ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 146

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
bimortalidade. Vale ressaltar a demora no atendimento
inicial, não valorização da história clínica e transferência
não programada, em condições de instabilidade hemo-
dinâmica. Diagnóstico precoce, início imediato do trata-
mento, suporte clínico adequado e multidisciplinar são a
chave do bom prognóstico.
Instituição:
CAISM UNICAMP – Campinas – SP
ROTURA HEPÁTICA ESPONTÂNEA EM
GESTAÇÃO PRECOCE: RELATO DE CASO
Autores:
Guida, J.P.S.; Ribeiro, C.M.; Fiorentino, J.O.; Kaji-
kawa, P.; Pacagnella, R.C.
Sigla:
O144
O aumento da pressão na gestação é intercorrência grave,
afeta de 5 a 8% das gravidezes, e se relaciona a complica-
ções como eclâmpsia, falência hepática, renal e distúrbios
de coagulação (síndrome HELLP). Dentre as complicações
mais raras está o sangramento hepático, evento catastrófico
que pode gerar grandes hematomas e consequente rotura
hepática, ocorrência rara mas com alta mortalidade mater-
na. Relato de Caso: Paciente de 32 anos, G3P2C1 e IG de
20+1 (ecografia), com diagnóstico de hipertensão sem uso
de medicação. Apresentava exames normais do pré-natal e
não tinha passado obstétrico patológico. Admitida em PS
geral após súbita dor em hipocôndrio direito de forte inten-
sidade há 1 hora da admissão associado a aumento pres-
sórico (220x110mmHg). Feitos hidralazina 10 mg e sulfato
de magnésio. Após 40 minutos mantinha níveis pressóricos
elevados, sendo transferida à unidade de referência. Rece-
bida no hospital 1 hora após contato inicial em mau estado
geral, instável hemodinamicamente (PA 53x34mmHg), com
Glasgow 9, abdome distendido e difusamente doloroso,
útero aumentado (20s), BCF ausente, colo impérvio, extre-
midades frias e sem edema. Iniciadas medidas para cho-
que hipovolêmico e realizada laparotomia exploradora de
urgência por suspeita de descolamento prematuro de pla-
centa. Evidenciada grande quantidade de sangue (cerca de
4l), útero gravídico, atônico, com hematoma em ligamento
largo e infundíbulo ovariano esquerdo de 10cm infiltrando
retroperitônio, sem sinais de rotura uterina mas com com
sangramento ativo em lobo hepático direito. Optado por
histerectomia e damage control com peritoneostomia. Em
menos de 24 horas foi reabordada cirurgicamente, sendo
identificada extensa área de lesão do fígado com sangra-
mento persistente e múltiplas lacerações com sangramento
ativo de aspecto arterial. Evoluiu para óbito por choque hi-
povolêmico refratário às medidas terapêuticas no segundo
dia de internação. Discussão: A rotura hepática é um evento
raro, o que pode retardar seu diagnóstico, prejudicando o
desfecho materno-fetal. A chegada de gestante hipertensa
à urgência deve determinar a busca por complicações sistê-
micas e rápida transferência à serviço especializado.
Instituição:
Departamento de Tocoginecologia. Faculda-
de de Ciências Médicas da UNICAMP – Campinas – SP
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM
PUÉRPERAS NO HOSPITAL MATERNIDADE
FERNANDO MAGALHÃES – RIO DE JANEIRO
Autores:
Montuori, J.A.S.; Anisio, A.; Simas, F.G.C.; Pereira,
L.M.; Binello, G.; Martins, L.M.C.
Sigla:
O145
Objetivos: Avaliar o perfil de paciente com risco para TVP
no pós-parto. Métodos: Foram analisadas 108 puérperas
em pós-parto imediato do Hospital Maternidade Fernan-
do Magalhães no município do Rio de Janeiro, no período
de fevereiro a abril de 2014, através de formulário de clas-
sificação de risco para trombose venosa profunda, elabo-
rado em nossa maternidade. Resultados: De 108 puérpe-
ras avaliadas, 41(37,96%) não possuíam qualquer tipo de
risco para formação de TVP. As demais foram classificadas
como baixo risco 19(17,6%), médio risco 34(31,48%) e alto
risco 14(12,96%). As características de maior prevalência
entre as pacientes com baixo risco foram a multiparidade
12(63,15%) e tabagismo 4(21%). As com médio risco tive-
ram como principais fatores a cesariana não complicada
15(44%), obesidade com IMC entre 33-34 12(35,29%) e
pré-eclâmpsia 4(11,76%). As pacientes de alto risco vie-
ram do somatório de 3 ou mais fatores de baixo risco
sobrepostos 10(71,42) e de 2 ou mais fatores de médio
risco 3(21,42%). Apenas uma paciente com antecedente
de TVP teve classificação direta. Conclusão: A profilaxia
medicamentosa da trombose venosa profunda foi su-
butilizada em pacientes com indicação para recebê-la,
tornando necessária a implementação de um programa
de educação continuada sobre o tema uma vez que no
período pós-parto, a ocorrência de TVP é de três a cinco
vezes maiores do que durante o curso da gestação.
Instituição:
Hospital Maternidade Fernando Magalhães
– Rio de Janeiro – RJ
ESCLEROSE SISTÊMICA E GESTAÇÃO: RELATO
DE CASOS
Autores:
Almeida, N.R.; Surita, F.G.C.; Costa, M.L.; Parpi-
nelli, M.A.
Sigla:
O146
A esclerodermia ou esclerose sistêmica (ES) é uma doen-
ça complexa do tecido conjuntivo que se manifesta com
fibrose progressiva de pele e vísceras, alterações vascu-
lares e imunes. Pode assumir a forma cutânea limitada
(acometimento da pele da face, mãos, pés e antebraços,
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