ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 166

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
co pontos de Likert (0=discordo plenamente, 1=discordo
parcialmente, 2=indiferente, 3=concordo parcialmente e
4=concordo plenamente). Foi realizada a validação in-
terna e externa em população diversa. Foram realizadas
comparações entre proporções utilizando o teste do qui
quadrado e exato de Fisher. O nível de significância(p)
adotado foi 0,05. Resultados: Foram comparados dois
grupos: residentes ao final do 1º/2º anos (R1/R2) com os
do 3º/4º anos (R3/R4), que concordaram ter vivenciado
o manejo para correção da hemorragia pós-parto com
desenvolvimento de autoconfiança, respectivamente,
nos seguintes aspectos: uso de ocitocina (59% vs. 100%,
p=0,007), uso do misoprostol (65% vs. 100%, p=0,02), re-
visão do canal de parto (59% vs. 100%, p=0,007), rotura
uterina (24% vs. 47%, p=NS), sutura de B-Lynch (35% vs.
65%, p=NS), ligadura das artérias uterinas (16% vs. 29%,
p=NS), e histerectomia puerperal (29% vs. 77%, p=0,02).
Conclusões: Durante o treinamento do médico residen-
te em ginecologia e obstetrícia, o manejo e a aquisição
de autoconfiança nas situações de hemorragia pós-parto
melhora no grupo de R3/R4. Entretanto, a confiança no
procedimento da histerectomia puerperal, procedimen-
to importante na formação profissional, não é adquirida
plenamente ao final do 4º ano. Esses aspectos reforçam
a necessidade de novos meios de treinamento e na resi-
dência médica, bem como de estratégias para assegurar
o desenvolvimento pleno dessa competência.
Instituição:
Departamento de Obstetrícia da Escola Pau-
lista de Medicina – UNIFESP – SP
MANOBRAS NO PARTO PÉLVICO:
HABILIDADE E DESENVOLVIMENTO DA
AUTOCONFIANÇA PELO RESIDENTE EM
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Autores:
Nomura, R.M.Y.; Pimenta, B.S.O.; Novoa, V.A.N.;
Sun, S.Y.; Nakamura, M.U.; Moron, A.F.
Sigla:
O190
Objetivos: conhecer e descrever a percepção dos médicos
residentes em ginecologia e obstetrícia quanto ao desen-
volvimento de habilidades que lhe confiram autoconfiança
na realização de manobras no parto pélvico transvaginal.
Métodos: Estudo prospectivo com 34 médicos residentes
em Ginecologia e Obstetrícia, por meio de questionário de
autopreenchimento, sobre a vivência do manejo do par-
to pélvico transvaginal, bem como o desenvolvimento de
autoconfiança na realização de manobras. O instrumento
é constituído por afirmativas que foram classificadas de
acordo com a escala de cinco pontos de Likert (0=discor-
do plenamente, 1=discordo parcialmente, 2=indiferente,
3=concordo parcialmente e 4=concordo plenamente).
Foi realizada a validação interna e externa em população
diversa. Foram realizadas comparações entre proporções
utilizando o teste do qui quadrado e exato de Fisher. O
nível de significância(p) adotado foi 0,05. Resultados: Fo-
ram comparados dois grupos: residentes ao final do 1º/2º
anos (R1/R2) com os do 3º/4º anos (R3/R4), que concor-
daram ter realizado ou auxiliado nas seguintes mano-
bras no parto pélvico, respectivamente: Bracht (100% vs.
100%, p=NS), Thiessen (35% vs. 22%, p=0,01), Pajot (24%
vs. 41%, p=NS), Deventer Muller (29% vs. 65%, p=0,08),
Rojas (0% vs. 53%, p<0,001), e Mauriceau (24% vs. 47%,
p=NS). Sobre a autoconfiança dos residentes R1/R2 e
R3/R4 ,estes concordaram que apresentaram confiança
nas manobras, respectivamente: Bracht (100% vs. 100%,
p=NS), Thiessen (29% vs. 82%, p=0,005), Pajot (24% vs.
47%, p=NS), Deventer Muller (29% vs. 65%, p=0,08), Rojas
(12% vs. 35%, p=NS), e Mauriceau (24% vs. 53%, p=NS).
Conclusões: Durante o treinamento do médico residente
em ginecologia e obstetrícia, as manobras no parto pélvi-
co são mais vivenciadas com aquisição de autoconfiança
apenas nas manobras básicas. As demais manobras não
são suficientemente treinadas na residência médica.
Instituição:
Departamento de Obstetrícia da Escola Pau-
lista de Medicina – UNIFESP – SP
A EVOLUÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EM
PUÉRPERAS SUBMETIDAS À CESARIANA
ELETIVA
Autores:
Zimmermmann, J.B.; Cangussu Silva, A.; Duarte,
A.M.B.R.; Teixeira, T.; Miranda, M.C.; Marcon, L.M.
Sigla:
O191
1- Introdução: Existem provas de que as mães orientadas
da maneira correta amamentam melhor e durante mais
tempo. Embora seja um ato natural, o aleitamento ma-
terno nem sempre é fácil de ser praticado hoje em dia,
pois as mães precisam de apoio emocional e de infor-
mações adequadas para terem sucesso na amamentação.
Denomina-se apojadura a primeira descida do leite que,
no geral, ocorre nos primeiros 3 dias do pós-parto, en-
tretanto, nas pacientes submetidas à cesariana eletiva, a
apojadura pode ocorrer mais tardiamente e, alguns auto-
res, tem associado ao maior risco de mastites e abando-
nos da lactação. 2- Objetivos: Avaliação da amamentação
em pacientes submetidas à cesariana eletiva
.
3- Pacientes
e Métodos: Foram estudadas 50 pacientes submetidas
à cesariana eletiva e que iniciaram amamentação. Essas
pacientes foram avaliadas com 24 e 48 horas pós parto,
entre o sétimo e décimo dia e, a seguir com 30 e 160 dias
de parto. Nas avaliações iniciais (1, 2, 7 -10 dias) iden-
tificaram-se que 98% das gestantes amamentavam seus
bebês, 32% tiveram queixa de dor à amamentação nas
primeiras 48 horas e as fissuras foram identificadas em
28% das pacientes. Com 30 dias, 85% estavam em regime
de amamentação (75% exclusiva e 10% complementar) e
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