ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 140

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
com atenção a sinais e sintomas neurológicos e decisão
do melhor momento para a interrupção da gestação, vi-
sando melhor prognóstico materno e fetal.
Instituição:
Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HC-FMUSP) – SP
HIPOPLASIA DE MEDULA ÓSSEA E
GRAVIDEZ: RELATO DE CASO
Autores:
Schultz, C.; Castro, R.M.; Schultz Junior, A.; Silva,
A.C.B.; Barbosa, T.R.; Brito, L.X.B.A.
Sigla:
O130
Introdução: A hipoplasia de medula é uma doença hema-
topoiética pancitopênica e hipocelular. É mais comum em
adultos jovens e idosos. A maioria dos casos é adquirida,
mas pode ser hereditária (anemia de Fanconi), revelando-se
logo nos primeiros anos de vida. Para as formas adquiridas
há fatores causais como quimioterápicos, toxinas, irradiação
e infecções virais. A gravidez em paciente com hipoplasia
de medula está associada à alta mortalidade materno-fetal.
Descrição do caso: C.S.T., 29 anos, relatava adinamia, cefa-
léia, fadiga, febre recorrente náuseas e vômitos há 8 anos,
quando foi diagnosticado por meio de mielograma com hi-
poplasia medular global e estudo histopatológico que con-
firmou hipoplasia da medula hematopoiética, recebendo
tratamento com corticóide. Iniciou o pré-natal de alto risco
com valores hematimétricos baixos. Evoluiu com hiperten-
são arterial sendo suspenso o corticóide. Ultrassonografia
com Dopplerfluxometria evidenciou idade gestacional de
35 semanas, restrição de crescimento fetal e a presença de
diástole reversa na artéria umbilical. No momento, apre-
sentava dispnéia, 33% hematócrito, 4500/mm³ leucócitos,
36000 plaquetas. Indicado cesariana sob anestesia geral.
Administrados quatro concentrados de hemácias no per
operatório e três no pós. Apesar das condições adversas
da gravidez e do parto, a mãe apresentou boa evolução
com alta 4 dias após o parto. O recém-nascido apresentou
complicações inerentes à prematuridade com alta após 10
dias. Relevância: Relato do caso de paciente com hipoplasia
de medula diagnosticada antes da gravidez, sua evolução e
resultado perinatal. Comentários: A rara incidência de hipo-
plasia de medula na gestação torna difícil estabelecer com a
conduta. Os principais riscos são os quadros hemorrágicos
e infecciosos, responsáveis pela alta mortalidade. Devido à
imunossupressão, o transplante é contra-indicado. A ante-
cipação do parto está indicada se o bem estar materno ou
fetal não puder ser mantido. As pacientes com diagnóstico
prévio à gestação parecem ter melhor resultado Peri natal
e sobrevida do que aquelas diagnosticadas em qualquer
época da gravidez.
Instituição:
HSJA – Itaperuna – RJ
ALTO RISCO : IMPORTÂNCIA DO
ACOMPANHAMENTO RESTRITO
Autores:
Chagas, K.K.F.; Polito, P.R.; Gomes, R.G.C.
Sigla:
O131
Gestação de alto risco é aquela que ocorre quando exis-
te qualquer doença materna ou condição sócio-biológica
que pode prejudicar sua boa evolução. Na presença de
mais de uma comorbidade, principalmente quando grave,
o correto manejo é imprescindível para um desfecho fa-
vorável. Este relato ressalta a necessidade de um adequa-
do acompanhamento pré-natal em gestantes portadoras
de diferentes patologias, complicando o manejo clínico.
E.F., 40 anos, GIV P0 AIII, portadora de LÚpus Eritematoso
Sistêmico, Hipertensão Arterial Sistêmica e Insuficiência
Renal Crônica, em uso de hidroxicloroquina 400mg por
dia, metildopa 1500mg por dia, eritropoetina 4000UI 3
vezes na semana, iniciou episódios de sangramento vagi-
nal entre as consultas Pré-Natais a partir da 20ª semana,
justificados pela implantação marginal da Placenta. Não
foi iniciada anticoagulação plena ou profilática. Realizado
rastreamento infeccioso através de hemoculturas, urino-
culturas, swab nasal e retal e ecocardiograma transtorá-
cico, bem como rastreamento de fenômenos vasculares
e imunológicos. Foram avaliados semanalmente os níveis
de ureia, creatinina, potássio, cálcio, fósforo, hematócrito,
ferro e ferritina, além da realização de hemodiálise diá-
ria. Ao completar 30 semanas foi administrado corticóide
visando a maturação pulmonar. Evoluiu com amniorrexe,
sangramento vaginal de monta e centralização fetal com
34 semanas. Realizada Cesariana de emergência em que
deu a luz à Recém-Nascido(RN) vivo, Apgar 9/10. Paciente
permaneceu em Centro de Terapia Intensiva por 11 dias
até estabilização da pressão arterial e pesquisa de infec-
ção, mantida apenas em hemodiálise e acompanhando o
RN. A história patológica pregressa é de suma importân-
cia na gestação. O acompanhamento rigoroso, tratamento
adequado das condições de base e estudo sonográfico
seriado de gestantes de alto risco, possibilitam surpreen-
der desfechos desfavoráveis, tanto maternos quanto fe-
tais, emmomento oportuno, com idade gestacional viável.
Instituição:
Hospital Naval Marcílio Dias – RJ
VOLVO DE SIGMÓIDE NO PUERPÉRIO COM
TRATAMENTO ENDOSCÓPICO: RELATO DE
CASO
Autores:
Amed, F.G.; Campanharo, F.F.; Mattar, R.; Souza,
R.T.; Akiba, R.T.; Moron, A.F.
Sigla:
O132
O volvo de sigmoide é uma complicação cirúrgica rara
podendo ocorrer na gestação e no puerpério. Em revisão
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