patologia pode ser adequadamente iden-
tificada no pré-natal e a adequada intervenção no caso
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