ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 149

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
(IV), índice de fluxo (IF), e índice de vascularização e flu-
xo (IVF) e índice de pulsatilidade (IP )da artéria uterina
por meio de ultrassonografia tridimensional com power
Doppler realizada entre 12semanas e 13 a 16 semanas e
20 a 25 semanas de gestação.
Resultados: Observamos
que houve diferença estatisticamente significativa entre o
volume placentário das pacientes com diabetes pré-ges-
tacional e do grupo controle na 12ª semana (p = 0,026) e
entre a 20ª e 25ª semanas (p = 0,012) . Observamos que
nas duas idades gestacionais o volume placentário foi
menor nas pacientes diabéticas. Em relação aos índices
vasculares, houve diferença estatisticamente significativa
quando comparadas as gestantes diabéticas pré-gesta-
cionais com o grupo controle na 12ª semana de gestação
para o IV eo IVF (p = 0,026 e p = 0,026) . Não se observou
diferença entre os grupos em relação ao IF. No que e se
refere ao IP da artéria uterina, este foi significativamente
mais elevado nas pacientes com diabetes pré-gestacional
em relação ao grupo controle, em todas as idades ges-
tacionais.
Conclusão: Observa-se que há menor volume
da placenta e menores valores de IV e IVF em pacientes
com diabetes pré-gestacional quando comparadas aque-
las sem intercorrências clínicas, em determinadas idades
gestacionais. Esses achados sugerem que a análise do vo-
lume e dos índices placentários pode ser útil na avaliação
das pacientes com diabetes pre-gestacional.
Instituição:
HCFMUSP – SP
GRAVIDEZ INTERSTICIAL EM CORNO
UTERINO ESQUERDO
Autores:
Lima, C.M.; Linhares, D.C.; Linhares Júnior, H.;
Silva, R.C.A.F.; Carvalho, T.S.; Vieira, G.D.
Sigla:
O151
INTRODUÇÃO: A gravidez intersticial ocorre em 2,0 a 4,7
% das gestações ectópicas, sendo responsável por 2,5%
das mortes maternas nos Estados Unidos da América. A
maioria das pacientes apresenta dor, atraso menstrual,
sangramento vaginal e as vezes choque hemorrágico de-
corrente da rotura uterina. Em virtude da grande capaci-
dade de distensão miometrial, a rotura uterina em geral
ocorre entre a 9ª e a 12ª semanas de gravidez, porém
algumas vezes, pode ultrapassar a 16ª semana. DESCRI-
ÇÃO: Multípara, 24 anos, 14 semanas e 5 dias de gesta-
ção é admitida em centro obstétrico terciário com des-
conforto pélvico e ao exame ginecológico apresentava
sangramento transvaginal moderado. Foi realizado exa-
me especular, que evidenciou sangramento proveniente
do colo uterino, colo impérvio e doloroso à mobilização
do útero. Foi dosado do ß-hCG quantitativo que apre-
sentou resultado de 163,6 mIU/ml. Foi realizado ultras-
sonografia (USG) transvaginal no qual foi evidenciado
formação mista, predominantemente sólida, heterogê-
nea, de contornos irregulares e limites mal definidos, em
região anexial esquerda em continuidade com a parede
fundo-corporal lateral esquerda do útero, ricamente vas-
cularizada, medindo cerca de 77x50x60 milímetros e com
volume de 120 cm³, sugerindo gravidez intersticial em
corno uterino esquerdo. Foi realizado laparotomia explo-
radora, confirmando a gravidez intersticial em corno ute-
rino esquerdo e foi evidenciou aderências sugestivas de
doença inflamatória pélvica prévia, tendo como conduta
histerectomia subtotal. Após 3 dias, a paciente recebeu
alta apresentando bom recuperação no pós-operatório.
RELEVÂNCIA: Na literatura possui poucos relatos de ca-
sos e estudos sobre esse tipo de gravidez ectópica, po-
dendo-se optar por conduta conservadora ou cirúrgica
de acordo com o quadro clínico da paciente e sua desejo
reprodutivo. COMENTÁRIOS: A gravidez ectópica nessa
localização tem seu diagnostico muitas vezes difícil e
pode ser auxiliado pela USG tridimensional, ressonância
nuclear magnética e ocasionalmente laparoscopia.
Instituição:
Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – Porto
Velho – RO
GESTAÇÃO HETEROTÓPICA TRIGEMELAR
ESPONTÂNEA: RELATO DE CASO E REVISÃO
DA LITERATURA
Autores:
Rossini, W.G.; Bolognesi, T.A.; Brasil, V.P.; Ribeiro,
P.F.; Bragion, C.B.; Neto, A.B.
Sigla:
O152
INTRODUÇÃO
:
Gestação heterotópica (GH) é uma condi-
ção rara (1:30000) na qual há presença de gestação ectópica
e intrauterina. É de difícil diagnóstico clínico e apresenta-se
geralmente como gestação tubária e intra-uterina (um feto
em cada). Comumente a GH cursa com um diagnóstico
tardio e após a rotura da gestação ectópica. Apresentamos
um caso de gestação trigemelar heterotópica espontânea
e realizada revisão bibliográfica.
DESCRIÇÃO DO CASO:
Paciente de 32 anos, G2P1, idade gestacional (DUM) de 15
semanas e 4 dias, apresentou-se ao exame físico desco-
rada, taquicárdica, hipotensa, com abdome distendido e
doloroso à palpação, descompressão brusca presente, ba-
timentos cardiofetais presentes e dinâmica uterina ausen-
te. Realizado ultrassonografia obstétrica pélvica e trans-
vaginal, que constatou útero bicorno, contendo gestação
trigemelar observando-se um saco gestacional em trompa
esquerda e dois no corno direito, batimentos cardíacos e
movimentos somáticos fetais presentes, idade gestacio-
nal (USGT) de aproximadamente 11 semanas e 3 dias. Foi
submetida à laparotomia exploradora sob raquianestesia,
com incisão paramediana esquerda. O inventário da cavi-
dade mostrou grande quantidade de sangue na cavida-
de abdominal, útero aumentado de volume e tumoração
de aproximadamente 10 cm anexial à esquerda, aderida
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